domingo, 21 de outubro de 2012

DECLARAÇÃO DE INTENÇÕES RELATIVAMENTE AO AUMENTO DO IMI

Caros Compatriotas

Como Cristão cabe-me obedecer aos 10 Mandamentos da Lei de Deus.

Para o caso vertente cito o 5º Mandamento: “Não matarás”.

A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo foi a primeira a lançar os fundamentos do Pacifismo não sendo, todavia, “pacifista” no sentido em que não condena toda a forma de violência.

“Dar a outra face” é um ensinamento de vida, de ser e estar, passível de ser aceitável por opção individual, mas não aceitável naqueles que tenham responsabilidades na defesa de outros ou da comunidade.

Mesmo em relação ao Direito e Justiça da Guerra, muitos foram os filósofos, pensadores e teólogos cristãos (e não só estes), que elaboraram sobre tais matérias e estabeleceram orientações e regras. Estou a lembrar-me de Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Vitória e Suarez, terminando no Concílio Vaticano II, naquilo que prescreveu relativamente aos militares – “Gaudiam et Spes”, 79, etc.

Finalmente um grande princípio existe e que se traduz numa pequena/grande frase: O direito à legítima defesa. Este direito não está apenas consignado nos preceitos religiosos, é um imperativo natural e laico, consignado em todos os códigos penais.

Ora é justamente este direito que venho invocar relativamente ao IMI – infelizmente outros impostos poderão vir a configurar-se no mesmo âmbito – no sentido em que tenho que considerar os actuais contornos relativos ao brutal aumento deste imposto (verdadeiro esbulho), como uma inaceitável agressão relativamente a mim e à minha família.

Estou certo não ser o único a sentir desta maneira.

Não sendo admissível ir viver para a rua, perdendo a habitação por razões a que sou, em absoluto, alheio, venho declarar pública e solenemente, que não me deixarei esbulhar pacificamente e que me reservo o direito a usar todos os meios ao meu alcance para me opôr, a quem quiser confiscar a habitação a mim ou aos meus.

Lavrado em Algés, aos 19 de Outubro, de 2012

João José Brandão Ferreira
BI 2171021

5 comentários:

O mais humilde dos humildes disse...

Meu Ten.Cor. não será tempo da Instituição que de forma exemplar serve mais alguns quiçá fazermos ...Pela minha parte e também vítima destas atrocidades e barbaridades estou disposto a resistir a esta força de ocupação.Ás suas ordens Meu Ten.Cor....

MIGUEL disse...

SR TEN. COR. TALVEZ JÁ CONHEÇA ESTE TEXTO, FOI ESCRITO POR UM AMERICANO EM 1963!

CUMPRIMENTOS RESPEITOSOS


«O instrumento de colectivização preferido actualmente é o Estado Assistencial. Os colectivistas não abandonaram a sua meta final – subordinar o indivíduo ao Estado – mas a sua estratégia mudou. Aprenderam que o socialismo pode ser atingido através do Assistencialismo tão bem quanto através da Nacionalização. Compreendem que a propriedade privada pode ser confiscada tão eficazmente pela tributação quanto por expropriação. Compreendem que o indivíduo pode ser colocado à mercê do Estado não apenas tornando o Estado seu empregador – mas privando-o dos meios de prover as suas necessidades desde o berço até ao túmulo. Além disso, descobriram – e aqui está o ponto crítico – que o Assistencialismo é muito mais compatível com os processos políticos de uma sociedade democrática. A Nacionalização encontra oposição popular, mas os colectivistas sentem-se seguros de que o Estado Assistencial pode ser construído pelo simples expediente de comprar votos com promessas de hospitalização “gratuíta”, proventos de aposentadoria “gratuítos” e por aí em diante.

Não nos agrada essa mudança de estratégia. O Socialismo através do Assistencialismo cria um perigo muito maior para a liberdade do que o Socialismo através da Nacionalização, precisamente porque é mais difícil de combater. Os males da Nacionalização são evidentes por si próprios e imediatos. Os do Assistencialismo são velados e tendem a ser adiados. As pessoas são capazes de compreender as consequências da
entrega da propriedade da indústria siderúrgica, digamos, ao Estado; e
é possível contar que se oponham a tal proposta. Mas aumente o governo a contribuição para o programa de “Assistência Pública” e nós, no máximo, resmungaremos contra as despesas governamentais excessivas. O efeito do Assistencialismo sobre a liberdade será sentido mais tarde – após os seus beneficiários se terem tornado as suas vítimas, após a dependência em relação ao governo se ter tornado servidão e ser tarde de mais para abrir as portas da prisão. (…)

Consideremos as consequências para quem recebe assistencialismo. Em primeiro lugar, ele hipoteca-se ao governo (federal). Em troca dos benefícios – pelos quais, na maioria dos casos, ele paga – concede ao governo o máximo de poder político – o poder de conferir-lhe ou negar-lhe as coisas necessárias à vida, como o geverno achar necessário. Ainda mais importante, porém, é o efeito sobre ele – a eliminação de todo o sentimento de responsabilidade pelo seu próprio bem-estar e pelo da sua família e dos seus vizinhos. É possível que um homem não compreenda imediatamente, ou nunca compreenda, o dano assim causado ao seu carácter. De facto, este é um dos grandes males do Assistencialismo – transformar o indivíduo de um ser espiritual digno, industrioso, auto-confiante, numa criatura animal dependente sem o saber.»

Barry Goldwater, The Conscience of a Conservative, 1963.

Anónimo disse...

Meu caro Brandão.
O que tu vais buscar para dizeres ao mundo que não queres pagar o IMI...
Ai pagas...pagas...se não pagas as Finanças penhoram-te a casa.

Mas está descansado que não vais dormir para baixo da ponte...tenho uma cave suficientemente ampla para te albergar.

Mas achei piada ao teu "preâmbulo"

A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo foi a primeira a lançar os fundamentos do Pacifismo não sendo, todavia, “pacifista” no sentido em que não condena toda a forma de violência.

Quando o li lembrei-me dos primeiros grandes pacifistas mandados pela igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo para a Terra Santa, iam espalhar a fé...só que se comportavam como uns verdadeiros Talibans...da Idade Média...
Recebe um abraço desta teu amigo, que te espera encontrar na grande manifestação do próximo dia 10 de Novembro na Praça do Município.

Talhinhas...dispenso comentários ao meu comentário.

Anónimo disse...

Carissimo

Para incremento do teu blog, clarificando a minha posição como chefe de familia, sou o primeiro subscritor deste teu texto, que subscrevo e assino por baixo.
Proponho que este documento seja aberto a quem quiser subscrevê-lo

abraço

Antonio Carlos Viana Maggiorani Appleton
BI 458 1943

PS. Toda a minha familia, constituida por 8 seres humanos, concordam com o teor do text e estamos na disposição de arcar com todas as consequências que advierem da nossa tomada de posição.

Manuel CD Figueiredo disse...

Concordo com o texto, abordando um assunto que se torna transcendente, e que já há algum tempo referi como inaceitável.
Discordo em absoluto com este Imposto, transformado em Taxa Municipal. Tenho sólidos argumentos que defendem esta minha posição.
Sei que há teorias que sustentam a sua aplicação, mas há também teorias (talvez agora mais válidas) que o condenam. Para não se entrar pela demagogia ou pela indiferença, justifica-se uma séria discussão sobre o problema. Nas actuais circunstâncias, a aplicação do IMI enquadra-se na categoria do roubo do Estado ao indivíduo.
Não vamos desistir de mais esta luta!