A CRETINA
VASSALAGEM AOS MAIS NOVOS
12/12/19
“- Que nome
se dá a alguém que não acredita nas alterações climáticas?
- Persona non
greta”
Autor desconhecido
Desde
tempos imemoriais que as gerações mais novas aprenderam a respeitar as mais
velhas.
Desde
as mais antigas tribos que a Direcção, o Conselho, a Justiça, os problemas mais
graves da comunidade eram resolvidos pelos mais idosos, muitas vezes reunidos
em conselhos de anciãos.
Mesmo
quando se “inventou” a Monarquia, o Rei tinha na sua formação e em seu conselho
pessoas de reconhecido saber derivado não só das suas capacidades (inatas e
adquiridas) e do conhecimento da vida, que só uma vida longa pode proporcionar.
Do
mesmo modo nas famílias eram os avós (quando existiam) que passavam o
testemunho aos netos.
Era,
e é, a lei natural das coisas.
Tal
não tinha segredos nem obrigava a licenciaturas: quem vive mais tempo tem,
naturalmente, mais conhecimento das coisas e dos homens, já que nada pode
substituir a experiência (falo dos homens, pois as mulheres sempre foram
imperscrutáveis…).
Este
estado de coisas não se passava num ou noutro local era, simplesmente, universal.
É
certo que em todas as épocas há jovens que nunca chegam a ser velhos e velhos
que nunca foram jovens.
Tem
a ver com o grau de maturidade que se vai adquirindo.
Ser
“novo” ou “velho” é também um estado de espírito (muito na moda que agora nos
querem impingir quanto a género!...). E a maturidade também se comporta como o
Vinho do Porto…
Ora
a partir de meados dos anos 60 do século passado começou a dar moléstia na
sociedade dita ocidental e as coisas começaram a virar. Ainda não parou.
Para
isso contribuiu muito o Maio de 68; o movimento hippy; o pacifismo; o
feminismo; o ateísmo; o individualismo; o materialismo; etc. os “ismos” nunca
mais acabam.
Rebentaram
com a família tradicional, ataca-se a Igreja, as instituições nacionais e agora
estão a destruir as Nações.
Os
sistemas de “democracia liberal” cuja génese é baseada na quantidade (e não na
qualidade) dos votos depositados na caixinha mágica a que apelidaram de urna –
nome de um mau gosto atroz, mas que inconvenientemente espelha o que de lá, por
norma, sai…
Ora
as diferentes formações políticas que tomaram o nome de “Partidos” – outro
termo péssimo, mas que também espelha o que deles resulta – para tomarem ou se
aguentarem no Poder, raramente fazem o que devem mas abusam da demagogia, logo
da mentira e de mil caras. A sociedade foi na onda (e estou a simplificar muito
as coisas).
Deste
modo, a indisciplina e a desordem, grassam nas escolas, na família, nas
empresas e até nos quartéis.
A
autoridade e a hierarquia transformaram-se em conceitos malditos. Os juízes
passaram a ser rapazes novos; a idade e os anos de serviço para os militares de
posto superior poderem estar no activo, não pára de descer.
Com
a esperança de vida a aumentar e os meios da segurança social a diminuir, os
velhos passaram a ser um alvo a abater; nem a propósito a eutanásia medra e os
“idosos” que deviam ser acarinhados passam a “peste grisalha”.
Começaram, aliás, por empurrar os
mais velhos para a reforma, para logo a seguir se arrependerem e aumentarem o
tempo em que se tem de trabalhar…
As
próprias famílias – são raras as que se aguentam empurram o mais possível os
mais idosos (muito antes de se esgotarem as hipóteses possíveis) para os lares,
que se tornaram um dos melhores negócios do país.
Aliás
o que está a dar são os cães e os gatos!
Os
mais velhos passaram a ser preteridos em massa pelos mais novos, na procura de
emprego; os líderes partidários namoram as respectivas juventudes; já assisti a
chefes militares dirigirem-se a cadetes de um modo como se eles já fossem
aquilo que ainda aspiram a ser.
Os
gabinetes dos ministérios estão cheios de “jovens” para dar um aspecto de
modernidade, embora toda a gente saiba que é para dar um tacho aos filhos dos
amigos ou a familiares.
Quase
todo o "marketing" apresenta, invariavelmente, jovens bem - parecidos
e com aspecto de sobredotados para passarem a sua propaganda, como se tal fosse
a linha média da sociedade.
Ou
seja, a cultura efémera da forma!
O
discurso político apela (ou rasteja) aos jovens; “livra-os” do serviço militar
obrigatório ou de qualquer serviço cívico; nivela por baixo, fomenta o
facilitismo (já nem se pode chumbar na escola), só fala em direitos e nunca em
deveres e só lhes falta prometer a vida eterna.
Já me esquecia, agora até já aos
dezasseis anos podem mudar de sexo sem autorização dos pais e já se fala em
baixar a idade da maioridade para aquele número…
Resultado,
chegam à idade adulta sem estarem minimamente preparados para a vida; viciados
em ociosidade (quando não em drogas); perdidos no espaço e no tempo; danadinhos
por emigrarem ou fazerem uma “volta ao mundo”, antes de “assentarem”, e cheios
de referências erradas que potenciam a frustração, o mau desempenho, etc..
Depois
queixam-se da demografia negativa…
É
evidente também, que houve aqui muita demissão dos avós (já nem falo dos pais),
mas “banhos quentes e camas fofas” nunca foram grandes conselheiros (a maleita
moral que levou à queda do Império Romano…).
Não
há, porém, boas nem más gerações.
Elas
são todas idênticas, pois a natureza humana não muda (ou muda muito devagarinho
– assim como as alterações climáticas).
Mas
as referências, essas mudam constantemente.
E
passou a haver a cultura da pressa, derivado em grande parte da compressão do
conceito do espaço/tempo e do desenvolvimento exponencial da tecnologia.
Em
suma, a análise de tudo isto daria vários tratados de muitas páginas, desde que
expurgados das diferentes dislexias mentais que por aí abundam.
As
coisas que são verdadeiramente importantes estão “inventadas” há muito tempo e
não mudam por aí além.
Deste
modo a juventude, tem de ser preparada para a vida, de preferência dentro das
suas aptidões (a verdade da diferença contra a mentira da igualdade); segundo
as leis naturais; darem tempo ao tempo, sem embargo da troca de ideias; no
exercício do respeito mútuo e da hierarquia; no sentido em que a comunidade
deve ter um valor mais elevado que o individuo; com referências morais e éticas
elevadas e não no relativismo das mesmas; que se pode e deve chegar à ideia de
Deus, através da Fé e da Razão; na ideia da transcendência espiritual da vida e
não no materialismo da mesma e que os Direitos devem derivar dos Deveres
cumpridos e não estão garantidos à partida.
A
Liberdade não existe nem se desfruta na medida em que é decretada, mas na
tradução do que é possível.
É
um valor, em si, absoluto, mas a sua aplicação é relativa…
Poderia
continuar, mas creio já ter ilustrado o ponto.
É
neste contexto que apareceu o fenómeno da jovem Greta. O fenómeno é explicável
mas inadmissível.
A
moçoila, que não passa de uma fedelha mimada, doente, explorada, aparentemente
manipulada, infeliz e zangada, vocifera e invectiva tudo e todos. Com muitos
apoios por detrás.
Parte
dos filhos d’algo deste mundo (ocidental), acompanhados pela histeria de grande
parte dos “OCS”, de que somos servidos, genuflectem perante toda esta aberração.
O
nosso PR, por uma vez (vá-se lá saber como), resistiu à vertigem de que anda
constantemente possuído e não foi falar com a pequena, vítima de escravatura
infantil (ou será o quê?).
Nada
para admirar, é apenas o último exemplo de terem posto a sociedade (e as leis
naturais) às avessas.
Quanto
às propaladas alterações climáticas e ao alarido à sua volta, merecem uma análise
mais profunda.
A
coisa está longe de ser pacífica. E o que parece, às vezes, não é.
João
José Brandão Ferreira
Oficial
Piloto Aviador (Ref.)
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