segunda-feira, 2 de abril de 2018

A DESGRAÇA E A VERGONHA IMORAL DAS “SALAS DE CHUTO”!


                      A DESGRAÇA E A VERGONHA IMORAL DAS “SALAS DE CHUTO”!



31/03/18
       “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem”                            
         Jesus Cristo (Lucas, 23:34)

    Foi anunciado esta semana – a Semana Santa – (curiosa coincidência), que o malfadado executivo da Camara de Lisboa, vai inaugurar “salas de chuto assistido”, onde os pobres de espírito herdeiros de um “roussionismo” serôdio possam, higienicamente, darem-se às suas práticas nojentas e suicidárias.[1]
    Recuso-me a colaborar e a ficar calado, com mais esta decisão subversiva, negregada e criminosa para a sociedade onde me insiro.
    Mais uma, das muitas postas em prática por uma cáfila de “engenheiros sociais”, que se entretêm, faz décadas, a desmontar os valores ancestrais em que a vida em sociedade e o progresso social sempre se apoiaram.
    O que tem tido especial incidência nos países e povos de matriz cristã.
    Tudo isto está profundamente errado.
    Mas agora e à cabeça, criou-se uma situação de contradição insanável, que passo a descrever.
    A diarreia legislativa, maioritariamente fraca de qualidade, que os governos e parlamentos portugueses derramam há décadas, sobre os anestesiados e baralhados contribuintes, aprovaram uma lei que continua a criminalizar o tráfico de drogas (enfim, de um modo brando), ao mesmo tempo que despenalizaram o consumidor, o qual só passará a ser considerado traficante se for encontrado com uma determinada quantidade do produto tóxico, tido como superior ao necessário para a sua dose diária, ou seja, passível de ser vendido.
     Ora sendo o tráfico um crime como é que se pode abastecer os viciados, os quais, lembramos, podem consumir à vontade sem receio de serem punidos?
    Lei perversa pois obriga o consumidor a cometer um crime que é o de ir comprar a droga…
    Ou será isto apenas, como parece, apenas um passo intermédio para a legalização do tráfico, ou seja para a droga ser vendida sem rebuços, na “drogaria” da esquina, como quase já acontece com a “canábis”, com o disfarce da utilização medicinal?
    Outra contradição insanável é ver como, de há anos a esta parte, forças políticas, jornalistas e comentadores (e notem a quase unanimidade do que vem a público e do que é calado), passaram a desancar nos fumadores e nos que bebem álcool (porque não nos viciados no jogo?), com uma sanha nunca vista, e se mostram tão benevolentes para com a cáfila de drogados que por aí abunda, a ponto de se ter acabado com a censura social associada a tão degradante espectáculo?
    E porque é que não há regras estritas para impedir que drogados possam ter acesso a um conjunto de profissões e funções, pois representam um perigo público no seu exercício?
    Com a agravante de toda a gente saber que as consequências do vício da droga ser muito mais grave e prejudicial do que o consumo do tabaco e do álcool!
    Vivemos pois, uma enorme mentira misturada com ilusionismo social, cujo cúmulo é a existência de tráfico de droga dentro dos estabelecimentos prisionais!
    Ao “bem pensantes” ficam ainda com pele de galinha quando se invectivam estes desgraçados (alguns dos quais bem postos na vida), com adjectivos que lhes assentam bem.
    Preferem dizer que são doentes e precisam ser tratados…
    Concedo que sejam doentes, mas por serem tarados, não por serem drogados. Pois que se há - de dizer de pessoas que induziram ou infligiram doenças neles próprios, ao caírem no logro do vício e da dependência?
     Tudo isto numa sociedade que coloca a “Liberdade individual” em tão altos píncaros. Ora um viciado deixa de ser uma pessoa livre…
    Não foram eles que se desrespeitaram a si próprios e atraíram o opróbrio sobre si mesmos?
    Ora todo este estado de coisas tem tido a nefasta conivência de muitos políticos (alguns deles antigos experimentadores ou viciados), por acção ou omissão; das televisões e de Hollywood - onde deve existir a maior concentração de viciados do mundo inteiro, por metro quadrado – por exporem às escâncaras as misérias humanas; ensinarem a fazer; ignorarem a pedagogia e não terem uma palavra de condenação.
    As famílias estão meio destruídas (e “pour cause”) e a escola virou uma desordem institucional, só para ficarmos por aqui.
    Neste âmbito como noutros, a tão badalada Declaração Universal dos Direitos do Homem é vã e de nada vale (é até contraproducente) sem a Carta dos Deveres dos mesmos…[2]
                                                                         *****
    O que se passa, nomeadamente com esta estúpida decisão é ainda um péssimo exemplo social, já que configura a vitória do vício perante a virtude; o pactuar com práticas erradas e nefastas; a emissão de sinais errados para os cidadãos, nomeadamente os jovens; a aceitação de que o crime e o erro compensam; o incentivo a práticas ilegais; a desresponsabilização militante; a conformação com a desmoralização, etc..
    Um etc. longo e penoso. Mas parece que se perdeu a vergonha na cara!
    Veja-se o ponto onde chegámos: as excursões de finalistas dos liceus na época pascal (coincide novamente com a Páscoa…), passaram a ser paradas e revistadas pelas Forças de Segurança, que procuram droga, objectos contundentes e artefactos pirotécnicos (e seguramente não se eximem a recomendar anticontraceptivos…), e os hotéis começaram a não os aceitar, pois as férias transformaram-se em orgias onde vale tudo, face á libertinagem e desregramento em que se passou a viver! É que o que recebem não dá para cobrir os danos nas instalações…
    Já não bastava assistirmos à pouca vergonha das claques dos grandes clubes de futebol “marcharem” para os estádios escoltados por esquadrões de polícias armados até aos dentes!
    E eu como cidadão tenho que me sujeitar a aturar e a pagar tudo isto?
    Sim, porque “tudo isto” e agora voltamos às salas de chuto (que nome escabroso), é pago pelo justo contribuinte, não pelo pecador o que, já agora, configura uma injustiça.
    Ou não será assim?
    Há muito que a podridão convive connosco e nós deixamos. Há décadas que na baixa de Lisboa e Porto, há mais vendedores de droga do que carteiristas, os quais não têm qualquer
pejo em oferecer o produto ao passante. Agora a prática recrudesceu com o aumento do turismo, o qual também já está a passar os limites do bom senso.
    Onde andará a polícia? Presume-se que a tentar multiplicar o número de associações e sindicatos, para poderem reivindicar e usufruir dos respectivos direitos…
    Mas porque não farão tal (o que a própria lei incentiva) se, quando pretendem actuar vêm a sua acção, o mais das vezes, solapada por políticos, “observatórios”, associações para a defesa de tudo e mais alguma coisa e, até, de Procuradores e Magistrados?
    Que mau aspecto de país em que Portugal se transformou!
    E sabendo-se os negócios ilícitos que o tráfico de droga alimenta; a desgraça e o sofrimento que leva às famílias; o incentivo ao roubo e à agressão que o consumo potencia – para já não falar na degradação humana que acarreta – como se pode admitir que os poderes públicos fechem os olhos perante todo este cenário infernal e não combatam com todas as suas forças, todas as situações e aqueles que nelas estão envolvidos?
    E como entender que a maioria da população e das instituições nacionais, empresas, etc., sejam tão tolerantes a este descalabro que nos devia levar a pintar a cara de preto?
    Já não há pachorra para o maldito do política e socialmente tido como correcto e para as ideias degeneradas de adiantados mentais armados em “práfrentex”, que se gostam de assumir como esquerdalhos, mas que apenas são poias em formas poliédricas de caca!
    Só há uma maneira de combater o tráfico, é à moda de Singapura. Para grandes males, grandes remédios.
    E quanto aos consumidores o que é necessário fazer é substituir as salas de chuto (que nome escabroso) - não por clinicas de desintoxicação a preços caros (o que configura mais um negócio…) – por “colónias de férias assistidas”, onde os “utentes” fossem perdendo o vício paulatinamente “assistidos”: acampavam em tendas; tinham alvorada pelas 0600 e ida para a caminha às 1000; faziam desporto obrigatório; tratavam dos animais e das plantas com que se alimentariam; cuidavam das latrinas e tomavam duche diário frio.
    Quando saíssem teriam de prestar trabalho cívico (duro) durante um ano (ou mais tendo em vista o tempo de recuperação) e assinavam um documento com aviso sério quanto a futura pena por reincidência.
    E iam para o Céu, pois o Senhor lhes perdoaria.
    O Mal tem de ser chamado de Mal, e o Bem de Bem! Eis tudo.
    Calculo que em dois anos o problema estaria resolvido e até o nosso querido e bem comportado Secretário – Geral da ONU acharia uma iniciativa “interessante” para a paz no planeta e nosso não menos querido PR ficaria satisfeito só de pensar na quantidade de “selfies” que poderia tirar com cada um dos recuperados.
    Quem quer apostar?             



                                  João José Brandão Ferreira
                                       Oficial Piloto Aviador


[1] “Roussionismo”, neologismo, derivado de Jean Jacques Rousseau.
[2] Que não existe…

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