sábado, 27 de outubro de 2018

PORQUE É QUE O CONSELHO DA EUROPA NÃO VAI DAR UMA VOLTA AO BILHAR GRANDE?


PORQUE É QUE O CONSELHO DA EUROPA NÃO VAI DAR UMA VOLTA AO BILHAR GRANDE?
25/10/18

“E julgareis o que é mais excelente; se ser do mundo Rei, que desta gente”.
Camões, Lusíadas, Canto I,10. 

                Pois é, a gente mete em casa quem dela nos põe fora…
                Diz o ditado e é verdade!
                Veio agora – a acreditar-se nos “media” – uma inenarrável Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI), elaborar um relatório em que tem o topete de recomendar às autoridades portuguesas, “repensar o ensino da história e em particular a história das ex-colónias”; “o papel que Portugal desempenhou no desenvolvimento e, mais tarde, na abolição da escravatura, assim como a descriminação e a violência cometidas contra os povos indígenas nas ex-colónias”. E outros mimos, tais como “a narrativa da descoberta do novo mundo deve ser colocada em questão e a história e contributo dos afro descendentes, assim como dos ciganos (sic), para a sociedade portuguesa devem ser tratados”, etc..
                Será que “Bruxelas” virou um manicómio em auto gestão? Ou é apenas mais um episódio da saga “os alcoólicos não querem ser anónimos”.
               Será que os “Lusíadas” também vão ter que ser emendados?
                Mas esta gente não se enxerga?
                Pior, vai haver por cá uma caterva de “progressistas” mentais, normalmente acolitados em tugúrios de pedantismo e mau cheiro militante, (e que andam a querer derrubar estátuas, mudar nomes de ruas ou praças; fazer museus mentirosos e outras borradas idiotas), virá prestes, anunciar os seus encómios associando-se às preocupações. Os taradões!
                Vamos lá perder algum tempo a cascar nestas infelizes e cretinas criaturas.
                Comecemos pelos negros, perdão, os afrodescendentes.
               Tirando os habitantes do norte de África, que eram berberes islamizados com mistura de árabes, invasores Vândalos e outras minorias godas e aculturados sobreviventes do antigo Império Romano, os povos de África viviam em tribos/etnias animistas cujo estádio civilizacional se assemelhava ao período pós - Neolítico.
                Estas tribos guerreavam-se e moviam-se frequentemente (estavam entre o nómada e o sedentário) escravizavam-se e alguns praticavam o canibalismo.
                A agricultura, a metalurgia, o comércio, a cerâmica, as manifestações culturais, etc., eram todas incipientes e primitivas.
               Foi neste estado que os portugueses os encontraram.
                Tirando as práticas consideradas contrárias à religião e à natureza humana – como o canibalismo, por exemplo – os nativos não foram incomodados nas suas crenças, cultura e modo de vida.
                Pretendeu-se fazer comércio e cristãos – muito mais pela palavra do que pela força – cujo exemplo que se pode considerar como expoente, foi o reino do Congo.
                É certo que houve zonas que foram incorporadas na Coroa Portuguesa através de vários meios (tratados, conquista, negociação, etc.) o que era prática corrente na época (estamos a falar dos séculos XV e XVI) e não ofendia qualquer lei internacional ou a moral pública!
                Compraram-se e capturaram-se escravos, é certo, mas tal prática era normal entre os negros e não fomos nós que a iniciámos – a sua origem perde-se nos recônditos da Antiguidade Clássica e a maioria das “peças” era obtida directamente dos chefes indígenas, que dispunham do direito de vida e morte sobre as populações que tutelavam.
                Esta prática era comum a todos os povos e só começou a ser contestada a partir de meados do século XVIII. E os portugueses estiveram longe de serem os piores, para além de estarem entre os primeiros a acabar com a prática e a combater o tráfico.
                E não poucos portugueses sofreram a agrura da escravatura, eles próprios, sobretudo às mãos da moirama e dos turcos…
                Por isso vamos lá, uma vez por todas, ganhar juízo e pôr as coisas na sua verdadeira perspectiva.
                Sinceramente existe dificuldade em vislumbrar as “contribuições dos descendentes negros para a sociedade portuguesa”, para além da culinária (que nós aproveitámos), dos mestiços (que provocámos) e da ajuda militar dada por muitos indígenas nos conflitos que, entretanto, foram surgindo. E também de algumas palavras que incorporámos na nossa língua tornando esta em contrapartida a língua oficial que os une!...
                E do contributo de alguns vultos que educámos e promovemos, ao longo dos séculos, como por exemplo, o Governador Honório Barreto, na Guiné.
                No mais fomos nós que civilizámos e promovemos tudo, sempre que os meios o permitiram, oferecemos a nossa nacionalidade e integrámos.
                Alguém imagina que algum povo no mundo poderia transformar um negro de Moçambique num (bom) matador de touros? Lembram-se do Ricardo Chibanga?
                Por isso, e em síntese, essa ridícula e desconhecida ERCI – apesar de pertencer a uma bem - conhecida e cada vez mais impopular, União Europeia – não devia estar preocupada com os nossos manuais escolares. Devia, isso sim, era ir verificar se nos países que foram colonizados pelos portugueses – e que só não continuaram portugueses por intensa campanha internacional contra a superior postura lusitana – os respectivos manuais equacionam devidamente o valor da acção dos portugueses nesses territórios ao longo dos séculos!
                E, já agora, se não há racismo (negro), homofobia (já nem falo de corrupção), etc., acompanhado por um retrocesso civilizacional geral!
Parte do mesmo se pode falar dos lugares da Ásia por onde labutámos, comerciámos e lutámos.
               Com uma diferença de monta: as civilizações que encontrámos equivaliam-se com algumas diferenças resultantes das idiossincrasias próprias. [1]
                Mais uma vez foram os islamizados – que estavam em guerra com a cristandade e vice-versa – que impediram o estabelecimento pacífico dos portugueses.
                Aqui houve uma troca muito maior de culturas com influências na literatura, na arquitectura, nas artes, etc. Embora os portugueses nunca tivessem perdido a sua personalidade própria.
                Não consta que haja em nenhum lugar do Oriente por onde passámos, qualquer sentimento menos amistoso ou louvável para connosco, desde a China ao Japão, da Índia a Timor.
                E se nalguns lugares, que se mantêm muçulmanos existe ainda um sentimento de inimizade, não deixa de existir um temor referencial…
               Passemos aos Ciganos.
                Esta “preocupação” ainda é mais inacreditável. Que culpa é que os nacionais têm que esta tribo de origens dúbias que, segundo o que é tido por assente, se dispersaram pelo território do Continente Europeu, a partir do Nordeste da Índia – havendo uma concentração acentuada da região ocupada contemporaneamente pela Roménia e Bulgária, tenham chegado até cá, nomeadamente quando são escovados das regiões aglomeradas num país chamado Espanha?[2]
               Passaram a constituir minorias étnicas espalhadas pelo mundo. Em Portugal estima-se (não é fácil contá-los) existirem cerca de 30.000.
                Sendo eles “nómadas” quer o Conselho da Europa tirar-lhes essa “liberdade”?
                Tirando o rapaz tatuado que tem jeito para dar uns chutos na bola (e joga na selecção), não existe na memória colectiva dos portugueses, que desta tribo/raça/etnia, que vem dos confins da História (e que pretende é que ninguém dê por eles e os chateie – penso eu de que) tenha deixado algum traço, influência ou mais - valia nesta canto ocidental onde a “terra acaba e o mar começa”.
Sabe-se o que fazem (não serão todos, mas é a marca que deixaram): deambulam de feira em feira, vendendo produtos que ninguém sabe como são obtidos; distinguem-se pelo contrabando, tráfico de droga; venda ambulante - que se confunde com um jogo de escondidas com a PSP (e agora a ASAE), etc.
Querem encafuá-los em apartamentos? Eis o resultado: destroem as casas; desatam aos tiros e às facadas a comunidades vizinhas (exemplo: os cabo-verdianos); os filhos fogem da escola (não sendo raro o casamento com menores) e é vê-los aos magotes junto a um hospital público ou tribunal, quando um dos seus membros está doente ou é julgado. Quando as famílias se zangam a bernarda é grossa.
Experimentem retirar a vigilância da GNR a esta gente que gosta de acampar ao ar livre (o que até é uma actividade saudável…)!
Que se saiba em Portugal nunca ninguém os perseguiu, mas também nunca ninguém teve neles qualquer confiança, pois nunca se quiseram integrar, nem se lhes conhece a matriz das lealdades.
                Por isso tudo o que os portugueses têm feito tem sido muito mais do que o expectável e o que toda esta gente merece, como é a outorga do rendimento social de inserção (antigo rendimento mínimo garantido).
                Por tudo isto – de que só dissemos uma pequena parte - e em todo o âmbito apontado pela tal “ECRI”, não temos lições a receber de ninguém!
                Perceberam ó adiantados mentais de Bruxelas?
              Creio que não será pedir muito que os organismos bruxelenses, que estão a ficar desde há muito descredibilizados, deviam passar a estudar e a investigar antes de escreverem sandices. [3]
                E se continuarem nesta senda só resta fazer uma de três coisas (ou até mesmo as três!):
                - Não chatear branco, pá!
                - Irem passear a vossa mal comportada mãe biológica, para trás do sol-posto, no calcanhar do mundo;
                - Limparem o fundo do recto pós evacuação fisiológica, com os papéis onde escrevem as vossas recomendações ou metê-los simplesmente pelo dito cujo acima!
                Verão que é um descanso, poupam no papel higiénico e ainda são parabenizados pelo “lobby” LGBT+?%$#&, etc..
                Não há pachorra.

                                                              João José Brandão Ferreira
                                                                  Oficial Piloto Aviador

               
               


[1] Sem embargo de, na Índia, por exemplo, e logo em 1510, Afonso de Albuquerque (“O Grande, o Tirríbil”, o “Leão dos Mares”, etc..) tenha proibido a prática do “SATI” – costume hindu, ainda hoje não completamente irradiado, que obriga a viúva a ser cremada junto com o marido defunto, numa pira. Convém não esquecer que os ingleses só se atreveram a proibir esta prática – que deve ser muito querida das feministas – dois séculos depois…
[2] “Ciganos" é um exômio para “roma” – conjunto de populações nómadas que têm em comum, a origem indiana e uma língua, o romani, originária do noroeste do subcontinente indiano. Na Península Ibérica são também conhecidos por “calés” e “calós”. Calcula-se que a primeira onda de migração tenha ocorrido entre c. 500 e 1000 DC.
[3] Soube-se agora por um artigo no “Observador” e na Revista “Sábado”, que a ECRI, não leu nenhum manual do Ministério da Educação (que nem sequer é flor que se cheire), nem investigou coisa alguma, apenas falando com pessoas e “ONG’s” que se recusa a identificar!... Cáfila!

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