A
DESGRAÇA E A VERGONHA IMORAL DAS “SALAS DE CHUTO”!
31/03/18
“Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem”
Jesus Cristo (Lucas, 23:34)
Jesus Cristo (Lucas, 23:34)
Foi anunciado esta
semana – a Semana Santa – (curiosa coincidência), que o malfadado executivo da
Camara de Lisboa, vai inaugurar “salas de chuto assistido”, onde os pobres de
espírito herdeiros de um “roussionismo” serôdio possam, higienicamente,
darem-se às suas práticas nojentas e suicidárias.[1]
Recuso-me a
colaborar e a ficar calado, com mais esta decisão subversiva, negregada e
criminosa para a sociedade onde me insiro.
Mais uma, das
muitas postas em prática por uma cáfila de “engenheiros sociais”, que se
entretêm, faz décadas, a desmontar os valores ancestrais em que a vida em
sociedade e o progresso social sempre se apoiaram.
O que tem tido
especial incidência nos países e povos de matriz cristã.
Tudo isto está
profundamente errado.
Mas agora e à
cabeça, criou-se uma situação de contradição insanável, que passo a descrever.
A diarreia
legislativa, maioritariamente fraca de qualidade, que os governos e parlamentos
portugueses derramam há décadas, sobre os anestesiados e baralhados
contribuintes, aprovaram uma lei que continua a criminalizar o tráfico de
drogas (enfim, de um modo brando), ao mesmo tempo que despenalizaram o
consumidor, o qual só passará a ser considerado traficante se for encontrado
com uma determinada quantidade do produto tóxico, tido como superior ao
necessário para a sua dose diária, ou seja, passível de ser vendido.
Ora sendo o
tráfico um crime como é que se pode abastecer os viciados, os quais, lembramos,
podem consumir à vontade sem receio de serem punidos?
Lei perversa pois
obriga o consumidor a cometer um crime que é o de ir comprar a droga…
Ou será isto
apenas, como parece, apenas um passo intermédio para a legalização do tráfico,
ou seja para a droga ser vendida sem rebuços, na “drogaria” da esquina, como
quase já acontece com a “canábis”, com o disfarce da utilização medicinal?
Outra contradição
insanável é ver como, de há anos a esta parte, forças políticas, jornalistas e
comentadores (e notem a quase unanimidade do que vem a público e do que é
calado), passaram a desancar nos fumadores e nos que bebem álcool (porque não
nos viciados no jogo?), com uma sanha nunca vista, e se mostram tão benevolentes
para com a cáfila de drogados que por aí abunda, a ponto de se ter acabado com
a censura social associada a tão degradante espectáculo?
E porque é que não
há regras estritas para impedir que drogados possam ter acesso a um conjunto de
profissões e funções, pois representam um perigo público no seu exercício?
Com a agravante de
toda a gente saber que as consequências do vício da droga ser muito mais grave
e prejudicial do que o consumo do tabaco e do álcool!
Vivemos pois, uma
enorme mentira misturada com ilusionismo social, cujo cúmulo é a existência de
tráfico de droga dentro dos estabelecimentos prisionais!
Ao “bem pensantes”
ficam ainda com pele de galinha quando se invectivam estes desgraçados (alguns
dos quais bem postos na vida), com adjectivos que lhes assentam bem.
Preferem dizer que
são doentes e precisam ser tratados…
Concedo que sejam
doentes, mas por serem tarados, não por serem drogados. Pois que se há - de
dizer de pessoas que induziram ou infligiram doenças neles próprios, ao caírem
no logro do vício e da dependência?
Tudo isto numa
sociedade que coloca a “Liberdade individual” em tão altos píncaros. Ora um
viciado deixa de ser uma pessoa livre…
Não foram eles que
se desrespeitaram a si próprios e atraíram o opróbrio sobre si mesmos?
Ora todo este
estado de coisas tem tido a nefasta conivência de muitos políticos (alguns
deles antigos experimentadores ou viciados), por acção ou omissão; das
televisões e de Hollywood - onde deve existir a maior concentração de viciados
do mundo inteiro, por metro quadrado – por exporem às escâncaras as misérias
humanas; ensinarem a fazer; ignorarem a pedagogia e não terem uma palavra de
condenação.
As famílias estão
meio destruídas (e “pour cause”) e a escola virou uma desordem institucional,
só para ficarmos por aqui.
Neste âmbito como
noutros, a tão badalada Declaração Universal dos Direitos do Homem é vã e de
nada vale (é até contraproducente) sem a Carta dos Deveres dos mesmos…[2]
*****
O que se passa,
nomeadamente com esta estúpida decisão é ainda um péssimo exemplo social, já
que configura a vitória do vício perante a virtude; o pactuar com práticas
erradas e nefastas; a emissão de sinais errados para os cidadãos, nomeadamente
os jovens; a aceitação de que o crime e o erro compensam; o incentivo a
práticas ilegais; a desresponsabilização militante; a conformação com a
desmoralização, etc..
Um etc. longo e
penoso. Mas parece que se perdeu a vergonha na cara!
Veja-se o ponto
onde chegámos: as excursões de finalistas dos liceus na época pascal (coincide
novamente com a Páscoa…), passaram a ser paradas e revistadas pelas Forças de
Segurança, que procuram droga, objectos contundentes e artefactos pirotécnicos
(e seguramente não se eximem a recomendar anticontraceptivos…), e os hotéis
começaram a não os aceitar, pois as férias transformaram-se em orgias onde vale
tudo, face á libertinagem e desregramento em que se passou a viver! É que o que
recebem não dá para cobrir os danos nas instalações…
Já não bastava
assistirmos à pouca vergonha das claques dos grandes clubes de futebol
“marcharem” para os estádios escoltados por esquadrões de polícias armados até
aos dentes!
E eu como cidadão
tenho que me sujeitar a aturar e a pagar tudo isto?
Sim, porque “tudo
isto” e agora voltamos às salas de chuto (que nome escabroso), é pago pelo
justo contribuinte, não pelo pecador o que, já agora, configura uma injustiça.
Ou não será assim?
Há muito que a
podridão convive connosco e nós deixamos. Há décadas que na baixa de Lisboa e
Porto, há mais vendedores de droga do que carteiristas, os quais não têm
qualquer
pejo em oferecer o produto ao passante. Agora a prática
recrudesceu com o aumento do turismo, o qual também já está a passar os limites
do bom senso.
Onde andará a
polícia? Presume-se que a tentar multiplicar o número de associações e
sindicatos, para poderem reivindicar e usufruir dos respectivos direitos…
Mas porque não
farão tal (o que a própria lei incentiva) se, quando pretendem actuar vêm a sua
acção, o mais das vezes, solapada por políticos, “observatórios”, associações
para a defesa de tudo e mais alguma coisa e, até, de Procuradores e
Magistrados?
Que mau aspecto de
país em que Portugal se transformou!
E sabendo-se os
negócios ilícitos que o tráfico de droga alimenta; a desgraça e o sofrimento
que leva às famílias; o incentivo ao roubo e à agressão que o consumo potencia
– para já não falar na degradação humana que acarreta – como se pode admitir
que os poderes públicos fechem os olhos perante todo este cenário infernal e
não combatam com todas as suas forças, todas as situações e aqueles que nelas
estão envolvidos?
E como entender
que a maioria da população e das instituições nacionais, empresas, etc., sejam
tão tolerantes a este descalabro que nos devia levar a pintar a cara de preto?
Já não há pachorra
para o maldito do política e socialmente tido como correcto e para as ideias
degeneradas de adiantados mentais armados em “práfrentex”, que se gostam de
assumir como esquerdalhos, mas que apenas são poias em formas poliédricas de
caca!
Só há uma maneira
de combater o tráfico, é à moda de Singapura. Para grandes males, grandes
remédios.
E quanto aos consumidores
o que é necessário fazer é substituir as salas de chuto (que nome escabroso) -
não por clinicas de desintoxicação a preços caros (o que configura mais um
negócio…) – por “colónias de férias assistidas”, onde os “utentes” fossem
perdendo o vício paulatinamente “assistidos”: acampavam em tendas; tinham
alvorada pelas 0600 e ida para a caminha às 1000; faziam desporto obrigatório;
tratavam dos animais e das plantas com que se alimentariam; cuidavam das
latrinas e tomavam duche diário frio.
Quando saíssem
teriam de prestar trabalho cívico (duro) durante um ano (ou mais tendo em vista
o tempo de recuperação) e assinavam um documento com aviso sério quanto a
futura pena por reincidência.
E iam para o Céu,
pois o Senhor lhes perdoaria.
O Mal tem de ser
chamado de Mal, e o Bem de Bem! Eis tudo.
Calculo que em
dois anos o problema estaria resolvido e até o nosso querido e bem comportado
Secretário – Geral da ONU acharia uma iniciativa “interessante” para a paz no
planeta e nosso não menos querido PR ficaria satisfeito só de pensar na
quantidade de “selfies” que poderia tirar com cada um dos recuperados.
Quem quer apostar?
João
José Brandão Ferreira
Oficial
Piloto Aviador
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