O
GOVERNO DA DESBUNDA?
5/12/15
“Vale
mais ter mau hálito do que não ter hálito nenhum”.
Autor
desconhecido
Dizem que o PS
iniciou o governo com um programa seu, o qual foi aprovado após negociações,
que ficaram obscuras, com o PC (o “P” está ausente porque nunca se comportaram
como portugueses); os “Verdes”, que são um apêndice do anterior; o BE, que é
uma “coisa” inadjectivável do ponto de vista político e social e, quiçá, o PAN
– que um dia destes vai querer provar que os animais têm alma.
Em consequência o
PSD e o CDS (uns entes híbridos) abandonaram S. Bento, apesar de terem em
conjunto somado mais votos nas urnas do que qualquer um dos outros, que não se
apresentaram ao eleitorado coligados, nem sequer com promessas de se coligarem.
E tal aconteceu mesmo
depois da soma de erros e disparates que aqueles fizeram durante os quatro anos
de governação, sem embargo de algumas medidas positivas e realistas que
encetaram.
A Constituição e a
Lei Eleitoral permitem estes arranjos partidários e parlamentares os quais
deixam muito a desejar em termos de Ética e, até, de coerência democrática (mas
quem liga a isso?), logo são legais.
Voilá!
É isto que temos,
ou seja, não temos: não temos quem represente a Nação pela positiva, o que faz
com que metade do eleitorado nem se dê ao trabalho de ir votar.
Todavia sofrem na
mesma as consequências…
A maioria dos
opinativos, porém, apressou-se a dizer que os Partidos se alternaram no Poder e
que a Democracia está a funcionar.
Contudo nada disto
é verdade.
De facto no espectro
político português só existe um partido digno desse nome: o PC. Todos os outros
são aprendizes de feiticeiro. E o PC, por razões sobejamente conhecidas, mas
que se finge ignorar, é uma força política perigosa, antidemocrática e que
traiu o país desde que foi fundado, em 1921, até à queda do muro de Berlim, em
1989…
E a verdade é que a
(GLLP/GLRP) – Grande Loja Legal de Portugal – Maçonaria Regular, de influência
inglesa – foi, em grande parte, substituída no Poder, pelo Grande Oriente
Lusitano (GOL) –
Maçonaria irregular, de obediência francesa, num círculo vicioso de alternância
que já ocorre, desde 1820 – sobretudo desde 1851 - com o intervalo
proporcionado pelo “Estado Novo”.
Isto ajuda também a
compreender, porque é que o PC não está no governo, já que Comunismo, Igreja
Católica e Maçonaria, são mutuamente exclusivos!
Resta esperar agora
pela Presidência da República…
De qualquer modo,
em termos de soberania, de economia e de finanças (estas últimas dominam a
outra), estas obediências Maçónicas já influenciam pouco, dado que a União Europeia,
as cabeças do sistema financeiro internacional (ista) e outras “organizações”
superiores, as dominam, pelo que a acção do partido no governo e dos que o apoiam
se vai limitar ao âmbito dos costumes, dos princípios, da moral e das leis que
os regulam. E, claro, à “gestão” da atribuição dos negócios que se possam fazer
à sombra do Poder, pois o dinheiro continua a fluir.
O que já não é
pouco.
Na sombra
continuará o ataque à Igreja Católica, à família, à noção de Pátria e ao
conceito de Nação, à soberania nacional e à matriz cultural e social,
portuguesas.
Dado o alinhamento
que está montado e a (falta) de qualidade da maioria dos intervenientes que vão
dando a cara, teme-se o pior.
Vai ser duro e tudo
pode acontecer. De resto, quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga.
Por isso o que aí
vem arrisca-se ser o governo da desbunda:
- Da desagregação e subversão da
sociedade;
- Das minorias tentarem mandar nas maiorias;
- Do reino exacerbado da demagogia;
- Do facilitismo (já começou com a
abolição dos exames da 4ª classe);
- Do abandono dos velhos acima da cota
dos 2000 metros, como método avançado de “eutanásia natural”;
- Da desculpabilização das taras;
- Da legalização dos vícios;
- Da imposição do infanticídio como
método contraceptivo;
- Das experiências pedagógicas
delirantes;
- Da desculpabilização da
pedofilia;
- Da vingança do reviralho;
- Do multiculturalismo galopante;
- Da construção de mesquitas;
- Da influência escabrosa do “lobby
gay”;
- Da “inclusão” dos coiros;
- Do desnorte estratégico;
- Do fim do resta das Forças
Armadas;
- Da “nacionalização da paz” pelo
“internacionalismo da guerra”;
- Do viver 30 cm acima do solo;
- De se pensar que o bom do Padre
Américo acabou com os malandros todos;
- Do despejo das prisões (perdão dos
hotéis de 3 estrelas);
- Da invasão dos “refugiados”;
- Do culto do “coitadinho”;
- Do subsídio do absurdo cultural e
científico, que vai da aposta na investigação às “antenas do camarão que vive
debaixo da calote polar”, até ao concurso do “peido mais mal cheiroso”;
- Do primado dos Direitos sobre os
Deveres e da distribuição versus a produção;
- Da destruição do que resta da
Autoridade;
- Do despertar das greves
selvagens;
- Da penalização do mérito;
- Do nivelar por baixo;
- Do governo das tripas;
- Da reabilitação das fezes;
- Do assalto descarado aos cargos
públicos – o que é típico, aliás, de qualquer partidocracia;
- Enfim a deriva dos
hábitos culinários para a chamuça, a mandioca e o couscous, etc.
*****
Estamos pois,
perante a hipótese assaz plausível, de que a acção governativa e do Parlamento
transforme a vida da sociedade portuguesa num fluxo contínuo de nojo, de
imbecilização e de más acções, que só têm a imaginação da mente humana por
limite.
Ou seja, a Nação
dos portugueses não tem quem a represente. Está órfã e teima em não reagir.
Ora que se saiba, a
representatividade é uma das traves mestras da Democracia…
Tudo isto a juntar
à fuga de capitais (que já começou); a descapitalização das empresas (há muito
numa dimensão extrema); o endividamento das famílias (que vai disparar
novamente); a altíssima taxa de desemprego (que só a imigração ajuda a minorar
– criando outros problemas); a falta de investimento (que parou) e a demografia
negativa, que representa um suicídio colectivo.
E, já agora, convinha
tomar consciência de que a Economia, não deve ser encarada como um fim em si
mesma, devendo derivar de uma Política e ser instrumento de uma Estratégia.
E o Sistema
Financeiro deve servir, por seu lado, a Economia e ter preocupações
sociais e não apenas para enriquecer banqueiros; ser campeão da especulação e
ferramenta de controlo político por forças ocultas e sem (aparentemente) rosto.
Ora quem tem mais
poder no mundo (ocidental) faz exactamente o contrário. Isto é: o sistema
financeiro arrasta e condiciona a Economia e controla a Política, transformando
o cidadão num ente consumidor/pagador, controlado informaticamente e pelos
“média”.
Conviver com o mau
hálito, pode ser um meio de contingência para evitar males maiores, mas não
parece nada ser grande regra de vida.
E “isto” passou a cheirar
mesmo mal.
João José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador