Este blogue apresenta os pensamentos, opiniões e contributos de um homem livre que ama a sua Pátria.
quinta-feira, 12 de julho de 2018
OS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS E OS ADIANTADOS MENTAIS
OS MOVIMENTOS
MIGRATÓRIOS E OS ADIANTADOS MENTAIS
11/7/2018
“ O mundo
conduz-se por mentiras. Quem quiser despertá-lo ou conduzi-lo, cuidará de
mentir deliberadamente. Fá-lo-á com tanto mais êxito, quanto a si próprio mais
mentir e se compenetrar da verdade da mentira que criou.”
Fernando Pessoa
Vamos
fazer contas simples.
Deixemos
os emigrantes, imigrantes, asilados, migrantes, semi-nómadas, etc.
Fiquemos
apenas pelos que, habitando diversas partes do mundo desejem, eventualmente,
vir morar para Portugal.
Assim
a coisa fica mais simples.
Pode
até ser resumida a uma questão matemática na sua área conhecida como operações
aritméticas simples – apesar da maioria dos jovens que constituem a tão decantada
geração mais bem preparada (conhecem a canção “deixa-me rir”?) de Portugal, não
suspeitar sequer do que são.
Um
pequeno intróito é mister, porém, fazer.
Portugal
tem um território conquistado a golpes de espada e mantido à custa de muito
querer, sangue, suor e lágrimas ao longo de quase 900 anos.
Está
hoje reduzido a um território continental e a 11 ilhas, que somam cerca de 92.000
Km2.
Mesmo
que os espanhóis nos devolvam – e deviam devolver – os 450 Km2 do território de
Olivença e seu termo, a quantidade de terra disponível é pequena. É a que temos
e não vamos ter mais.
Mesmo
que consigamos que a ONU aprove a extensão da Plataforma Continental – o que é
expectável, mas longe de ser uma certeza, bem como a UE, e não só, querer ir
abocanhar a melhor parte – não dá para lá colocar ninguém a viver pois tal
extensão apenas diz respeito ao leito dos oceanos…
Os
recursos do território também são limitados e os habitantes que por cá vivem,
orçam pelos 10,5 milhões (dos quais já mais de meio milhão não são portugueses)
e outros tantos apenas o serem só de nome! [1]
Esta
é a terra dos portugueses. Não de outros.
Os
que cá vivem têm uma cultura e uma idiossincrasia própria, forjada em séculos.
Essa
ideia apregoada por muitos de que a Terra é uma só e a Humanidade é só uma – e
portanto tudo pertence a todos, é uma falácia que não resiste à mais elementar
análise.
As
razões porque as coisas se passam deste modo, a História e a Geopolítica
explicam em parte.
O
resto tem que ser perguntado ao Criador…
Do
mesmo modo as nossas casas (que são parte do território e seu Mar e Ar
adjacentes) são nossas.
A
que propósito, vamos abdicar delas e deles? Acaso cada um dos leitores em
particular, quer alienar da sua casa, ou o seu terreno e meter lá dentro
estranhos?
Qual é a diferença então para o
país na sua totalidade?
E
algum de nós pode chegar ao pé de uma casa que lhe parecer melhor e exigir lá
entrar e acomodar-se?
Bom,
mas vamos lá à matemática – hoje tão agredida e apelidada de “difícil” para as criancinhas
– e em vias de ser completamente substituída por artefactos electrónicos.
Existe
um conjunto de países com um nível de vida acima da média cujos habitantes
pretendem abandonar para se fixarem noutros.
Porquê?
Pois porque não querem lá continuar, por causa da insegurança; aumento da
criminalidade; terem por vizinhos, gente que não tem nada a ver com a sua matriz
cultural e educacional; sentirem-se em risco de perder qualidade de vida;
estarem temerosos do terrorismo, etc..
Estão
nestas condições muitos países do centro e norte da Europa e também a Itália.
E
no que toca a Portugal, também os brasileiros.
Num
outro âmbito e por outras razões temos a China e a Índia, onde podemos divisar
estratégias de infiltração e domínio; excesso de população; lavagem de
dinheiro; obtenção de posições em empresas estratégicas e contrabando de
pessoas através de passaportes falsos (através de esquemas, que, por exemplo,
têm a ver com os estatutos de Macau e do antigo Estado Português da Índia).
E
sabem para onde é que uma grande parte desta gente (grande parte dela já
reformada) quer vir? Exactamente, Portugal.
O
número de pessoas da classe média e classe média alta a estabelecer-se em
Portugal de países como a França, Holanda, nórdicos, Alemanha, Brasil, etc.,
tem aumentado em exponencial.
Isto
tem sido potenciado pelo turismo, incentivos fiscais, “vistos gold”, e pelo
facto de ainda não ter ocorrido um atentado terrorista, no nosso país,
ultimamente.
Já
para não falar dos “tugas” tratarem toda a gente bem, o clima ser excelente, a
comida óptima e os preços relativamente baixos.
Apesar
dos incêndios e das agressões urbanísticas, grande parte do território é
agradável à vista.
E,
por obra e graça da Nossa Senhora de Fátima, estamos aqui a um cantinho da Europa,
junto ao mar, sem conflitos aparentes a que até a usual má vizinhança do actual
único país com que temos fronteira, não está a perturbar a paz social.
Façamos
pois uns cálculos simples: como ficaria o país se no espaço de dois anos (por
exemplo), um a dois milhões de brasileiros (eles são cerca de 210 milhões)
decidisse vir viver para cá, a que se juntariam, 100.000 alemães, outros tantos
suecos, noruegueses e dinamarqueses, 200.000 franceses, 100.00 do Benelux,
200.000 chineses (eles são incontáveis), só para ficarmos por aqui (isto claro,
se não tivermos de receber umas centenas de milhar de emigrantes nossos,
obrigados a retirar de zonas problemáticas, como são a Venezuela e a RAS).
Não
estou a falar de gente que venha trabalhar, mas apenas fixar-se.
Acham que estou a sonhar?
Façam
apenas as contas ao aumento de densidade populacional, à alienação (por venda)
de milhares de quilómetros quadrados de terrenos; à pressão imobiliária; à
ocupação de terrenos férteis para a agricultura, para outros fins; ao aumento
da inflação; à pressão sobre os serviços e a segurança social; à diluição e
colonização da matriz cultural e mudanças comportamentais, etc., para
facilmente se poder concluir, que o país chamado Portugal irá desaparecer e os
portugueses que restem se tornarão em párias.
Não
sei se é isto que os mui adiantados mentais querem ou julgam que querem.
Eu,
que devo ser retardado, não me cheira nem me agrada.
Ou
seja, não quero.
Antigamente
existia um “Estado” para regular estas coisas.
Agora
são “estas coisas” que regulam o Estado.
João
José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador
[1] Existem ainda cerca de
três milhões de portugueses no estrangeiro e seus descendentes cujas flutuações
não são fáceis de prever. Nem sequer se sabem os números certos.
segunda-feira, 9 de julho de 2018
UM EQUIVOCO CHAMADO MARCELO R.S.
UM EQUIVOCO CHAMADO MARCELO R.S.
5/7/18
“O Povo gosta, o povo quer, o povo tem!”
Carlos
Félix
Nas últimas
eleições presidenciais ocorreu um fenómeno nunca visto: a população portuguesa
foi votar para escolher entre os 10 candidatos que se apresentaram a sufrágio,
aquele que seria, nos prazos constitucionais, o próximo Presidente da
República, função também ela definida constitucionalmente.
Deste modo os
eleitores elegeram um doutorado em Direito, que passeou pelo jornalismo e pela
política partidária, tendo assentado arraiais como comentador, onde preparou –
nas barbas de toda a gente – a própria candidatura ao cargo de mais alto
magistrado da Nação (pelo menos antigamente era assim que se dizia), para
quando a oportunidade surgisse. E surgiu.[1]
E a maioria dos
eleitores (52%) que se dignaram ir votar, lá depositaram a sua cruzinha no
actual inquilino do Palácio de Belém.
Esqueceram-se que
o homem é um hiperactivo, ligado à corrente em permanência e que quer ir a tudo
e a todos, numa paráfrase mal engendrada da célebre frase dos Lusíadas “ e se
mais mundo houvera, lá chegara”…
Como se isto já
não fosse problema suficiente, o senhor também quer comentar tudo e todos!
Daqui resulta o
equívoco de que, afinal, a população portuguesa julgando que tem um ser de
carne e osso a exercer as “altas” funções de Chefe do Estado, na sua forma
republicana – o que já de si não é grande coisa – passou a ter um comentador
(se é que tal pode ser considerado uma profissão), em vez de.
A questão que fica
é esta: será que para as próximas eleições se irá mudar a Constituição, para
que se deixe de eleger um Chefe de Estado e se eleja um “Comentador-Mor”?
Cruel dilema.
O que se passa
assemelha-se a termos, por ex., eleito um carpinteiro para PR, que em vez de
exercer a função (a tal que é “alta”), continuasse a fazer prateleiras,
cadeiras e outro mobiliário e assentasse, quiçá, uma marcenaria em Belém…
O senhor
Presidente comenta tudo, o que se passa ou deixa de passar, inclusive os jogos
da bola – esse mundo absolutamente desqualificado e pouco recomendável – e pelo
meio viaja sofregamente (aproveitando para ler livros e tudo), como se não
houvesse amanhã.
Também para ir
assistir a jogos da selecção (uma selecção que perdeu sobretudo por falta de
atitude), aproveitando pelo meio, para dizer olá ao Presidente Putin – que deve
ter ficado impressionado com esta nova maneira de fazer diplomacia – numa
espiral de gastos e desconcertos em que nunca mais houve tino desde que o
General Eanes abandonou o cargo.
Desatinos que
ninguém escrutina, nem estão interessados em escrutinar – deste modo o PR
também não levanta objecções aos gastos perdulários dos deputados, dos membros
do Governo e dos gabinetes dos senhores ministros, etc..
É um fartote!
Foi ainda tirar
uma foto com o Trump, apesar do Yankee gostar mais do “Twiter” do que de
“selfies” e a melhor coisa que conseguimos saber (além da propaganda ao vinho
da Madeira) foi que “fez criticas gestuais” quando o anfitrião da casa pintada
de branco falava!
O nosso comentador,
perdão, Presidente, numa ânsia de consolar tudo e todos; “integrar”; aumentar a
coesão (vá-se lá saber de quê); ser inclusivo, etc., anda numa fona
participando em todas as manifestações religiosas (porque não as “seitas”?) –
mesmo as que são insignificantes, não têm nada a ver com a nossa matriz
cultural, ou até são suas inimigas; pendura roupa no Casal Ventoso (se quiser
um dia passar lá por casa, não se acanhe, ok?); embarca numa cruzada estúpida,
demagógica e perigosa, em querer trazer toda a casta de “migrantes” para dentro
do país (não se esqueça de arranjar umas tendas para montar nos jardins do
Palácio de Belém); condecora todo o bicho careta que lhe aparece pela frente,
incluindo gente de mau porte que conspirou contra o país e permite-se participar
numa “homenagem” a um cantor rock, cujo único mérito pessoal conhecido, foi ter
conseguido recuperar-se do vício da droga, num espectáculo circense pimba,
pífio e de muito mau gosto, para onde conseguiu arrastar (ou foram eles que se
juntaram?) o Presidente da AR e o Chefe do Governo.
Só faltou o
Presidente do Supremo Tribunal de Justiça…
Será que o ilustre
varão não se enxerga correndo o risco de, qualquer dia, ninguém o suportar e
querer ouvir ou ver?
Será que toda esta
gente não tem a menor noção que a Dignidade dos cargos (permanentes) que ocupam
(transitoriamente), necessita ser preservada e que eles não têm o direito, pela
sua má conduta, de a pôr em causa?
Será que não têm o
menor escrúpulo sobre a “Gravitas” da antiga sociedade romana?
Não há,
entretanto, um único problema importante (um único) do País que seja
devidamente equacionado, decidido e tratado.
Tudo é desatino,
desarticulação, corrupção, relativismo moral, negociatas.
O resto é circo
para empatar e entreter tolos, que é aquilo por que nos querem fazer passar.
O pão, esse,
continua a ser pago com o aumento da dívida (que é impagável…).
Mas como o povo
gosta, o povo quer, o povo tem…
Que bela
Democracia que temos.
Para imbecis.
João
José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador
[1]
Sem embargo nesta “democratíssima” sociedade em que vivemos deve referir-se que
na contagem dos votos apuraram-se 51,17% de abstenções; 1,24% de votos nulos e
0,92% de votos brancos. Ora manda o mais elementar bom senso que qualquer
eleição para valer, deveria contar com pelo menos 51% de votantes, entre a
massa dos eleitores recenseados.
quarta-feira, 4 de julho de 2018
Processo M. Alegre VS Brandão F.
Junto noticia saída no CM, após entrevista dada por mim.
A notícia não está mal salvo nalguns pormenores (ex. o recurso não é para a Relação mas sim para o STJ; o TC não confirmou a sentença - ignorou-o... - não terei (eventualmente) de pagar mais 75 mil, mas sim 75 mil; a notificação não foi parar ao pai mas sim ao anterior advogado; e eu nunca falei em "guerra colonial").
Cumpts
BF
Para visualizar clique aqui!
A notícia não está mal salvo nalguns pormenores (ex. o recurso não é para a Relação mas sim para o STJ; o TC não confirmou a sentença - ignorou-o... - não terei (eventualmente) de pagar mais 75 mil, mas sim 75 mil; a notificação não foi parar ao pai mas sim ao anterior advogado; e eu nunca falei em "guerra colonial").
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