quarta-feira, 29 de junho de 2016

SÍRIOS FOGEM DE MANGUALDE …



SÍRIOS FOGEM DE MANGUALDE …

29/6/16

“Infinitus est numerus stultorum”
(É infinito o número dos tolos).

Eclesiastes


Conta a Comunicação Social que um casal de sírios, seus quatro filhos e mais um a caminho; que tinham sido abrigados na Misericórdia de Mangualde, fugiram, desapareceram, eclipsaram-se. Sem deixar rasto, e nem um obrigado.
A notícia deixou-me em choque! Como é possível?
Então a antiga vila de Mangualde (ou será cidade? Houve uma altura em que se promovia “tudo” a cidade, assim a modos como se quer fazer de um português, um licenciado em qualquer coisa…) não se esforçou por acarinhar estes infelizes de modo a que eles não quisessem refazer a sua vida neste paraíso à beira mar plantado?
A edilidade local não tem a noção da ofensa que fez a todos os migrantes que vagueiam pelo mundo? Do mau aspecto que dá perante a opinião pública internacional? Dos conflitos diplomáticos que pode gerar e das multas que a Comissão Europeia nos pode querer impôr?
Não têm sequer a noção do desgosto que infligiram aos nossos Presidentes da República e do Conselho, perdão, Primeiro-Ministro, que gastam solas e garganta para os trazerem para cá e até ficam chateados por eles não quererem vir?
Pois só há uma solução para tão infausto acontecimento:
Mangualde deve ser arrasada!
Os bens dos seus habitantes confiscados e revertidos para a tal comissão de apoio aos migrantes e que os instalaram, como a Segurança Social não trata as famílias portuguesas. Finalmente os habitantes daquela, para sempre infame vila, serão transportados para a Núbia, a fim de serem vendidos como escravos (parece ser um negócio rentável por aquelas bandas), a fim de expiarem as culpas até ao fim dos seus dias!
Para evitar reincidências, o Regimento de Cavalaria da GNR – agora crismado com o delicioso nome de “Unidade de Segurança e Honras de Estado”, mandaria patrulhas a cada localidade que alberga as vítimas deste fenómeno - que existe há milénios, mas que só agora, aparentemente se deram conta.
E com timbales, tambores e cornetas lançariam pregão a avisar das consequências que advirão para o caso de mais algum caso semelhante ocorrer (pelourinho com eles!).
E para mostrarmos o nosso pesar por tão malfadado evento proponho que o PR e todo o Governo passem a andar de luto carregado durante seis meses; a Bandeira fique a meia haste (embora direita), por igual tempo; haja uma sessão solene na AR onde se aprovaria uma moção de lamento e frustração e outra de alvíssaras a quem der notícias dos foragidos a fim de lhes serem enviadas vitualhas e um bilhete em 1ª classe, no transporte mais adequado para os levar ao destino preferido (pede-se para que ninguém envie telemóveis, "iphones", MP3, "ipads" e outra parafernália electrónica, pois disso não há falta).
No fim fariam 30’ em silêncio em memória dos foragidos – aguentem que é serviço, além do que seria um bálsamo para as almas penitentes poderem usufruir de um tão prolongado período de tempo sem os ouvir!
Uma delegação do Parlamento iria ainda em peregrinação a Berlim, onde colocaria uma vela gigante na Porta de Brandeburgo, com a seguinte inscrição: “Desculpa Merkel, mas estamos contigo!”.
O Bispo responsável pela paróquia em falta iria com o respectivo cabido, em nome da Conferência Episcopal, todos de baraço ao pescoço, até ao Vaticano, em penitência, pois as suas orações não foram suficientes para evitar semelhante tragédia.
Finalmente todos os membros do SIS e do SIEDM receberiam guia de marcha para vasculharem os locais de possível destino dos agora excluídos da comunidade nacional, não agora à moda de D. João, O Segundo - que mandou caçar os implicados na conspiração contra si e trazê-los com anzóis na boca para não falarem, de volta ao reino, a fim de serem castigados pelos seus crimes - mas para poderem obter as informações vitais para se entender porque tão estimáveis criaturas não quiseram ficar entre nós e castigar os culpados (enfim, os que ainda não tenham ido para à Núbia).
Em conclusão, esta vergonha de proporções bíblicas irá ensombrar definitivamente, a nossa anunciada vitória no Europeu de Futebol.
É duro!




                                                                                    João José Brandão Ferreira
                                                                                        Oficial Piloto Aviador

4 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Tenente Coronel Brandão Ferreira

Como sempre, um belo texto para meditar.

A propósito da imigração afro-asiática para a Europa, lembrei-me de ter assistido, não sem algum horror, a um fenómeno da Natureza, bem documentado neste pequeno vídeo que circula na Internet:
https://www.youtube.com/watch?v=MjJupxuqh9M

Dá que pensar!
Meus cumprimentos
Manuel A.

Anónimo disse...

Outro video a não perder(em inglês) https://www.youtube.com/watch?v=CoyM-g1DS4U feito dias antes do referendo no UK.----------Afonso Manuel

Ricardo disse...

"À semelhança de Joe(que representa o trabalhador industrial americano),milhões de americanos de meia-idade perderam a narrativa da sua vida,sentem-se derrotados,sentem-se a mais.Não por acaso,os EUA estão a ser varridos por uma epidemia de suicídios.A distopia leva ao suicídio e,antes disso,ao voto em Trump.Ora,o eleitorado do "Brexit" é idêntico ao eleitorado do Trump.O norte de Inglaterra está repleto de homens como Joe Six Pack e,sem surpresa,também mergulhou na catástrofe do suicídio.Se à distopia da globalização juntarmos a questão islâmica e o politicamente correcto(nota minha: finalmente vemos estas questões a ser colocadas nos média e isso já é alguma coisa tendo em conta o quáo difícil é opinar fora do dito "normal" nos jornais e afins)que vê "racismo" em qualquer crítica aos muçulmanos,ficamos com as causas do voto no "Brexit". (continua o texto e voltarei a ele)----------do artigo Suicídios de Henrique Raposo

Anónimo disse...

Sr. Tenente Coronel Brandão Ferreira

Encontrei casualmente este texto.
Não sei se ele já é do seu conhecimento; acho interessante.
http://www.zerohedge.com/news/2016-07-08/how-george-soros-singlehandedly-created-european-refugee-crisis-and-why

Com os meus cumprimentos
Manuel A.