quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

TRUMP GANHOU: “YES HE COULD”!





TRUMP GANHOU: “YES HE COULD”!
07/12/16
“A Democracia constitui necessariamente um despotismo, porquanto estabelece um poder executivo contrário à vontade geral. Sendo possível que todos decidam contra um, cuja opinião possa diferir, a vontade de todos não é portanto a de todos, o qual é contraditório e oposto à liberdade.”
Emanuel Kant


Com Donald Trump (DT) a caminho da Casa Branca e depois dos rios de tinta, imagem e som que estas eleições provocaram, ainda existe espaço e oportunidade para tecer algumas considerações, sobretudo dirigidas aos habitantes desta “praia lusitana”.
E a primeira é esta: Já existem indicações de que o novo inquilino da dita casa, só lá quer deixar o nome em letras garrafais e continuar a viver na sua casa de Nova Iorque. Mal comparado parece estar a copiar o que o Papa Francisco fez em relação aos seus aposentos oficiais…
Não há dúvidas que se vivem tempos interessantes!...
Bom, o primeiro aspecto que queríamos ilustrar e verberar é o comportamento dos “média”, nomeadamente o dos grandes potentados, dominados que estão, por interesses económicos e políticos. Ora tal representa a negação das bases da liberdade de imprensa e de opinião.
Infelizmente o comportamento da maioria dos jornalistas não é isento, não é neutro nem objectivo, fazendo da deontologia jornalística, um conceito abstrato que nada tem a ver com a realidade…
Por outro lado os jornalistas exorbitam constantemente as suas funções e não metem (nem querem meter) na sua cabeça que são pagos para dar notícias, não para as adjectivar ou, mais subtilmente, as manipular, orientando o sentido da sua interpretação.  
Os mais descarados dedicam-se à subversão de conceitos, princípios, instituições, sistemas políticos, pessoas ou até, a própria sociedade.
Está tudo misturado e confuso de propósito: notícias com propaganda; opiniões com informação, entrevistados e entrevistadores; comentário com reportagem, etc..
O dilúvio da verborreia é ingerível; a chuva de barbaridades é aterradora e o ruído é ensurdecedor.
Por tudo isto muitos cidadãos optaram já, por fazer um “blackout” a tudo o que seja noticiários, debates, mesas redondas, etc. É uma questão de sanidade mental.
E arrogam-se (os profissionais da comunicação social), sem rebuço, serem o quarto poder - que ninguém elegeu - concorrendo com os poderes executivo, legislativo e judicial, pretendendo influenciá-los a todos.
Era como, por exemplo, se os militares por usarem armas quisessem influenciar (impôr) o que se passa na sociedade, ou na política…
Ora o que se passou nas eleições americanas constituiu o cúmulo de tudo o que acabei de afirmar, com os “média” americanos e europeus (fiquemos por estes) a apoiarem escandalosamente um dos candidatos, neste caso a Hillary Clinton (HC).
Só que os tais cidadãos que já não podem ouvir, ler ou ver, os OCS, fizeram o tal “blackout” e votaram maioritariamente no DT pois o identificam com alguém que pode romper com o sistema viciado que impera, sobretudo nas ditas democracias mais avançadas…
Ora este é o maior trunfo do candidato vencedor - e ir, também, contra o politicamente correcto, que não se suporta - e pode ser, outrossim, a sua fraqueza, caso rompa com as suas promessas e passe a ser mais um do mesmo.
O segundo ponto deriva do primeiro e tem a ver com a verdadeira diabolização do candidato ganhador, chegando a colar-se-lhe os piores epítetos.
Deitei um pouco de atenção ao caso e até agora não vislumbrei nada que o possa justificar.
Senão vejamos, o que tem defendido DT? Respinguemos:
O homem defende que os USA voltem novamente a ser “Grandes” e “Respeitados” e a pôr a economia em ordem. Bom, creio que ninguém, isto é, os americanos - ou já se esqueceram que são eles que votam?- pode levar isto a mal. Aliás este desiderato não é muito diferente do que a HC andou a dizer.
O candidato, malquisto da “elite” republicana defende ainda que os EUA não devem pagar tanto para a NATO e que, se os europeus querem ter defesa, que a paguem também. Bom, creio que isto me parece de uma razoabilidade cristalina.
Depois não quer andar a combater nas guerras dos outros; bom, se eu fosse americano também não queria, sobretudo se visse os enterros de caixões cobertos com a “star and stripes” a aumentar, fora o dinheirão que tais “guerras” custam.
Também, parece que se quer dar melhor com o actual “Czar” do Kremlin; vejam só que má notícia! Convinha não esquecer que desde que o muro de Berlim caiu, o cerco à Federação Russa não parou de crescer…
Lembro até, que sobre este âmbito o Estado Português deve ponderar bem o que faz e o que diz, de modo a não se colocar do lado errado, na justiça das coisas.
DT defende ainda, expulsar os emigrantes que se revelem ser criminosos; impedir a entrada de ilegais e até construir um “muro” na fronteira mexicana, para o efeito.
Bem, não creio que possa haver qualquer tipo de condenação no que disse, isso era o que todos os governos soberanos e atinados deviam fazer.
Quanto ao muro, ele já está quase todo construído e um “muro” não tem sequer que ser uma barreira física, há muitas maneiras de o construir.
Pessoalmente desagrada-me estar a juntar tijolo, rede, argamassa, etc., em construir muros. Dá trabalho, custa dinheiro, torna feia a paisagem. Mas digam-me, haverá assim tanta diferença entre um muro físico e uma patrulha da GNR?
Ambos não visam impedir a mesma coisa?
O senhor DT, também é pró - vida, logo contra o aborto, a eutanásia e outras formas encapotadas de eliminar humanos e é contra os direitos excessivos de minorias e embirra especificamente com a lista infindável daqueles representados pela sigla LGBT+, etc.
Bom, digamos que, neste âmbito, DT tem basta companhia com ele.
Finalmente – e creio que já chega para ilustrar o ponto - DT é um fervoroso adepto, digamos, em apalpar mulheres.
Bom, creio que nenhum mamífero consciente do que anda por cá a fazer e não confundido pelo instinto que a mãe natureza o dotou, também concordará sem hesitação, devendo ter apenas em conta, o consentimento e o 10º mandamento da Lei de Deus.
Caso contrário íamos apalpar o quê?
Em súmula, aquilo que vimos e ouvimos o candidato republicano/independente - que, convenhamos, não tem uma boa imagem televisiva e afirma coisas bizarras, no meio de algum folclore descabido - dizer, pode levar-nos a gostar mais ou menos dele; podemos não concordar como estilo ou a substância, isso podemos. Mas agora a diabolizá-lo?
Existe um ponto que poderá levantar algumas preocupações a nível mundial, que é o apoio eventual, no combate às alterações climáticas que venham a ser provadas nocivas.
Mas tal tem sido consistente com política de todas as administrações americanas, com a “nuance” do actor Obama, sem que algo de relevante tenha sido feito até agora.
Lembro ainda que os EUA, sendo o 1º financiador e inspirador da ONU, se recusam a colocar quaisquer forças militares suas debaixo do comando daquela organização, ou deixar que um cidadão americano possa ser julgado pelo Tribunal Internacional da Haia, por exemplo.
Penso que não preciso de explicar porquê...
DT, creio, só irá ter problemas sérios se confrontar decisivamente os “poderes” mais
profundos da América, sobretudo aqueles ligados ao dinheiro, como as famílias que dominam a Federal Reserve e a Wall Street, e também com os interesses sionistas.
Ou, no âmbito da política externa, irrite seriamente, o todo - poderoso “Council of Foreign Relations”.
Seria uma luta que valeria a pena, mas arrisca-se, nesse caso, a ter um destino semelhante aos Presidentes James Madisson (que levou com uma guerra em cima, em 1812); Andrew Jackson (escapou miraculosamente a um atentado, em 30/1/1835); Abraham Lincoln (assassinado a 4/4/1865); James Garfield (assassinado a 2/7/1881); John Kennedy (assassinado em 22/11/1963); Nixon, que foi siderado pelo “Watergate” e Ronald Reagan (que escapou por um triz, a um atentado, em 30/3/1981) – este último também sofreu os ataques desenfreados da maioria dos OCS americanos e veio a ser considerado um dos melhores presidentes dos últimos tempos...
Finalmente o comportamento dos principais líderes europeus, dos “média” e de muito eleitorado, por eles influenciado, para com as eleições americanas e, sobretudo, contra DT, é surrealista e algo esquizofrénico.
Então agora andamo-nos todos a tentar meter nas eleições uns dos outros?
E não é que se dizem todos uns grandes democratas e depois amuam quando alguém, que não é da sua simpatia, ganha?
Bom, ainda se só amuassem, ainda era como o outro, agora dizer baboseiras como o Sr. Hollande (que os franceses me perdoem, mas o seu presidente aparenta ser apenas um pateta), ou como o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que mandou plantar cartazes contra a vitória de Trump, no “Web Summit” que decorreu na Expo, de 8 a 10 de Novembro?
Gostaríamos de saber quem o mandatou para tal aleivosia e se tal está dentro das suas competências ou atribuições!
E assumem-se, repito, de grandes democratas como se tal estivesse acima da Verdade, da Honra, da Pátria, da Liberdade, da Honestidade, etc.
Como aqueles arruaceiros todos que vieram para a rua protestar, partir montras e incendiar carros, em várias cidades dos EUA, contra a vitória do DT? Ao que consta financiados pelo Senhor George Soros.[1]
Quem disse que a Democracia não era perigosa?[2]

                                                   João José Brandão Ferreira
                                                                                  Oficial Piloto Aviador


[1] Quem não souber quem é, basta ir ao Google…
[2] “Posfácio”: É costume de um tolo, quando erra, queixar-se dos outros. É costume de um sábio queixar-se de si mesmo”. Sócrates (470 – 399 AC).

2 comentários:

Anónimo disse...

Em Portugal a generalidade das pessoas age como se não tivesse uma identidade, uma pátria, uma civilização. Rejeitam tudo o que é legado dos seus pais, avós e antepassados mais antigos, preferem acolher tudo o que é moda, efémero e supérfluo com origem nas propagandas consumistas que apenas visam extorquir os bens dos incautos. Trocaram os valores que lhes deram a vida pelos contra-valores propagados pelos globalistas. Os temas de conversa destes pós-modernos formatados pelo pensamento politicamente correcto são completamente inócuos, estéreis, sem o mínimo interesse prático, vão pouco mais além de anedotas ordinárias, de futebol, ou de figuras mediáticas asquerosas. Os assuntos sérios que devem prender a atenção das pessoas maduras são desprezados e odiados. Não entendem, apesar das múltiplas evidências, que estamos em perigo. Não entendem que a vida está cada vez mais difícil, que estamos mais escravizados, desfalcados, e caminhamos para a extinção. As massas fanatizadas têm horror ao conhecimento, recusam olhar, ouvir, e falar, enterram a cabeça na areia como a avestruz mal sentem que alguém as obriga a pensar nos graves problemas actuais. É triste, inacreditável e incompreensível o silêncio cúmplice dos nossos conterrâneos. Honra àqueles que com coragem e sabedoria lutam da forma que lhes é possível para que no futuro a nossa descendência possa dizer que é portuguesa, que não é minoria na sua própria terra, e que vive num Estado soberano.

António Silva

Ricardo A disse...

“Toda vez que você se encontrar do lado da maioria, é hora de parar e refletir.”
― Mark Twain