VASCO LOURENÇO E A
CRETINICE ESFÉRICA
4/8/18
“O principal
dever de um soldado não é morrer pela sua Pátria. É fazer com que o (…) do
soldado inimigo morra pela Pátria dele”.
General
George Patton
Houve
em tempos já recuados, um capitão instrutor na Academia Militar, cujo nome não
interessa, que era conhecido pelo “cretino esférico”.
A
razão era simples, dizia-se: é que de qualquer ângulo que se olhasse para ele,
era sempre cretino.
O
arrazoado vem a propósito de uma escrevinhação do cidadão Vasco Lourenço (VL),
em tempos “Conselheiro da Revolução” (uma cretinice esférica de “revolução”,
diga-se em abono da verdade), que deu à estampa no Jornal “Público” - um actual
quase feudo do Bloco Canhoto - sob o título “A Guerra Colonial ainda não
acabou?”, no pretérito 19 de Julho.
No
meio de tiros de pólvora seca, pelos vistos os únicos que sabe disparar, e
tiradas ocas condizentes com a esfericidade dos termos exalados por este ser - que,
seguramente, entrou na Academia Militar por engano e por engano saiu de lá, formado
em Infantaria - veio atacar os combatentes que cumpriram o seu dever para com a
sua Pátria e ofender gratuitamente o oficial do Exército Português vivo, mais
condecorado, pelo facto de o Exército pretender promovê-lo a Major.
Trata-se
do Capitão Comando Marcelino da Mata, graduado em Tenente-Coronel.
Este
combatente de excepção pertenceu ao Batalhão de Comandos, criado no teatro
operacional da Guiné Portuguesa, durante o último conflito ultramarino em que a
Nação dos portugueses foi atacada vilmente, na sua essência cultural, soberana
e pluricontinental, a que o cidadão em causa apelidou de “guerra colonial”.
De
facto - e fazendo jus, ao título do seu artigo – esta guerra não acabou, nem
vai acabar pela simples razão que não existiu…
O
texto de VL é, todo ele, miserável e só demonstra a sua má formação.
O
que terá levado este ser aparentemente ressabiado, que só uma situação
revolucionária permitiu a sua promoção a coronel, dada a sua medíocre folha de
serviços, a atacar um militar que se revelou um guerreiro indómito, que
participou em mais de 2000 operações de combate (mais propriamente 2412!),
durante mais de 10 anos, a quem o Exército e o País devem numerosos e relevantes
serviços – apesar de nunca ter cursado uma Escola Superior Militar – e a
opôr-se a que ele seja promovido a Major, quando tal injustiça já há muito
devia ter sido reparada?
Mas
como é que este ser, difícil de adjectivar, tem o topete de escrever
publicamente uma alarvidade destas?
Quem
é que se julga?
Acusa-o
de crimes de guerra? Quais? Tem provas?
E não sabe que só aos tribunais
cabe decidir sobre tal?
De
facto não é como aleivosamente escreveu (e o jornal deu destaque) que “a
promoção de Marcelino da Mata, a existir, constitui uma enorme vergonha para o
Portugal de Abril”; o Portugal de Abril é que tem sido uma vergonha para um
herói que, pelos vistos, o único erro que cometeu foi o de, sendo negro, ter
sobressaído no Exército Português!
Ou,
inclusive, já se esqueceu das sevícias a que foi sujeito, no antigo RALIS, por
outras vergonhas de oficiais – lustrosos nas suas promoções – nos idos do PREC?
Curiosamente
nunca se ouviu o “ilustre abrileiro”, insurgir-se contra a vergonha do
decreto-lei 43/99 (e muitos outros de semelhante coturno), conhecido na gíria,
pela “Lei dos Garimpeiros”, que previa a reconstituição das carreiras dos
militares (oficiais e sargentos do Quadro Permanente), que tivessem tido as
suas carreiras eventualmente prejudicadas por via do tal processo
revolucionário e que tem constituído (parece que ainda não acabou) um escândalo
inominável, que vai manchar a Instituição Militar para todo o sempre…
E
este “iluminado” ainda teve o despautério de apelidar de “assassinos” os
participantes na operação “Mar Verde” – um “raid” sobre Conacri, em 22 de
Novembro de 1970 – nunca assumido oficialmente (e bem) pelas autoridades
portuguesas até hoje, em que Marcelino da Mata foi um dos principais
executantes (em que se libertaram 26 prisioneiros portugueses).
Lembra-se
que este “golpe de mão” foi comandado pelo já lendário Comandante Alpoim Calvão
– outro verdadeiro guerreiro luso que não deslustrou as armas portuguesas, como
os da laia de VL – e que poderia ter acabado com a guerra na Guiné caso tivesse
alcançado todos os seus objectivos.
Então
os “guerrilheiros” tinham os seus santuários (bases) e apoios na República da
Guiné - Conacri, cujo regime representava uma feroz ditadura comunista, e o seu
presidente era um louco sanguinário, e de onde partiam os cobardes ataques
contra uma parcela do nosso território, que nunca lhes tinha feito sequer má
vizinhança, e nós não tínhamos a legitimidade de nos defendermos e de retaliar?
Por acaso ignora que a legítima
defesa é um dos princípios base do Direito Internacional (e também da Doutrina
da Igreja)?
E
diz que a guerra era injusta?
Afinal jurou bandeira no Exército
Português ou pertencia ao PAIGC?
Olhe,
não se tem esquecido de tomar os seus comprimidos diariamente?
E
deixe-me perguntar-lhe, se acha, como afirma no final do escrito, que “todas as
guerras são inúteis, ilegítimas e injustificadas”, o que foi que o fez entrar
como voluntário para a Academia Militar e ainda hoje ser reformado do
Exército com “n” anos de serviço activo?
Já
sei, foi o regime “colonial/fascista” que o perseguiu, quiçá, obrigou e lhe
toldou o espírito e a mente…
Para viver com um mínimo de
coerência porque não pede o abate ao Exército e já agora, também, à Caixa Geral
de Aposentações?
O tempora o mores! Pá…
João
José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador
1 comentário:
Sr. Tenente Coronel Brandão Ferreira
Belo texto dedicado a um vulto física e moralmente "esférico".
Tenho nas mãos o seguinte livro:
"Elites Militares e a Guerra de África" da autoria do Sr.
Manuel Godinho Rebocho
Sargento-Mor Pára-Quedista na reserva
Editor: Roma Editora
Lisboa, Setembro de 2009
Neste livro, no sub-capítulo 3.1.2 a pags. 250 e seguintes, se dá conta da forma vergonhosa como o Capitão de Infantaria Vasco Correia Lourenço comandou a Companhia que lhe foi distribuída.
Não me cabe a mim fazer quaisquer comentários porque o que está escrito é suficientemente esclarecedor e, creio, não foi contestado pelo visado pois, se o tivesse sido, haveria de vir a lume na Comunicação Social com algum relevo. Não dei conta.
Enfim as acções ficam com quem as pratica.
Meus cumprimentos
Manuel A.
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