AS BARBARIDADES
SUCEDEM-SE
27/8/17
“Quando eu
nasci todas as frases para salvar o mundo já estavam escritas. Agora só falta
salvá-lo.”
Almada
Negreiros
É
sabido, por vezes intuído mas, no mais, esquecido e muito menos assumido, que
os grandes males da Humanidade são de origem Moral e Ética. Ou seja, tudo o que
nos afasta do caminho do Bem.
Tal
decorre da natureza humana ser imperfeita, facto que até hoje constitui um
mistério insondável e que o Cristianismo, por exemplo, explica pela alegoria de
Adão e Eva e o paraíso perdido, acolitada pela história do Anjo Caído, o
espírito do Mal.
O
intemporal Deus ainda quis encarreirar as coisas entregando a Moisés as “Tábuas
da Lei” com 10 Mandamentos de leitura e entendimento fácil e, por isso,
acessível a todos.
Tudo
em vão, apesar de ser um decálogo sem qualquer dificuldade de interpretação,
não parece ter havido ser humano que não tenha sido relapso a cumpri-lo. Enfim,
restam os Santos, e mesmo esses…
Por
isso as coisas hoje não são diferentes e pondo a questão em termos prosaicos,
sem embargo, pragmáticos, os problemas de Bem-estar, decorrem dos económicos e
financeiros; os quais entroncam na Justiça relativa que por sua vez deriva da
Política, sendo esta afectada pelos problemas Morais.
Ou
seja, são estes que estão na origem de tudo. Como se queria demonstrar…
Ora
não se resolvendo as causas das coisas – atacando-se, por norma, os efeitos –
não se conseguirá resolver nada.
Por
outras palavras se nós tivermos a presidir ao “Governo da polis” gente mal
formada, imoral, amoral ou servida por ideologias erradas, tudo correrá mal,
mesmo que o ambiente em que se viva seja considerado “democrático” – e sabe
Deus como eu prefiro um ditador honesto e competente a um democrata corrupto…
Infelizmente
as barbaridades morais – talvez pelo ritmo frenético em que se colocou a
sociedade – sucedeu-se a um ritmo terrível, impossível de digerir e com efeitos
terríveis no exemplo que se espalha no éter, até porque a maior parte dos
desvios, crimes, aberrações, etc., ficar sem correcção ou punição.
*****
Vamos
ilustrar com alguns sucessos recentes que se sucedem, sem embargo, sucessivamente
sem cessar…
Devidamente
ampliada pelos órgãos de comunicação social que, por norma, os tornam
“relativos”; aceitáveis; fruto das circunstâncias, quiçá “normais”, comecemos
pela política.
Muitas
pessoas interrogam-se sobre o facto de uma mão cheia de cidadãos votarem em
pessoas que estão ou estiveram a contas com a justiça e não propriamente por
pilharem uma galinha.
Casos
destes não faltam em Portugal e as eleições autárquicas são disso o melhor
exemplo.
Os
dois casos mais em destaque nos dias que correm, são os de Isaltino Morais,
novamente candidato em Oeiras e o de Valentim Loureiro que tem a lata (quem não
tem vergonha todo o mundo é seu) de afirmar que “os gondomarenses estão
sedentos pelo seu regresso”.
Enfim
temos que ter em conta os antigos felizes contemplados com eletrodomésticos…
A
lei eleitoral devia ter previsto desde a sua criação que tais casos não
pudessem acontecer, a não ser com um período de nojo alargado e bom
comportamento comprovado.
Mas
o que fazer se os legisladores comem da mesma manjedoura, ou são farinha do
mesmo saco?
E
que dizer da tristemente célebre frase ouvida a muitos de que vota neste ou
naquele porque “roubam todos, mas ao menos este faz”?
Estamos
perante um problema Ético/Moral, ou não?
*****
Por
outro lado, em Loures o candidato do PSD ousou dizer verdades, que toda a gente
sabe e são de uma evidência cristalina, relativamente aos cidadãos (se é que o
termo verdadeiramente se lhes aplica) de etnia/raça/adn/nacionalidade, “you
named it”, cigana e ao modo como eles se comportam, de um modo geral, e logo
zuniu um coro de protestos e gritos de virgens ofendidas.
O
candidato a autarca, de seu nome André Ventura, foi até brando e comedido.
Não
será tudo isto um exercício hipócrita de falsa moral? Ou acreditam que o bom do
Padre Américo acabou com os malandros todos?
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Um
reputadíssimo médico da nossa praça e respeitável cidadão português, que assim
se tem mantido por muitas décadas, expressou naturalmente a sua opinião sobre a
homossexualidade e condenou a aberração ética/moral do mais conceituado jogador
de futebol português da actualidade – Cristiano Ronaldo – por este ter “comprado no mercado” um par de
gémeos a que se arrogou o direito de privar de terem mãe.
E
fê-lo de maneira educada, certeira e verdadeira…
Foi
o suficiente para cair o “Carmo e a Trindade” no seio dos amorais defensores
das aberrações naturais, genéticas e sociais, os quais qual brigada de
costumes, infamou as cãs do douto professor Gentil Martins a ponto de
apresentarem queixa contra ele na Ordem, que devia estar sempre na primeira
linha de defesa do Juramento de Hipócrates e de tudo o que tal comporta.
Só
lamento um pequeno deslize ao injustiçado: o de ter vindo pedir desculpa à mãe
do jogador.
Dr.
Gentil Martins o senhor só disse verdades, se alguém tem que pedir desculpas
não é o Senhor!
Eu
bem avisei sobre a asneira que foi a precipitação parola em dar o nome do
craque do futebol ao aeroporto do Funchal.
No
mundo do futebol cujos podres e vergonhas só encontra paralelo nas horas
seguidas em que chusmas de comentadores discutem ao nível infinitesimal todos
os pormenores duma actividade que não devia passar de ser
um desporto respeitável, a postura de CR7 é conhecida a nível mundial e isso
acarreta responsabilidades.
O
seu exemplo será sempre tido em consideração, por isso deverá ter cuidado com o
que faz, pois apesar da notoriedade e fama, não está acima (nem abaixo) da
Moral e da Lei.
*****
E
é no campo da chamada igualdade de género – e ainda está por determinar as
razões pelas quais a generalidade dos órgãos de comunicação social dá tanta
relevância ao tema – onde as aberrações morais mais aberrantes (passe o
pleonasmo) têm ocorrido.
Existe
aqui quem porfia, numa demonstração blasfema de usurpação consciente e
demoníaca das Leis da Natureza, para além de qualquer ficção científica e onde
se vislumbre qualquer fim que beneficie a sociedade ou a pessoa humana.
A
última insana e grotesca ocorrência foi o facto de um transgénero ter dado à
luz.
Peço
emprestado a frase de pessoa amiga para definir o evento:
“A
bicha, pelo poder da besta, teve-o: ao fim de 30 horas de parto, um homem
transgénero deu à luz um menino”.
Pobre
criança.
E
com que nojice física e moral foi o mundo confrontado!
Há
coisas que não podem ser toleradas muito menos respeitadas.
João
José Brandão Ferreira
Oficial
Piloto Aviador