TRUMP GANHOU: “YES HE COULD”!
07/12/16
“A Democracia constitui necessariamente um despotismo, porquanto
estabelece um poder executivo contrário à vontade geral. Sendo possível que
todos decidam contra um, cuja opinião possa diferir, a vontade de todos não é
portanto a de todos, o qual é contraditório e oposto à liberdade.”
Emanuel Kant
Com Donald Trump
(DT) a caminho da Casa Branca e depois dos rios de tinta, imagem e som que
estas eleições provocaram, ainda existe espaço e oportunidade para tecer
algumas considerações, sobretudo dirigidas aos habitantes desta “praia
lusitana”.
E a primeira é
esta: Já existem indicações de que o novo inquilino da dita casa, só lá quer
deixar o nome em letras garrafais e continuar a viver na sua casa de Nova
Iorque. Mal comparado parece estar a copiar o que o Papa Francisco fez em
relação aos seus aposentos oficiais…
Não há dúvidas que
se vivem tempos interessantes!...
Bom, o primeiro
aspecto que queríamos ilustrar e verberar é o comportamento dos “média”,
nomeadamente o dos grandes potentados, dominados que estão, por interesses
económicos e políticos. Ora tal representa a negação das bases da liberdade de
imprensa e de opinião.
Infelizmente o
comportamento da maioria dos jornalistas não é isento, não é neutro nem
objectivo, fazendo da deontologia jornalística, um conceito abstrato que nada
tem a ver com a realidade…
Por outro lado os
jornalistas exorbitam constantemente as suas funções e não metem (nem querem
meter) na sua cabeça que são pagos para dar notícias, não para as adjectivar
ou, mais subtilmente, as manipular, orientando o sentido da sua interpretação.
Os mais descarados
dedicam-se à subversão de conceitos, princípios, instituições, sistemas
políticos, pessoas ou até, a própria sociedade.
Está tudo misturado
e confuso de propósito: notícias com propaganda; opiniões com informação,
entrevistados e entrevistadores; comentário com reportagem, etc..
O dilúvio da
verborreia é ingerível; a chuva de barbaridades é aterradora e o ruído é
ensurdecedor.
Por tudo isto
muitos cidadãos optaram já, por fazer um “blackout” a tudo o que seja
noticiários, debates, mesas redondas, etc. É uma questão de sanidade mental.
E arrogam-se (os
profissionais da comunicação social), sem rebuço, serem o quarto poder - que
ninguém elegeu - concorrendo com os poderes executivo, legislativo e judicial,
pretendendo influenciá-los a todos.
Era como, por
exemplo, se os militares por usarem armas quisessem influenciar (impôr) o que
se passa na sociedade, ou na política…
Ora o que se passou
nas eleições americanas constituiu o cúmulo de tudo o que acabei de afirmar,
com os “média” americanos e europeus (fiquemos por estes) a apoiarem
escandalosamente um dos candidatos, neste caso a Hillary Clinton (HC).
Só que os tais
cidadãos que já não podem ouvir, ler ou ver, os OCS, fizeram o tal “blackout” e
votaram maioritariamente no DT pois o identificam com alguém que pode romper
com o sistema viciado que impera, sobretudo nas ditas democracias mais
avançadas…
Ora este é o maior
trunfo do candidato vencedor - e ir, também, contra o politicamente correcto,
que não se suporta - e pode ser, outrossim, a sua fraqueza, caso rompa com as
suas promessas e passe a ser mais um do mesmo.
O segundo ponto
deriva do primeiro e tem a ver com a verdadeira diabolização do candidato
ganhador, chegando a colar-se-lhe os piores epítetos.
Deitei um pouco de
atenção ao caso e até agora não vislumbrei nada que o possa justificar.
Senão vejamos, o
que tem defendido DT? Respinguemos:
O homem defende que
os USA voltem novamente a ser “Grandes” e “Respeitados” e a pôr a economia em ordem.
Bom, creio que ninguém, isto é, os americanos - ou já se esqueceram que são eles
que votam?- pode levar isto a mal. Aliás este desiderato não é muito diferente
do que a HC andou a dizer.
O candidato, malquisto
da “elite” republicana defende ainda que os EUA não devem pagar tanto para a
NATO e que, se os europeus querem ter defesa, que a paguem também. Bom, creio
que isto me parece de uma razoabilidade cristalina.
Depois não quer
andar a combater nas guerras dos outros; bom, se eu fosse americano também não queria,
sobretudo se visse os enterros de caixões cobertos com a “star and stripes” a
aumentar, fora o dinheirão que tais “guerras” custam.
Também, parece que
se quer dar melhor com o actual “Czar” do Kremlin; vejam só que má notícia!
Convinha não esquecer que desde que o muro de Berlim caiu, o cerco à Federação
Russa não parou de crescer…
Lembro até, que
sobre este âmbito o Estado Português deve ponderar bem o que faz e o que diz,
de modo a não se colocar do lado errado, na justiça das coisas.
DT defende ainda,
expulsar os emigrantes que se revelem ser criminosos; impedir a entrada de
ilegais e até construir um “muro” na fronteira mexicana, para o efeito.
Bem, não creio que
possa haver qualquer tipo de condenação no que disse, isso era o que todos os
governos soberanos e atinados deviam fazer.
Quanto ao muro, ele
já está quase todo construído e um “muro” não tem sequer que ser uma barreira
física, há muitas maneiras de o construir.
Pessoalmente
desagrada-me estar a juntar tijolo, rede, argamassa, etc., em construir muros. Dá
trabalho, custa dinheiro, torna feia a paisagem. Mas digam-me, haverá assim
tanta diferença entre um muro físico e uma patrulha da GNR?
Ambos não visam
impedir a mesma coisa?
O senhor DT, também
é pró - vida, logo contra o aborto, a eutanásia e outras formas encapotadas de
eliminar humanos e é contra os direitos excessivos de minorias e embirra
especificamente com a lista infindável daqueles representados pela sigla LGBT+,
etc.
Bom, digamos que,
neste âmbito, DT tem basta companhia com ele.
Finalmente – e
creio que já chega para ilustrar o ponto - DT é um fervoroso adepto, digamos,
em apalpar mulheres.
Bom, creio que
nenhum mamífero consciente do que anda por cá a fazer e não confundido pelo
instinto que a mãe natureza o dotou, também concordará sem hesitação, devendo
ter apenas em conta, o consentimento e o 10º mandamento da Lei de Deus.
Caso contrário
íamos apalpar o quê?
Em súmula, aquilo
que vimos e ouvimos o candidato republicano/independente - que, convenhamos,
não tem uma boa imagem televisiva e afirma coisas bizarras, no meio de algum
folclore descabido - dizer, pode levar-nos a gostar mais ou menos dele; podemos
não concordar como estilo ou a substância, isso podemos. Mas agora a diabolizá-lo?
Existe um ponto que
poderá levantar algumas preocupações a nível mundial, que é o apoio eventual,
no combate às alterações climáticas que venham a ser provadas nocivas.
Mas tal tem sido
consistente com política de todas as administrações americanas, com a “nuance”
do actor Obama, sem que algo de relevante tenha sido feito até agora.
Lembro ainda que os
EUA, sendo o 1º financiador e inspirador da ONU, se recusam a colocar quaisquer
forças militares suas debaixo do comando daquela organização, ou deixar que um
cidadão americano possa ser julgado pelo Tribunal Internacional da Haia, por
exemplo.
Penso que não
preciso de explicar porquê...
DT, creio, só irá
ter problemas sérios se confrontar decisivamente os “poderes” mais
profundos da
América, sobretudo aqueles ligados ao dinheiro, como as famílias que dominam a
Federal Reserve e a Wall Street, e também com os interesses sionistas.
Ou, no âmbito da
política externa, irrite seriamente, o todo - poderoso “Council of Foreign
Relations”.
Seria uma luta que
valeria a pena, mas arrisca-se, nesse caso, a ter um destino semelhante aos Presidentes
James Madisson (que levou com uma guerra em cima, em 1812); Andrew Jackson (escapou
miraculosamente a um atentado, em 30/1/1835); Abraham Lincoln (assassinado a 4/4/1865);
James Garfield (assassinado a 2/7/1881); John Kennedy (assassinado em
22/11/1963); Nixon, que foi siderado pelo “Watergate” e Ronald Reagan (que
escapou por um triz, a um atentado, em 30/3/1981) – este último também sofreu
os ataques desenfreados da maioria dos OCS americanos e veio a ser considerado
um dos melhores presidentes dos últimos tempos...
Finalmente o
comportamento dos principais líderes europeus, dos “média” e de muito
eleitorado, por eles influenciado, para com as eleições americanas e,
sobretudo, contra DT, é surrealista e algo esquizofrénico.
Então agora
andamo-nos todos a tentar meter nas eleições uns dos outros?
E não é que se
dizem todos uns grandes democratas e depois amuam quando alguém, que não é da
sua simpatia, ganha?
Bom, ainda se só
amuassem, ainda era como o outro, agora dizer baboseiras como o Sr. Hollande
(que os franceses me perdoem, mas o seu presidente aparenta ser apenas um
pateta), ou como o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que mandou plantar
cartazes contra a vitória de Trump, no “Web Summit” que decorreu na Expo, de 8
a 10 de Novembro?
Gostaríamos de
saber quem o mandatou para tal aleivosia e se tal está dentro das suas
competências ou atribuições!
E assumem-se,
repito, de grandes democratas como se tal estivesse acima da Verdade, da Honra,
da Pátria, da Liberdade, da Honestidade, etc.
Como aqueles
arruaceiros todos que vieram para a rua protestar, partir montras e incendiar
carros, em várias cidades dos EUA, contra a vitória do DT? Ao que consta
financiados pelo Senhor George Soros.[1]
Quem disse que a
Democracia não era perigosa?[2]
João
José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador
2 comentários:
Em Portugal a generalidade das pessoas age como se não tivesse uma identidade, uma pátria, uma civilização. Rejeitam tudo o que é legado dos seus pais, avós e antepassados mais antigos, preferem acolher tudo o que é moda, efémero e supérfluo com origem nas propagandas consumistas que apenas visam extorquir os bens dos incautos. Trocaram os valores que lhes deram a vida pelos contra-valores propagados pelos globalistas. Os temas de conversa destes pós-modernos formatados pelo pensamento politicamente correcto são completamente inócuos, estéreis, sem o mínimo interesse prático, vão pouco mais além de anedotas ordinárias, de futebol, ou de figuras mediáticas asquerosas. Os assuntos sérios que devem prender a atenção das pessoas maduras são desprezados e odiados. Não entendem, apesar das múltiplas evidências, que estamos em perigo. Não entendem que a vida está cada vez mais difícil, que estamos mais escravizados, desfalcados, e caminhamos para a extinção. As massas fanatizadas têm horror ao conhecimento, recusam olhar, ouvir, e falar, enterram a cabeça na areia como a avestruz mal sentem que alguém as obriga a pensar nos graves problemas actuais. É triste, inacreditável e incompreensível o silêncio cúmplice dos nossos conterrâneos. Honra àqueles que com coragem e sabedoria lutam da forma que lhes é possível para que no futuro a nossa descendência possa dizer que é portuguesa, que não é minoria na sua própria terra, e que vive num Estado soberano.
António Silva
“Toda vez que você se encontrar do lado da maioria, é hora de parar e refletir.”
― Mark Twain
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