Tive a honra de ser colega do Intendente H Sena nos cadeirais do então ISEU, hoje ISCSP.
A bandeira portuguesa, esfarrapada, dos heróis de Mucaba foi oferecida pelo Intendente Sena ao então Ministro do Ultramar Professor Adriano Moreira e, por este, oferecida depois ao próprio Instituto, onde está preservada (pelo menos, estava-o há poucos anos)
Muito obrigado por este texto muito elucidativo e detalhado.
Tenho nos meus "arquivos" um pequeno texto que recolhi, não sei onde, e que não posso confirmar a sua veracidade mas, a ser verdade é bem elucidativo do pensamento americano, duas décadas antes dos "Acontecimentos de Luanda".
Passo a transcrever:
– “Em 1941, Franklim Delano Roosevelt endereçou uma carta ao Kremlin (carta que o Le Figaro publicou em 7/2/51) onde, a dado passo, afirmava: «… quanto à África, será preciso dar à Espanha e a Portugal compensações pela renúncia dos seus territórios ultramarinos, para um melhor equilíbrio mundial. Os Estados Unidos instalar-se-ão aí por direito de conquista e reclamarão inevitavelmente alguns pontos vitais para a zona de tutela americana. Será mais do que justo. Queira transmitir a Estaline, meu caro senhor Zabrusky, que, para o bem geral e para o aniquilamento de Reich, lhe cederemos as colónia africanas se ele refrear a sua propaganda na América e cessar a interferência nos meios liberais.»”
Em Adenda ao meu comentário, venho informar a origem do texto que transcrevi para esta Caixa de Comentários o qual teve a amabilidade de publicar, o que agradeço.
Trata-se de um texto publicado no blogue: Moçambique para todos.
Está inserido num artigo intitulado: "A outra face do 25 de Abril", datada de 13/4/2010
O 25 de Abril antecipou, de alguns anos, a vinda da democracia portuguesa, mas tem de ser condenado:
1- Pela anarquia destrutiva que manteve durante vários anos, provocando o aparecimento de organizações criminosas militares como as famigeradas FP-25 (que cometeram roubos à mão armada, atentados, assassínios), pelo desastrado Gonçalvismo, as ondas de nacionalização de Bancos, expropriações de empresas particulares e multinacionais, ocupações de herdades e casas, assaltos e roubos de bens privados, prisões injustas de empresários e «reaccionários», nacionalização e uso abusivo e ditatorial dos meios de comunicação, por exemplo pelo terrorismo do MDLP e da FLAMA (Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira, fundada em 1975 e extinta em 1979, e seguindo o lema, segundo o pronunciou Alberto João Jardim, de que "O terrorismo de Estado totalitário combate-se com o terrorismo democrático. O país está nas mãos de uma ditadura totalitária, a do Partido Comunista"), etc.
2- Porque, durante o PREC, e parafraseando Spínola « ... sob a bandeira de uma falsa liberdade, estão preparando novas formas de escravidão», referindo-se às manobras sub-reptícias das forças da esquerda tentando tomar o poder. 3- Porque, por altura da tomada de posse do 1º Governo Constitucional o país estava de rastos, com «...ânimos exaltados, desemprego crescente, estagnação económica com a indústria e a agricultura moribundas, inflação descontrolada, debandada dos quadros e dos capitais, aumento desordenado das despesas públicas, colocação das clientelas, recurso constante ao crédito externo ...» 4- Pela ênfase exagerada dado ao direito à liberdade individual que, esticada ao máximo, levou à rotura do bom senso e à prostituição de valores aceitáveis de ética e civismo; pelo excesso de liberdade, irresponsável, dada às crianças que adquiriram direitos e regalias de adultos sem contrapartida de deveres; pela perda de autoridade dos professores e das escolas; pela ideia que os salários podem subir sem que sejam compensados por um aumento de produtividade, etc. 5- Pela catástrofe de Timor e pela apressada independência dada às colónias, de uma maneira não transparente, sem consultar as respectivas populações, com o resultado que se viu: Instabilidade política, fome, regresso às doenças, guerra civil, e um nacionalismo desnecessariamente exacerbado, que só aos governantes beneficiou, e lançou esses novos estados numa situação antidemocrática e de pobreza como nunca tinham conhecido sob o domínio «fascista» português.----mais aqui http://joaogil.planetaclix.pt/k2.htm
Tanto heroísmo, tanto sacrifício, ... para que, pela traição de alguns, tudo desaparecer deixando um rasto de lágrimas, destruição, mortandade de milhões. Vingança é dos fracos, Justiça é dos fortes! Onde estão as fortes gentes? Será que os maus, pela demissão dos bons, triunfarão sempre? Será o verbo a arma suficiente, mesmo com a elevação da verdade? Que significa "Res Non Verba" meu Ten,Coronel? David S. Pinto
5 comentários:
Senhor Tenente Coronel
Tive a honra de ser colega do Intendente H Sena nos cadeirais do então ISEU, hoje ISCSP.
A bandeira portuguesa, esfarrapada, dos heróis de Mucaba foi oferecida pelo Intendente Sena ao então Ministro do Ultramar Professor Adriano Moreira e, por este, oferecida depois ao próprio Instituto, onde está preservada (pelo menos, estava-o há poucos anos)
J Neto
Sr. Tenente Coronel Brandão Ferreira
Muito obrigado por este texto muito elucidativo e detalhado.
Tenho nos meus "arquivos" um pequeno texto que recolhi, não sei onde, e que não posso confirmar a sua veracidade mas, a ser verdade é bem elucidativo do pensamento americano, duas décadas antes dos "Acontecimentos de Luanda".
Passo a transcrever:
– “Em 1941, Franklim Delano Roosevelt endereçou uma carta ao Kremlin (carta que o Le Figaro publicou em 7/2/51) onde, a dado passo, afirmava: «… quanto à África, será preciso dar à Espanha e a Portugal compensações pela renúncia dos seus territórios ultramarinos, para um melhor equilíbrio mundial.
Os Estados Unidos instalar-se-ão aí por direito de conquista e reclamarão inevitavelmente alguns pontos vitais para a zona de tutela americana. Será mais do que justo. Queira transmitir a Estaline, meu caro senhor Zabrusky, que, para o bem geral e para o aniquilamento de Reich, lhe cederemos as colónia africanas se ele refrear a sua propaganda na América e cessar a interferência nos meios liberais.»”
Com os meus cumprimentos
Manuel A.
Sr. Tenente Coronel Brandão Ferreira
Em Adenda ao meu comentário, venho informar a origem do texto que transcrevi para esta Caixa de Comentários o qual teve a amabilidade de publicar, o que agradeço.
Trata-se de um texto publicado no blogue: Moçambique para todos.
Está inserido num artigo intitulado: "A outra face do 25 de Abril", datada de 13/4/2010
Com os meus cumprimentos
Manuel A.
O 25 de Abril antecipou, de alguns anos, a vinda da democracia portuguesa, mas tem de ser condenado:
1- Pela anarquia destrutiva que manteve durante vários anos, provocando o aparecimento de organizações criminosas militares como as famigeradas FP-25 (que cometeram roubos à mão armada, atentados, assassínios), pelo desastrado Gonçalvismo, as ondas de nacionalização de Bancos, expropriações de empresas particulares e multinacionais, ocupações de herdades e casas, assaltos e roubos de bens privados, prisões injustas de empresários e «reaccionários», nacionalização e uso abusivo e ditatorial dos meios de comunicação, por exemplo pelo terrorismo do MDLP e da FLAMA (Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira, fundada em 1975 e extinta em 1979, e seguindo o lema, segundo o pronunciou Alberto João Jardim, de que "O terrorismo de Estado totalitário combate-se com o terrorismo democrático. O país está nas mãos de uma ditadura totalitária, a do Partido Comunista"), etc.
2- Porque, durante o PREC, e parafraseando Spínola « ... sob a bandeira de uma falsa liberdade, estão preparando novas formas de escravidão», referindo-se às manobras sub-reptícias das forças da esquerda tentando tomar o poder.
3- Porque, por altura da tomada de posse do 1º Governo Constitucional o país estava de rastos, com «...ânimos exaltados, desemprego crescente, estagnação económica com a indústria e a agricultura moribundas, inflação descontrolada, debandada dos quadros e dos capitais, aumento desordenado das despesas públicas, colocação das clientelas, recurso constante ao crédito externo ...»
4- Pela ênfase exagerada dado ao direito à liberdade individual que, esticada ao máximo, levou à rotura do bom senso e à prostituição de valores aceitáveis de ética e civismo; pelo excesso de liberdade, irresponsável, dada às crianças que adquiriram direitos e regalias de adultos sem contrapartida de deveres; pela perda de autoridade dos professores e das escolas; pela ideia que os salários podem subir sem que sejam compensados por um aumento de produtividade, etc.
5- Pela catástrofe de Timor e pela apressada independência dada às colónias, de uma maneira não transparente, sem consultar as respectivas populações, com o resultado que se viu: Instabilidade política, fome, regresso às doenças, guerra civil, e um nacionalismo desnecessariamente exacerbado, que só aos governantes beneficiou, e lançou esses novos estados numa situação antidemocrática e de pobreza como nunca tinham conhecido sob o domínio «fascista» português.----mais aqui http://joaogil.planetaclix.pt/k2.htm
Tanto heroísmo, tanto sacrifício, ... para que, pela traição de alguns, tudo desaparecer deixando um rasto de lágrimas, destruição, mortandade de milhões.
Vingança é dos fracos, Justiça é dos fortes! Onde estão as fortes gentes? Será que os maus, pela demissão dos bons, triunfarão sempre? Será o verbo a arma suficiente, mesmo com a elevação da verdade? Que significa "Res Non Verba" meu Ten,Coronel?
David S. Pinto
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