sábado, 21 de janeiro de 2017

AS PORTAS DOS CASTELOS ESTÃO ABERTAS OU FECHADAS



AS PORTAS DOS CASTELOS ESTÃO ABERTAS OU FECHADAS?
19/1/17
                                                          “Deus escreve direito por linhas"
                                                            Adágio popular
                No funeral de Estado, inusitadamente bem organizado, do cidadão Mário Soares, ex-PR - com honras normalmente destinadas a quem morre em funções – ocorreu uma situação assaz peculiar (chamemos-lhe assim, pois é difícil de definir).
                A Bandeira Nacional que cobria a urna (aqui na sua função de caixão e não na de recolha de votos) quando esta ia a caminho dos Jerónimos, tinha um desenho que não correspondia à versão oficial.
                Ou seja, os sete castelos apresentavam-se com a porta aberta, em vez da mesma estar cerrada. 


                Ora esta diferença não é despiciente, já que a porta aberta num castelo, tem o significado simbólico de “traição”. A de alguém que abriu as portas do interior, traindo quem o castelo protegia, abrindo as portas aos invasores.
E é bom não esquecer que os castelos na bandeira são “os símbolos mais enérgicos da integridade e independência nacional”…
                Não há dúvida que nesta mal-afamada Terceira República, acontecem coisas curiosas; estão lembrados do também ex-PR, Cavaco Silva a hastear a Bandeira Nacional, ao contrário (certamente por distração de quem a colocou…) nos Paços do Concelho, no feriado da infausta data do 5 de Outubro? Nesse caso o significado é o da rendição…[1]
                Todo este episódio pode resultar apenas de uma incompetência qualquer, mas mesmo assim resta saber quem terá mandado fazer ou adquirido, a bandeira, e como é que uma fábrica faz uma bandeira nacional, cuja configuração é mais do que conhecida e regulamentada, do modo como o fez.[2]
                Ou, pode também dar-se o caso, da bandeira ter sido mandada fazer de propósito e um plano algo maquiavélico ter sido urdido para que as coisas corressem como correram.
                Resta agora perceber como é que todas as pessoas e entidades intervenientes, não deram por nada e quem, finalmente, descobriu e como. (A bandeira errada foi aparentemente trocada na 3ª,dia 10).
                Não deixa de ser curioso notar que o agora desaparecido repousou em último lugar no Mosteiro dos Jerónimos que é o repositório de todas as nossas glórias ligadas às descobertas e que tornaram a História de Portugal um marco indelével e inapagável da História Universal.
               Tendo sido o próprio Mário Soares que aí fez assinar o tratado de adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia que, de facto, abriu as “portas do castelo” à invasão estrangeira e ao início do desaparecimento de Portugal como Nação Independente.
                Do mesmo modo que já tinha ajudado enormemente a colocar um ponto final no Portugal Ultramarino e à abertura das suas portas a tudo o que era lixo marxista e internacionalista.
              Similarmente à assinatura do Tratado de Lisboa, também ocorrido no Mosteiro de Santa Maria de Belém, no dia 13 de Dezembro de 2007, último acto (até ver) desta tragédia onde estamos metidos. Desta feita, sob os auspícios de um PM ufano do tiro que deu nos pés de nós todos. Estão, aliás bem um para o outro, como se constatou depois de Sócrates ter passado de PM a número 44. Não fosse um ser fixe e o outro porreiro. Pá. 


                Do mesmo modo, ainda, que nas alfurjas da Câmara da Capital, já se “conspirou” para destruir os jardins que perpetuavam em arranjos florais, os símbolos das parcelas do Portugal de Além-Mar.
                Tudo isto teria sido evitado, todavia, se não tivessem coberto o féretro com a Bandeira das Quinas - a que de facto, o defunto não deveria ter direito - e colocado, por exemplo, a bandeira do PS, ou do Grande Oriente Lusitano (o PCP, seguramente não lhe emprestaria a sua).
                Porém, o Altíssimo, sempre vai escrevendo a eito, por tortuosas linhas.
                Mesmo que, o agora ido, nisso dizer não acreditar.
              Parece ter sido, aliás, a única coisa em que foi coerente até ao fim da vida.            


                                                                 João José Brandão Ferreira
                                                                      Oficial Piloto Aviador


[1] Também é conhecida a maneira recorrente com que a Bandeira Nacional é exposta, erradamente, em edifícios públicos e cerimónias oficiais. Para já não falar nas tristes figuras de populares que a utilizam como se fosse um “trapo” decorativo, nas jornadas futebolísticas…
[2] Para já não falar do que aconteceu na sede do Conselho Europeu, em 2013, em Bruxelas, onde se teve de substituir a bandeira (antes da conferência de lideres) pois a mesma em vez de castelos tinha pagodes (chineses!...).

1 comentário:

Anónimo disse...

Sr. Tenente Coronel Brandão Ferreira

Como sempre, excelente este seu texto.

Efectivamente, há muitos anos que a Bandeira Nacional tem sido vilipendiada em acontecimentos públicos, perante a passividade das Autoridades.

Presumo que o hábito de alguns povos usarem a bandeira nacional em qualquer sítio e lugar, deve ser o desejo de imitar os norte-americanos que trazem a deles em todo o lado, mesmo nas peças de roupa íntima...

O Brasil, por influência dos norte-americanos, julgo eu, imita-os e, não há chinelo de praia de fabrico brasileiro que não traga impresso algures, o símbolo da "Ordem e Progresso".

Os resultados... esses estão bem à vista e parecem condizer, no que respeita à "Ordem e Progresso", com o nível do dito chinelo!

Em 2004 o famoso "Filipão", resolveu transplantar para Portugal esse hábito peculiar aos norte-americanos, sugerindo-o aos Portugueses.

E os portugueses, vá de obedecerem massivamente à sugestão do "Mister" porque, "o que vem de fora é que é bom!...".

Por essa altura, a imagem que se contém no endereço que em baixo segue, e outras da mesma pessoa no mesmo aparato mas com maior destaque, apareceram nas capas de diversos Jornais e Revistas portuguesas:

https://sol.sapo.pt/artigo/408164/maria-jose-ritta-operada-de-urg-ncia

Não me recordo de ouvir ou ver qualquer reacção ao caso mas, pessoalmente, achei a moda de muito mau gosto, sobretudo por se tratar da pessoa em causa e pelo lugar que então ocupava.

Aprendi que "Com assuntos sérios não se brinca" e nem sei se, actualmente, as Escolas portuguesas consideram e ensinam que a Bandeira Nacional é um assunto sério e de respeito.

Mas..."Com respeito ao respeito..."

Com os meus melhores cumprimentos

Manuel A.