domingo, 16 de março de 2014

FORÇAS ARMADAS - INSTITUIÇÃO OU EMPREGO?

Anda agora muita gente preocupada com a transformação acelerada dos militares em "funcionários".

A começar pelos próprios.
 
Acordaram tarde e apenas quando lhes foram ao bolso.
 
Enquanto durante décadas o Poder Político foi abastardando as bases materiais e, sobretudo, espirituais, das Forças Armadas, poucos se preocuparam.
 
E muitos se enganaram, isto é, ao contemporizarem com os sucessivos atropelos (e, até, subversão) - eventualmente para não se incomodarem ou prejudicarem e, ou, pensando também, que seria assim que melhor preservariam os seus proventos e a "boa vontade de quem mandava - optaram pelo caminho errado.

Ou seja, a falta de consideração política e social pelas FAs é fruto justamente do que se foi deixando fazer e não do seu contrário.


Com a agravante pronunciada de que se perdeu muito do respeito pela Instituição Militar e pelos seus servidores (e não funcionários).


Junto, para reflexão, aquela que publiquei no já longínquo ano de 1979, na Revista "Mais Alto".

1 comentário:

Anónimo disse...

Se até esse longínquo ano 1979 (general Lemos Ferreira CEMFA e general Eanes PR) nenhuma reacção tinha acontecido, quantas se deram depois, meu tenente coronel? Quantas vezes a verdade e a frontalidade tem um preço tão alto que poucos têm a honra de pagar?.
Que poderiam esperar os militares de um polvo mafioso ultra-espertalhão que os considerava, considera e considerará como principal obstáculo inimigo ao seu andar a salto? Desconhecimento, ingenuidade, idiotismo de origem hereditária ou das lesões do 25/04?
O que pensar da "mui pacífica" submissão da generalidade dos militares no activo e da sua "mui brava" insubmissão na reforma?
Com que estado de alma quer um militar que o "povo" o olhe quando esse mesmo "povo" sofre duas, três vezes mais, das mesmas queixas?
Em abril os generais submeteram-se às ordens dos capitães ( honra para os que não aceitaram - um deles foi de imediato preso pelas ratazanas que o viam como águia );vamos ver se algum dia os oficiais obedecerão aos sargentos porque aos civis tem sido recorrente.
" O que tem de ser tem muita força" acontecerá novamente?
Com estima, meu tenente coronel.
David Pinto