segunda-feira, 15 de abril de 2019

Igreja católica

Igreja católica
 VOCÊ SABIA DISSO SOBRE A IGREJA CATÓLICA?   

Muitas pessoas não sabem que a Igreja Católica é a maior Instituição Caritativa do planeta.
Se a Igreja Católica saísse da África, 60% das escolas e hospitais seriam fechados.
Quando a epidemia de AIDS estourou nos EUA e as autoridades não sabiam o que fazer, as freiras da Igreja foram convidadas a cuidar dos doentes, porque ninguém mais queria fazê-lo.

No Brasil, até 1950, quando não existia nenhuma política de saúde pública, eram as casas de caridade da Igreja que cuidavam das pessoas que não tinham condições de pagar um hospital.

A Igreja Católica mantém na Ásia:
1.076 hospitais;
3.400 dispensários;
330 leprosários;
1.685 asilos;
3.900 orfanatos;
2.960 jardins de infância.

Na África:
964 hospitais;
5.000 dispensários;
260 leprosários;
650 asilos;
800 orfanatos;
2.000 jardins de infância.

Na América:
1.900 hospitais;
5.400 dispensários;
50 leprosários;
3.700 asilos;
2500 orfanatos;
4.200 jardins de infância

Na Oceania:
170 hospitais;
180 dispensários;
1 leprosário;
360 asilos;C
60 orfanatos;
90 jardins de infância

Na Europa:
1.230 hospitais;
2.450 dispensários;
4 Leprosários;
7.970 asilos;
2.370 jardins de infância

Independente de religião, é preciso reconhecer que a IGREJA CATÓLICA, julgada por não fazer nada, vive em ajudar o próximo. Sabe por que é julgada? Não se faz propaganda, pq não é um valor católico divulgar a caridade. Só sabe quem faz parte, quem é Igreja.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

AS MENTIRAS DE ESTADO E DO ESTADO – PARTE II[1]


AS MENTIRAS DE ESTADO E DO ESTADO – PARTE II[1]
01/04/19
“Um tolo está sempre pronto a alvoroçar-se perante qualquer teoria ou discurso”.
                           Hieráclito[2]

            E aqui chegamos às tais mentiras do Estado do actual regime.
            E a primeira é logo a da diabolização do regime anterior, conhecido por “Estado Novo”. E, para isso, basicamente o que dizem dele e dos seus principais próceres, nomeadamente do Professor Salazar é, basicamente, tudo mentira tanto na substância, como na forma e nas intenções.
            Depois vem a sacrossanta “guerra colonial”, que nunca existiu, e de que dizem o que Maomé não se atreveu a dizer do toucinho, como se usa dizer.
            Também nisto não têm pingo de razão, pois tratou-se uma guerra justa, nacional, patriota, de direito, defensora dos interesses portugueses, de legítima defesa e apenas um continuado prolongamento da nossa atribulada História.
            Guerra (de guerrilha) em que não tínhamos, desde a Guerra da Restauração, tão bom desempenho e com muito menos sacrifícios.
            Ora estas mentiras inquinaram tudo e passaram a influenciar tudo, sobretudo porque condicionaram psicologicamente uma grande parte da população.
            A partir daqui nasceram mentiras menores que vão desde o que inventaram sobre a figura do Cônsul Aristides Sousa Mendes, ao afirmarem, com ar sério, que estamos perante a geração mais bem preparada de sempre!
            O que se tem aduzido sobre a figura do cônsul – que não tem culpa nenhuma do que fizeram dele na actualidade – visou sobretudo interesses sionistas e atacar a figura do fundador do Estado Novo, o que deu origem a um chorrilho de disparates e mentiras a que todos os órgãos de soberania deram o seu aval – a que tinham resistido – aparentemente até duas visitas a Lisboa de um congressista luso-americano, de seu nome Tony Coelho.
            A mentira da propagandeada geração mais bem preparada é uma falácia de inacreditável desvergonha baseada, ao que se supõe, no facto de nunca ter havido tanto diploma distribuído.
            Só que distribuir diplomas não é sinal que os “alunos” estejam bem preparados, pois a falência generalizada do ensino em Portugal é possivelmente o maior “calcanhar de Aquiles” do País, lançando na sociedade todos os anos, dezenas de milhares de “cidadãos” muito mal preparados para a vida em todos os âmbitos (intelectual, cultural, físico, cívico, moral, etc., o que tem sido extraordinariamente agravado pela crise em queda livre da família tradicional; do fim do Serviço Militar Obrigatório e a doentia dependência tecnológica (como os telemóveis, videojogos, internet, etc.).
            Como pano de fundo temos a mentira do “Relativismo Moral”, que é o pior de todos os cancros; é transversal a tudo e impede qualquer matriz referencial que possa orientar e dar coerência, seja a que actividade humana for.
            Ilustremos algumas outras mentiras “de Estado e do Estado”:
            - Mário Soares é o pai da Democracia; mentira, o pai do regime democrático, como ele é descrito maioritariamente, foi o bacharel Manuel Fernandes Tomás, principal responsável pela implantação do Liberalismo em Portugal, em 1822;[3]
            - O PCP é patriota; perdão? Como é que se pode considerar “patriota”, um partido que desde a sua fundação esteve sempre obediente a uma potência estrangeira, através do seu partido totalitário, chamado Partido Comunista da União Soviética?
            - A Democracia é o menos mau dos Sistemas Políticos; mentira é o “pior” dos regimes políticos, pois é aquele que entra no âmbito psicológico e melhor engana o cidadão votante, pois fá-lo acreditar que pode “influenciar” alguma coisa;
            - O Golpe de Estado do 25 de Abril foi feito para restaurar a Democracia e a Liberdade em Portugal; mentira, foi feito por causa do Decreto-Lei 353/73 de Julho desse ano, que interferia na normal promoção dos oficiais do Quadro Permanente das Forças Armadas e por um desentendimento que o então General Spínola teve com o Professor Marcello Caetano;
            - Os Partidos Políticos são indispensáveis à Democracia; mentira, os Partidos Políticos são, por norma, os coveiros da Democracia (pelo menos entre nós); e já houve quatro tentativas fracassadas, que colocaram Portugal de pantanas!
            - Os encontros semestrais entre os governos de Portugal e Espanha foram, até há bem pouco tempo, chamadas cimeiras ibéricas; pois foram, mas é mentira, foram sempre luso - espanholas, pois não se deve confundir uma realidade geográfica com duas realidades políticas, coisa que o Estado Português levou mais de 30 anos a perceber;
            - Cristóvão Cólon era genovês e trabalhou para os Reis Católicos; é mentira, já se consegue provar que o Cristóvão Cólon não é o Colombo italiano e não há a certeza para quem ele “trabalhava”;
            - Não se reconhece juridicamente Olivença como fazendo parte de Espanha, é certo, mas nada se faz para a sua retrocessão para a sua Pátria – tão pouco se fala no assunto;
            - Os pais da agora União Europeia são o Jean Monet, De Gaspari, Robert Schuman, Konrad Adenaur, Paul-Henri Spaak, Johan Beyen, Joseph Bech e outros, como Winston Churchill (desde que a Grã-Bretanha não pertencesse…) e todos os “clássicos” com que nos enchem os ouvidos; é mentira, os pais da UE, são o “estranhíssimo” (e vou ficar por aqui) político Conde Richard Coundenhove - Kalergi e o seu Movimento Pan-Europeu;[4]
            - O “Poder Local” é uma das conquistas de Abril e um sucesso do regime; é mentira, o Poder Local é um feudo dos Partidos; uma extensa rede de nepotismos; um desregramento de gastos; um poço de dívidas; o reino das taxas e taxinhas; da especulação imobiliária; do envelope por baixo da mesa; da pouca-vergonha do IMI; do “complexo de quinta”; do deslumbramento das “rotundas”, etc.;
            - O Serviço Nacional de Saúde (SNS), esse sim, podemos orgulhar-nos! Mentira, o SNS tem pessoal dedicado; organização razoável e um serviço assistencial que não deslustra, mas o seu custo é incomportável e incompatível, com a nossa economia e poupança; o desregramento financeiro era pavoroso; o negócio com as obras hospitalares (como o das escolas) merecia “mil” investigações da PGR; o número de “meios materiais” que “desaparecem” ao longo da cadeia que vai da mulher-a-dias ao topo da hierarquia está longe de ser despiciendo; acrescenta-se o descontrolo relativo a medicamentos e acções complementares de diagnóstico e o duplo ou triplo emprego, etc..
            Quando o Governo recentemente começou a cortar verbas; acabou com a escandalosa abundância de horas extraordinárias e caiu na asneira de reduzir as horas de trabalho semanais para 35, o sistema começou de imediato a entrar em colapso;
            - O PR, o Governo, o Parlamento, passam a vida a elogiar as Forças Armadas e a dizer que está tudo bem, enfim, “há falta de meios, mas o país não pode pagar mais, mas as missões não estão afectadas”, etc. É mentira; os conflitos institucionais estão sempre presentes; as palavras são de circunstância; a tropa está de rastos e tem falta de tudo, há décadas. Não há, aliás, instituição/empresa/sector, em todo o País, que tenha sido mais mal tratado. Está tudo preso por fios como o triste caso de Tancos, finalmente evidenciou, com estrondo. Até agora ninguém retirou ilações do caso, que está longe de estar resolvido. Esta componente fundamental da Defesa Nacional é, pois, uma grandessíssima mentira e a Defesa, no seu todo, ainda é maior;
            - Andam sempre com a frase (tirada do contexto) do Pessoa de que a “minha Pátria é a língua portuguesa”, como expoente da importância que dão à língua e respectiva cultura; mentira, se assim fosse não se teria assinado o negregado “acordo ortográfico”, cedendo a interesses brasileiros, subalternizando-nos; não apoiam as comunidades portuguesas e outras que querem manter ligações culturais a Portugal e, pior que tudo, abarracaram o ensino do português aos próprios descendentes dos “que de luso ou lisa, filhos foram, parece, ou companheiros”!
            - A quebra catastrófica da natalidade e o facto de os casais não quererem ter filhos, é das fracas condições sociais e económicas; mentira, se assim fosse ninguém tinha filhos desde o Afonso Henriques! É justamente por as condições terem melhorado que o pessoal não quer ter descendentes, pois o seguro de vida antigamente, para a velhice, eram justamente os filhos. Mas não só, seguem-se muitas outras razões: em primeiro lugar aumento exponencial dos métodos contraceptivos, com destaque para a “pilula”; depois o feminismo, a homossexualidade e a propaganda do aborto; finalmente o materialismo, o hedonismo e outros “ismos”, bem como a “despromoção” da maternidade a uma coisa menor, etc.. Dá um livro;
            - Para combater o inverno demográfico temos de chamar e acolher imigrantes e migrantes; mentira, o que temos que fazer é justamente combater todas as causas da quebra da natalidade; evitar que os portugueses emigrem; combater as redes de tráfego humano; dignificar o trabalho; repor as escolas técnicas e deixar de querer que todos sejam “doutores”; combater o preconceito de que há boas e más profissões, mas sim bons e maus profissionais; deixar de pactuar com a subsídio - dependência e com a cáfila de aleijados morais que por aí abundam, etc.. E acabar de vez com a pouca vergonha que nos rebaixa, de andar a oferecer e a vender a nacionalidade portuguesa como não se contratam “serviços” num prostíbulo. Medidas que tardam;
            - Os fogos florestais são causados pelas mudanças climáticas, desordenamento florestal e falta de limpeza! Mentira, os fogos são causados por mãos humanas, quer por dolo ou por incúria!
            Chega, não direi mais.
            De tanta mentira, passámos a conviver com ela como se fosse uma coisa normal.
            A única coisa que ainda fazemos como comunidade e individualmente é, entre duas garfadas de comida e um copo (nisso a verdade existe…), refinarmos o cinismo e mantermos o sarcasmo nas piadas que sempre aparecem como cogumelos.
            É curto.
            Por tudo isto se pode concluir que a maioria dos agentes do Estado, a começar naqueles de categoria mais elevada, mentem e mentem extensivamente. E calar uma verdade também é mentir. Dizer uma coisa hoje, e o seu contrário amanhã; não cumprir as promessas eleitorais, não assumir responsabilidade sobre nada, também é mentir, além de demonstração de muito fraco carácter. A frase “o Estado tem de ser servido por pessoas sérias”, daria um bom “título”, mas até hoje nunca a vimos publicada em nenhum manifesto eleitoral…
            O que se passou e passa, com a situação da banca e das finanças nacionais é disso uma evidência bárbara e criminosa.
            De tanto se mentir cuido até, que já nem se dão conta de que o fazem, pois a vergonha, se alguma vez existiu, há muito se lhe perdeu o rasto.
            Para já não falar nos seguidores de Lenine, para quem uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade.
            No fundo para todos aqueles para quem os fins justificam os meios. E esses não ficam “alvoroçados” pois não são tolos.




                                      João José Brandão Ferreira
                                      Oficial Piloto-Aviador (Ref.)


           
           
           
           


           




[1] Nem a propósito do 45º aniversário do 25 de Abril…
[2] Éfeso 540-470 A. C. Filósofo pré-socrático, considerado o “pai da Dialética”. Recebeu a alcunha de “o Obscuro”.
[3] Figueira da Foz, 30/6/1771 – Lisboa, 19/11/1822.
[4] Tóquio, 16/11/1894 – Schruns, Áustria, 27/7/1972. Começou por ser Austro-Húngaro, depois Checoslovaco e finalmente Francês. Filho do Conde Henrich Von Condenhove-Kalergi e da aristocrata japonesa Mitsuko Aoyama.

AS MENTIRAS DE ESTADO E DO ESTADO – PARTE I[1]

AS MENTIRAS DE ESTADO E DO ESTADO – PARTE I[1]
01/04/19
“Um tolo está sempre pronto a alvoroçar-se perante qualquer teoria ou discurso”.
                           Hieráclito[2]

            Antigamente as “mentiras de Estado”, utilizavam-se principalmente para proteger o Estado como tal, no pressuposto que servia a Nação, de algo mais grave. Mais grave do que a própria mentira.
            Até porque mentir nunca é bonito.
            Tal acontecia muitas vezes em tempo de guerra, dado que a contra - informação é uma arma muito importante. Que o digam algumas estações de rádio que emitiam contra o Estado e a Nação Portuguesa durante as últimas campanhas ultramarinas portuguesas…
            O “Estado de Direito Democrático” – se é que existe alguma definição oficial – como é comum a classe política e a maioria da opinião publicada, referirem-se ao actual regime ou sistema político, em vigor na sociedade portuguesa (já nem refiro a Nação, pois foi termo escorraçado do vocabulário da língua portuguesa) presumo que tal seja entendido como um sistema em que supostamente os três “poderes” – executivo, judicial e legislativo – estão “separados”; existem eleições “livres” onde cada cidadão vota num candidato que supostamente o representa – tanto no Parlamento, na Presidência da República, nas Autarquias e nessa figura de estilo que toma o nome de “Regiões Autónomas”.
            Ou seja, um sistema em que a fonte legitimadora do Poder se encontra no voto popular (de toda a população). Tudo isto segundo a sacrossanta disposição de normas estatuídas num documento, que toma o pomposo título de “Constituição”. E como em Portugal se implantou ilegitimamente – já não falo de “ilegalmente”, pois todas as revoluções/golpes de estado são, por definição, ilegais – a tiro e à bomba, em 1910, após o assassinato a sangue - frio do Rei e do herdeiro da Coroa, em 1908, um regime a que chamaram República, a constituição chama-se, Constituição da República (CR).
            Não deixa porém, de ser curioso assinalar, que a única Constituição – isto é, um papel que substitui uma pessoa ou conjunto de pessoas, na cadeira do Poder – que foi aprovada por plebiscito nacional, foi a Constituição de 1933, o que torna – pelas razões atrás apontadas – o “Golpe de Estado” de 25 de Abril de 1974, além de ilegal, também ilegítimo.
            E tornou-se uma traição ao alienar 90% de território e 60% da população, do país que então éramos, sem consulta aos “interessados” e no meio de uma indescritível cobardia, desnorteamento e caos.
            Foi assim que nasceu e se implantou o actual Estado de Direito Democrático (EDD), que de Estado tem pouco, de Direito idem e de Democrático menos.
            Em síntese: a CR foi aprovada debaixo de sequestro, é antinatural, por conter ideias marxistas; antipatriota pelas mesmas razões e não só; baseada em “Direitos” em vez de “Deveres”; prolixa, dando para quase tudo o que resulta em quase nada; mal escrita, antinacional, (não fala uma única vez em “Nação” e apenas uma vez em “Pátria”, para alegar o dever e o direito de a defender, mas acabando com o Serviço Militar Obrigatório – Art.º 276); e antidemocrática por, entre outras coisas, obrigar à revisão republicana da CR e colocar a acção política exclusivamente nas alfurjas dos Partidos Políticos.
            Permite ainda a existência e interferência de organizações cuja acção é assumidamente discreta e, ou, secreta, tanto de âmbito nacional como internacional. Uma absoluta incongruência num EDD…
            A CR é, na prática também, uma mentira, pois todos os agentes políticos e órgãos de soberania, não cumprem objectiva e despudoradamente o principal ditame da mesma, que diz que Portugal é um país soberano e independente. Porquê? Pois porque alienam tal estatuto, constantemente e sob várias formas, sem nunca se ter feito um referendo para tal!
            Juro que não tenho culpa de quase ninguém reparar nisto. Ou se reparam, estão calados.
            O Estado é, pois, um espaço público teatral onde os filiados nos partidos políticos, e sindicatos afins, se mantêm numa espécie de guerra civil permanente e só serve para cobrar impostos. A Segurança e a Justiça não estão nas suas preocupações. E já há muito que desistiram sequer de imprimir moeda e levantar tropas.
            E da Autoridade foi feita tábua rasa! Estão apenas interessados – é o que a realidade nos prova – na Economia e nas Finanças na medida em que tal possa favorecer os seus interesses pessoais e ganhar votos – a fórmula que uma revolução sanguinária, debochada e naturalista, inventou para que os seus sequazes assumissem o Poder. Estou a falar da Revolução Francesa (antecedida pela Americana).        
            A seguir trocaram os Dez Mandamentos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos; o Teocentrismo pelo Androcentrismo e o Direito Natural pelo Direito Positivo.
            A coisa nunca mais parou, nem vai parar, porque a sua essência é diabólica (e uma revolução é como uma bicicleta: quando pára, tomba…).
            O Estado é democrático? Não é, é partidocrático. E os Partidos são estruturas ordinárias, sem escola, sem princípios, sem doutrina, sem gente capaz, pois ninguém os selecciona, forma, supervisa ou sanciona. Uma espécie de central distribuidora de tachos. E quando aparece alguém capaz é trucidado…
            Por isso os chamados “homens bons dos concelhos” fogem de se juntar a tal trupe.
            Partidos, onde um chefe do mesmo, acolitado ou não, pelos seus mais próximos, escolhe as listas de deputados que irão (supostamente) representar o povo…
            A tendência é sempre para piorar. Quando se vêm acossados, blindam o sistema, atrás de um corrupio de leis; compram influências; prometem o que sabem que não vão cumprir e fazem demagogia. Sempre.
            A fórmula final adquire os contornos de nepotismo, que é aquela em que parece que estamos.
            Mas quem manda na realidade não são eles; são, aparentemente, as tais organizações “sem rosto” atrás apontadas. E, no meio internacional onde nos situamos, as grandes organizações financeiras internacionais, paredes-meias com as ideologias subversivas da sociedade (olá “Escola de Frankfurt”), com especial incidência na ocidental e dentro de esta, na cristã, onde se destaca a católica…
            Sendo o Estado fraco, cheio de corrupção (não há dia algum que não saiam nos “media” notícias sobre corrupção), antinacional e inepto (a não ser para cobrar os tais impostos), a Justiça – que se transformou quase exclusivamente no exercício deletério do Direito - e a organização social, económica e financeira, etc., seguem-lhe os passos.
            O equilíbrio dos tais “três poderes” é ilusório, a sua desejada complementaridade é um embuste.
            Cada um puxa a brasa à sua sardinha, guerreiam-se e sabotam-se. Mais uma vez é a Nação (que a ouvir os responsáveis políticos, desapareceu…) que sofre e fica à deriva.
            Aquilo que se vai fazendo de útil são as iniciativas de empreendedorismo, de cidadãos, que aproveitam nichos de liberdade; investigadores, artistas, desportistas, outros profissionais, que devido ao seu valor e ocasiões que sabem aproveitar, sobressaem, a maioria deles, no estrangeiro; e o que resta de antigas e veneráveis instituições ou corporações que vão sobrevivendo e trabalhando em prol da comunidade, como são os exemplos ainda existentes na Igreja, nas Forças Armadas, na Diplomacia, nas velhas Academias, em áreas universitárias (não muitas), em Instituições de Solidariedade Social, etc.
            Deixou de haver “País” como tal, não há um ideal comum, tudo é centrífugo, nada é centrípeto. Está tudo “partido”, pudera…
            O que existe resulta apenas da “energia cinética” de quase 900 anos de História comum, que a muitos já pouco diz.
            O resto virou uma calamidade, onde sobressai a corrupção, o relativismo moral, o “deus mamon”, a criminalidade, o desregramento da comunicação social, a incultura, a decomposição da família e das instituições, etc., enfim as barbaridades feitas “normalidades”.
            Ora um sistema destes, só se mantém, através dos subsídios (haver um mínimo de dinheiro no bolso), algum pão e muito circo (futebol, telenovelas, “reality shows”), imbecilização através dos OCS (sobretudo a televisão); de uma escola que quase só produz analfabetos encartados e acesso desregrado ao crédito.
            Tudo isto produziu uma dívida escandalosa, impagável nas próximas gerações, se é que em alguma.
            Essa dívida – cuja principal responsabilidade, reside na falta de senso e prudência dos responsáveis portugueses – tem sido fomentada e, ou, aproveitada, desde há 250 anos pela finança apátrida internacionalista, que tem – no nosso caso e em termos contemporâneos - origem na dependência da Coroa Portuguesa, desde 1805, da Casa Inglesa Barings, falida há meia dúzia de anos na voragem da crise espoletada em 2008 – e que tinha sido mantida em respeito, durante o consulado do Professor Salazar, com vontade indómita e pulso de ferro. [3]
            Essa maneira de lidar com o dinheiro (chamemos-lhe assim) voltou em força no fim dos anos 70, a que a nacionalização da banca em 1975, só deu asas…
            Para os menos crentes lembra-se, se é que alguma vez deram conta, que o maior “Golpe de Estado”, alguma vez feito em todo o mundo, ocorreu em 23 de Dezembro de 1913, no próprio Congresso e Presidência Americana, o que deu origem ao “Federal Reserve Bank” (“FED”, para os amigos…).
            Numa palavra não temos qualquer Democracia, mas sim uma Plutocracia onde com o decorrer do tempo, o dinheiro e o Poder, estão concentrados em cada vez menos mãos.
            Estas “forças” já se aproveitaram (e nós pusemo-nos a jeito) das três bancarrotas que em Portugal já houve, desde o dia em que os cravos floriram por artes mágicas nos canos das espingardas. A quarta bancarrota vem já a caminho.
            Por sorte, não tem havido ruptura de abastecimento, nem bombas nas ruas. O sol e a praia ajudam.
            O vinho está (ainda) barato e é bom. Eis a grande conquista de Abril. Que já vinha detrás…
            Ora um sistema como o descrito, onde sobressai a imoralidade e a dívida, só se aguenta, também, pela mentira.
            É o que ilustraremos na segunda parte do escrito.



                                                                        João José Brandão Ferreira
                                                                       Oficial Piloto Aviador (ref.)


                                                            

           
           
           
           


           




[1] Nem a propósito do 45º aniversário do 25 de Abril…
[2] Éfeso 540-470 A. C. Filósofo pré-socrático, considerado o “pai da Dialética”. Recebeu a alcunha de “o Obscuro”…
[3] Banco Barings (1762 – 1995), fundado por Francis Baring, era o banco mais antigo de Londres. Colapsou quando um seu empregado, que trabalhava na filial de Singapura, Nick Leeson, provocou 827 milhões de libras de prejuízo ao fazer investimentos fraudulentos (especulação), sobretudo em “contratos de futuro”.