sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A “REALEZA” DE DOM MÁRIO

Apesar de há muito se saber, só há pouco tem vindo a público – num sentido muito critico – que o Dr. Mário Soares (MS) tem as suas propriedades de família guardadas, dia e noite, por agentes da PSP e militares da GNR. Estão nestas condições as casas do Campo Grande, Vau e Nafarros.

Esta Terceira República tem sido generosa para com os seus representantes máximos – e também relativamente a todos os cidadãos que obrem ocupar uma função política, o que se estende desde o Parlamento à Junta de Freguesia, passando pelas Empresas Públicas – e aprovou uma lei (a Lei 26/84, de 31/7 e suas sucedâneas), que garante aos ex- Presidentes da dita a manutenção de determinados direitos e regalias, como sejam gabinete, carro com condutor, telefone, secretariado, ajudas de custo, passaporte diplomático, uso e porte de arma, etc.

O “Estado” garante, ainda, a sua (deles) segurança pessoal, em função da análise da ameaça efectuada, periodicamente, pelo SIS (Serviço de Informações de Segurança). Só quando esta ameaça atinge o nível 3 é que tal segurança é facultada – o que não parece ser o caso nos últimos tempos o que, sem embargo, não impede S. Exª de ser, aparentemente, acompanhado por dois agentes.

Ora em lado nenhum está previsto, que esta segurança seja extensiva às residências particulares.[1]

Os outros ex-presidentes ainda vivos, os General Ramalho Eanes e Doutor Jorge Sampaio, nunca (que se saiba) usufruíram desta segurança.

Mas tal não aconteceu com MS que nunca deixou de ter agentes da autoridade a rondar-lhe as casas – apesar da acrimónia, falta de respeito e, até, de educação com que sempre os mimoseou e que, segundo consta, continua a evidenciar com os infortunados que lhe caem nas vigílias.

Hoje em dia já ninguém se deve lembrar porque é que isto se passa e quem o determinou, passou a ser parte das “lendas e narrativas”.

Ao longo do tempo vários escalões de comando das Forças de Segurança, questionaram este procedimento e alguns propuseram que lhe fosse posto um fim. Mas tal esbarrou sempre em negativas ou em reacções do tipo “não me comprometam” e bloqueado a nível político. “A família Soares está acima de qualquer suspeita”, ouvia-se.

Uma postura muito pouco republicana quer-me parecer…

Resta saber (a curiosidade é licita), de que tem medo o Dr. Soares, ou se algo lhe perturba a consciência.

Ou, por outro lado, tentar descortinar porque é que a figura do mediático ancião provoca eventuais temores ou reverências em certos círculos.

Felizmente esta discrepância – chamemos-lhe assim – começa a ser posta em causa ao ponto da segurança à sua casa de Nafarros ter passado a ser feita como a qualquer outro cidadão pagador de impostos (e de multas) da zona.

Espera-se que se sigam as outras.

Se estivessemos a tratar de outra pessoa tal situação já teria terminado há muito e, estou em crer, por iniciativa do próprio.

Porém, quando os humanos são menos bem formados, mostram sempre aquilo que são, até ao fim.



[1] Se contarmos quatro agentes por casa em turnos de seis horas, teremos 12 homens (fora os dois para o seguirem). Mas se juntarmos a isto as necessidades relativamente a folgas, doença e férias, o número certo de gente empenhada neste serviço sobe quase para seis por residência.

3 comentários:

Paulo Surrador disse...

Caro Camarada TCOR Brandão Ferreira

Sem dúvida este cidadão Mário Soares é um verdadeiro ícone da democracia portuguesa. Nasceu rico, viveu sempre luxuosamente à conta do Estado (esteve deportado em Cabo verde? Esteve exilado em França? Quem pagou tudo isso?).
E ainda teremos o prazer de lhe pagar as exéquias para que possa repousar no lugar onde estão alguns heróis da nossa grande nação: no Panteão Nacional. Oxalá me engane!!!
Com os melhores cumprimentos

Anónimo disse...

Os Homens da GNR e ou da PSP,apesar de
por ele mal tratados,servem lhe guar_
dar o sono.
Alberto Guerreiro.

Anónimo disse...

Portugal foi um erro?!?!

A Fundação foi um erro: Afonso Henriques não percebeu que as forças de seu primo, o Imperador, eram muito superiores às suas!
A Reconquista foi um erro: os primeiros reis de Portugal não perceberam que as forças dos Mouros eram muitíssimo superiores às suas!
Aljubarrota foi um erro, porque o Mestre de Avis e o Condestável não perceberam que as forças do rei de Castela eram incomensuravelmente superiores!
Ceuta foi um erro, porque João I não compreendeu que a África do Norte era muitíssimo maior que Portugal!
João II foi um erro, pois não compreendeu a força invencível dos Reis, ditos Católicos!
Etc,etc!

As descobertas foram um erro, porque os navegadores não compreenderam a imensidão intransponível dos mares!
Etc, etc!

Portugal foi um erro do princípio ao fim, só compreendendo nos fins do século XX, devido à alta inteligência de Mário Soares e outros que tais, que Portugal não podia resistir à altíssima cultura europeia, nem à negridão dos pretos, nem à miséria do pacifista Nehru, nem à bandalheira
americana.
Portugal, fraquinho, servo submisso, pobre de dinheiro e de coragem, deve agora entrar na normalidade, esquecendo 900 anos de erro e fantasia!

Façamos uma grande estátua a cavalo ao "pai da pátria", o grande cavaleiro andante da realidade política! O Génio! O Super! O Magno!

Agora, com a alta compreensão dos "portugueses", assim chamados, só nos resta reparar o erro fundamental e devolver Portugal a Castela, pois não é possível resistir à grandeza e à força do país de nuestros hermanos, que o demo os proteja! (demo de democracia, entenda-se!).

Deus tenha à sua direita D. Afonso Henriques, os nossos primeiros reis, D. João I, D. Nuno Álvares Pereira, D. João II, todos os navegadores Portugueses, e todos os Bons Portugueses, nossos antepassados, que fizeram Portugal!
Como dizia o grego: "Português nasci, Português quero morrer!"
("Grekós ieníthika, grekós thélo na petháno!")

(E quanto ao cavalo, que largue bosta quando quiser e onde quiser!)

Joaquim Reis