sexta-feira, 10 de março de 2017

EFEMÉRIDE: O COLÉGIO MILITAR COMEMORA O SEU 214º ANIVERSÁRIO



EFEMÉRIDE: O COLÉGIO MILITAR COMEMORA O SEU 214º ANIVERSÁRIO

9/3/17


“Esperemos que agora também não tirem o
                                                                        escudo da Bandeira já que o Portugal se está
a ir, ao menos que nos deixem alguma coisa
para nos lembrar que continuamos portugueses”.

Bininha, peixeira no mercado do Bulhão, RTP 1, em 28/02/2002. Programa “bom dia Portugal”; no dia em que o escudo deixou de circular…

            Segue crónica do suspeito do costume.
            Tudo decorreu como é de tradição, isto é, bem!
            O Colégio Militar mostrou mais uma vez, que continua uma entidade viva, com alegria de viver, que se mantém uma família grande, que é uma instituição nacional e que os laços que ligam e prendem toda a “família colegial”, unem todos os que lá vivem, estudam e trabalham, se alarga às famílias dos alunos e ex-alunos e se estendem pela vida fora, num contínuo que dura desde 1803.
            Isto são os afectos verdadeiros, não os de circunstância.
            Não existem no País, muitas instituições mais antigas e com tantos pergaminhos como o Colégio Militar.
            É uma Instituição sólida, mas por mais sólida que seja pode desaparecer de um momento para o outro, vide o sucedido com o Instituto de Odivelas (fundado em 1900), ou o Supremo Tribunal Militar (fundado em 1641), só para citar estes.
            Por isso convém manter as culatras limpas e as baionetas caladas.
            O Batalhão Escolar – ainda ninguém se atreveu a chamar-lhe uma dessas siglas idiotas e inexpressivas com que têm maculado os corpos militares e militarizados – desfilou garboso pela principal avenida da capital – que melhor estaria engalanada – para espanto dos turistas desprevenidos e gáudio da assistência constituída maioritariamente, por ex-alunos e familiares dos actuais.
            É simplesmente um “espectáculo” que dá gosto ver.
            As moças ombrearam galantemente com os seus colegas rapazes, apesar da sua entrada forçada em ambientes restritos à masculinidade, baseada em cretinas teorias do género que um desalmado, canhestro e com o freio na boca, poder político, impôs.
            A cerimónia foi presidida pelo Vice-Chefe de Estado-Maior do Exército (ele próprio um ex-aluno), mas não ficaria mal ao actual Comandante do Exército por lá passar também, apesar de ter sido o único candidato ao cargo que quis acompanhar, posteriormente, o senhor ministro na sequência dos tristes acontecimentos que levaram à demissão do seu antecessor, General Jerónimo.
            Infelizmente o Colégio Militar representa tudo o que o maldito do politicamente correcto abomina e a generalidade da classe política/partidária escarnece. E os poucos que não escarnecem estão calados.
            Tal acontece por muitas razões de que elencamos algumas; logo por se chamar Colégio Militar, duas palavras que para estes infelizes, não ligam; depois porque é uma escola séria que funciona como tal, isto é, os professores ensinam e os alunos estudam; todos trabalham.
             Cumprimentam-se uns aos outros com a saudação diária e com continência, o que é correspondido. Não se grafitam as paredes, não se fumam charros e não se falta às aulas; os alunos não desrespeitam os professores e os progenitores não agridem os mestres.
            Tão pouco se praticam experiencias pedagógicas delirantes.
            Existe um Código de Honra (imaginem!) e as faltas e os maus comportamentos são punidos.
            Os calaceiros dão-se mal, os ladrões são expulsos e as actividades sexuais ficam na esfera do privado. Fora do colégio.
            O esforço é premiado, o hedonismo não é prioridade e o colectivo prefere ao indivíduo.
            A Ética conta, assim como os princípios morais e religiosos. O Bem ainda é chamado de Bem, e o Mal de Mal.
            Onde os deveres preferem aos direitos e estes decorrem naturalmente dos deveres cumpridos.
            O Colégio Militar é, no fundo, uma casa onde existe hierarquia, ordem, disciplina, autoridade, obediência, ética, liderança, onde se elogia o trabalho, se ama a Pátria e se serve a Nação.
            Tudo termos, farão os leitores o favor de reparar, que praticamente e há décadas, desapareceram do discurso político e do faladrar mediático.
            Longa vida ao Colégio Militar.
            Alma até Almeida.




                                                        João José Brandão Ferreira
                                                             Oficial Piloto Aviador

1 comentário:

Zeca Gancia disse...

E mais uma vez, muitos vêem, sentem e mantêm-se calados. Não há opiniões, nada se passa a orquestra toca, apesar do "Titanic" se estar afundar há muito. Livrem-se eles que as escolas que eles patrocinam, cujos conteúdos não têm qualquer objectivo a médio quanto mais a longo prazo, fossem de gente desta estirpe, gente que tem honra, vergonha, garbo, disciplina e que sai formado e não formatado, com uma clarividência e competência criticas. Como iam eles governar tal gente? Impossível, porque certamente, nestes governos, já não se poderiam regular pelo lema: "em terra de cegos, quem governa é rei". Certamente não vamos ficar por aqui, pois não foi a mesma gentalha que um dia achou que seus jovens não têm deveres para com a pátria e esvaziando-os de valores acabaram com o serviço militar obrigatório? Libertando-os para o ócio, o vicio e a depressão, porque os empregos ficaram no oásis do outro senhor? Vendilhões tudo venderam, o que custou sangue e suor aos portugueses. Tenham vergonha e emigrem, não voltem mais e deixem o país para quem o ama.