domingo, 18 de novembro de 2012

Por se julgar digno de realce junto se transcreve um comentário enviado

António Silva deixou um novo comentário na sua mensagem "O SUICÍDIO (LITERAL) DE PORTUGAL":

O pós-modernismo, movimento cultural sustentado pela síntese dos aparentes antagónicos comunismo e capitalismo, portanto, o reino ideológico do internacional-socialismo que se impõe hegemonicamente a todo o mundo, triunfou e não se vislumbram no imediato forças suficientes capazes de lhe fazer frente. O programa liberal que brotou com ênfase durante o Século XVIII, estendendo-se como uma praga um pouco por toda a Europa ao longo do Século XIX, está agora a chegar ao clímax. Foram 200 anos de hecatombes e de transformações político-sociais cuja acção abalou e desmoronou toda a concepção da realidade que o homem tinha construído ao longo de milénios. A mentalidade que produzia vida, particularmente ordeira, apurada pelos espíritos mais criativos que a nossa história filosófica conhece, foi substituída, após as sucessivas campanhas progressistas, por um outro tipo de mentalidade subversiva que desrespeita e despreza a vida.

A manutenção da vida, a continuidade do nosso sangue através da descendência é agora algo que o novo pensamento desaprova e condena. As pessoas que vivem para a família, que na família encontram a sua razão de ser e aí se realizam são alvo das mais pejorativas críticas, uma família constituída por mais de dois filhos já é considerada grande e, caso passe dificuldades, o novo pensamento suportado pela ética utilitarista apressa-se a responsabilizá-la pela ausência de um melhor plano familiar. Caminhamos, portanto, para a extinção.

Sem dúvida, o pior que o pós-modernismo engendrou foi a transformação do homem através de minuciosas operações ao espírito. Entre os ingredientes utilizados na cirurgia mental apontamos o individualismo, o relativismo, o materialismo e o feminismo. Inserido numa sociedade radicalmente agitada e acrata, o homem, hoje, na generalidade não passa de uma carcaça sem substância, tem uma bonita apresentação, mas, por dentro é oco, vazio, acomodado, sem objectivos e sem consciência. A fustigante solidão será uma companhia constante. Mesmo acompanhado o homem actual, vulgarmente, sente-se só pois não se identifica devido à perda de identidade.

Afirmamos, logicamente, que o homem pós-moderno se assemelha a um zombie. Olhemos pois à definição de zombie: “pessoa hipnotizada desprovida de consciência ainda que ambulante e capaz de responder a estímulos circundantes”.

Num caótico meio niilista, fruto das mais nefastas propagandas ideológicas e da manha demagógica, as pessoas ficaram apáticas, depressivas e ansiosas, desorientadas e sem objectivos, não descortinam qual a sua razão de viver, nem tampouco são já capazes de se governarem e de contribuírem para uma ordem que os proteja das ameaças estranhas. Caminhamos, portanto, para a escravidão.

Outra característica do homem alienado, fanatizado, tipicamente massificado, deriva da sua inconsciência acerca do Mal, o ensino ministrado nas últimas décadas, iludindo a razão, promoveu os vícios e condenou as virtudes, tudo revolucionando, trocou valores por contra-valores. Vivemos, logo, num ambiente rebelde sustentado na negação da realidade.

A quem interessam os zombies europeus? A resposta teremos que a procurar nos interesses dos inimigos eternos da velha Europa, teremos que revisitar a nossa História e estudarmos Religião. Tudo o que se passou, em termos culturais, após a instituição do Renascimento visava apenas um fim, o lucro. Tudo o que se fez desde essa altura serviu para abrir a porta aos interesses económicos, à exploração, o capitalismo nasceu com a abertura dos mercados. O auge de toda essa transformação acontece com a sociedade de consumo dos nossos dias onde a verdadeira solidariedade, que é o apoio que tem rosto, deixou de ser importante. De Revolução em Revolução, a rebelião contra a ordem cresceu, os mercados foram sendo cada vez mais abertos, provocando, obviamente, maior desprotecção nas nações, tornando-as presas fáceis dos exploradores sem fronteiras.

3 comentários:

João Nobre disse...

A crise de valores é a maior tragédia que hoje se abate sobre a Europa.

Vamos precisar dos Deuses todos do Olimpo para sair deste marasmo...

Abraço,
João José Horta Nobre

Ricardo A disse...

Os militares(apesar de ser um corpo separado da sociedade até certo ponto)também caíram nos vícios que abalam a sociedade cívil,assim se pode entender a dificuldade em reagir a esta situação,espero estar enganado.Claro que se levanta sempre o problema de saber que alternativa criar a um regime que pode estar em causa,até porque o mundo é muito diferente do que era em 1926,ou em 1974/75.Acho que o grande erro foi os militares deixarem o país nas mãos dos políticos(em 1976)sem qualquer contrapeso real,como se provou e se vê o unico perigo não era a ditadura marxista/soviética.

Zé do Porto disse...

Sr.Comandante, Esse Senhor Manuel Alegre, devia olhar para o gruipo de que faz parte, e que fizeram entrega (Enquanto Grupo de Argel) do General sem medo Humberto Delgado á Pide. Isto é afirmado e nunca desmentido pelo grupo, nos Livro de Henrique Cerqueira Vol. 1 e 2, impressos em 4 de Março de 1977, pela Editorial Intervenção e com o Titulo EU ACUSO. nO gRUPO SÃO ACUSADOS Mário Soares, Cunhal, Emidio Guerreiro e Lopes Cardoso, e este tipo de gente, que hoje teem medo do vinho SALAZAR, pois eu digo e bem Alto, que estes Senhores nem para os calcanhares de Salazar serviam.(tenho as duas obras)
Obrigado pelos seus escritos e Portugal precisa de gente como o Senhor, Bem haja.
Ex. Cobatente de Artilharia, sob as ordens ao tempo do Sr. Capitão Ramalhete.