A Escola de Frankfurt e os seus mentores - para uma verdadeira
compreensão de muito do que se passa no mundo:
https://www.youtube.com/watch?v=7qUoO9k_UFc
Este blogue apresenta os pensamentos, opiniões e contributos de um homem livre que ama a sua Pátria.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
ALERTA E BARBAS DE MOLHO
ALERTA E BARBAS DE MOLHO
28/12/16
“Mouros
em terra, moradores às armas.”
Brado
existente em Portugal desde os tempos do Rei D. Afonso II.
A questão dos “migrantes”, ou que se
lhe queira chamar, tem sido muito mal conduzida, mas não pelas razões maioritariamente
vindas a público, na opinião publicada e nas afirmações de responsáveis
políticos.
Compreensivelmente, ou talvez não, não
se quer “alarmar” (para não lhe chamar a mais despudorada censura) a opinião
pública, mas convém prepará-la para o que aí pode vir! E não é nada de bom.
Já o afirmámos e escrevemos por
diversas vezes: o que temos em mãos, e perigosamente perto das nossas barbas
não é apenas, nem sobretudo, um problema humano e de ajuda humanitária, mas sim
um problema geopolítico homérico e extremamente perigoso.
Até que ponto foi provocado e tem sido
influenciado em determinada direcção, ou não, bem como a existência de
objectivos que não aparecem à luz do dia, são questões ainda não devidamente
apuradas e sujeitas a especulação.
O Estado, porém, tem que se cuidar,
prever e tomar medidas cautelares, antes que as coisas fiquem fora de controlo
e mergulharmos num caos que se afigura vir a ser muito sangrento.
Em Portugal, para variar, todo o mundo
assobia para o lado, como se tudo estivesse como Deus com os anjos, e muito
ufanos de que somos os “melhores” em lidar com o problema.
O que queremos é que venham mais
migrantes confiantes, porventura na esperteza saloia, de que eles preferem ir
para outros locais e mesmo estando cá, se vão embora (o que tem, aliás,
acontecido).
Fórmula muito gasta de querer estar
bem com Deus e com o Diabo, ou ter simultaneamente sol na eira e chuva no
nabal…
Tal fórmula irá, inevitavelmente,
correr mal.
Pondo de lado os néscios – fauna que
desmente o arrazoado dos revolucionários de 89, de que somos todos iguais, a
não ser no que tocava à guilhotina – queremos lembrar àqueles que defendem
genuinamente as ideias da Srª Merkel quanto à questão, que tal não é um assunto
que possa ser experimentado em laboratório. Ou seja, o mal não tem retorno
adequado. Convinha que pensassem nisso.
Em resumo: os órgãos do Estado e muita
população (que não gosta de ser incomodada” com problemas – é preciso que se
diga) continua expectante como a avestruz.
E tirando um maior incremento na área
das informações, pouco se tem feito.
Nem sequer assumir que existem
ameaças. E estas têm que ser encaradas e tratadas.
A
primeira ameaça chama-se António Guterres. Devido ao seu actual cargo e
conhecido o seu especial afã em prol dos refugiados, vai certamente, pressionar
o Governo, AR e PR (se é que eles precisam de ser pressionados) para recebermos
não mais, mas sim muitos mais refugiados. Ajuda a dar o exemplo…
Querem apostar?
A segunda ameaça tem a ver com a
previsibilidade de abertura de novas rotas que exporão exponencialmente, o
nosso país ao problema.
Estamos a referir-nos ao desvio de
refugiados para Espanha e daí para cá, ou directamente para o Território
Nacional.
A Espanha já tem problemas no Sul e na
Catalunha com o excesso de imigrantes vindos no Norte de África e muitos casos
de não integração.
A situação política, económica e
social em Espanha está longe de ser das melhores e o país é potencialmente um
dos mais fragmentáveis de toda a Europa.
Creio que é escusado dizer (mas mesmo
assim digo) que tudo o que se passa em Espanha tem um efeito directo em
Portugal.
E a partir do momento que os migrantes
desaguem em Espanha, rapidamente chegam cá.
Por outro lado Marrocos não é
propriamente um oásis.
O Rei tem que manter mão de ferro
sobre os grupos que não apoiam a sua Dinastia ou os que lhe são próximos –
lembro ainda que o conceito de Democracia é praticamente desconhecido e
repudiado no mundo islâmico.
Apesar de Marrocos ser dos países
muçulmanos mais estáveis, tem graves problemas económicos e sociais a que uma
demografia galopante impõe um “stress” permanente.
A pressão dos habitantes dos países do
Sahel em o atravessarem para “saltar” para a Europa é também um factor
desestabilizador.
Para já não falar dos cancros de
islamismo radical que pululam à sua volta e que possam mesmo a estar a ser
incubados no seu território.
O conflito não resolvido do Sahara
Ocidental, também é fonte de tensões, sobretudo com a Argélia, e pode abrir
novas frentes de saída de imigrantes.
Finalmente a Espanha não morre de
amores por Marrocos e Argélia e vice-versa.
Podem-se estabelecer, outrossim, rotas
de fuga para as Canárias, para o Algarve e para o Arquipélago da Madeira.
Digamos que o território português
mais exposto são as Ilhas Selvagens e a Ilha de Porto Santo.
O que farão as autoridades portuguesas
se ocuparem as Selvagens, ou aparecerem meia dúzia de navios com umas centenas
de migrantes na costa de Porto Santo, por exemplo?
Chegar aos Açores é mais difícil mas
não é impossível, sobretudo no Verão e neste caso a ilha mais exposta é Santa
Maria.
Aliás, nada disto é novo: o território
nacional e os seus mares foram assolados pela pirataria berbere desde D. Afonso
Henriques e chegou a ser prática corrente, raptarem mulheres, engravidarem-nas
e depois largarem-nas novamente nas nossas costas.
Havia atalaias por todo o lado; fortes
e locais artilhados e a Armada Portuguesa manteve uma esquadra (chamada do
“Estreito”), até meados do século XIX, para defender o Sul do território.
Não há nada de novo debaixo do Sol…
E, já agora, as ameaças de
reivindicação do “Al Andaluz” são para serem levadas a sério.
Deste modo urge ser proactivo a
começar pelo Conselho de Chefes Militares, e pôr as barbas de molho.
O PR, se é que ouve conselhos, em
vez de se preocupar em ser Pai Natal o ano todo, não faria mal em reunir o
Conselho Superior de Defesa Nacional – pois é disso que se trata – para debater
o assunto.
Talvez não fosse má ideia começar por
organizar os Serviços de Informação de modo a que funcionem efectivamente, o
que não acontece desde que extinguiram a PIDE/DGS; acabar de seguida com a
“paisanisse” em que as Forças de Segurança caíram – o que também não se
conseguirá com este Governo, nem com a “espirra - canivetes” da Senhora
Constança, a quem “entregaram” o MAI e que julga, muito cheia si mesma, resolver
todos os problemas, mesmo percebendo muito pouco do “metier” em que foi posta.
Estar preparado para fechar as
fronteiras de um momento para o outro e estabelecer vigilância aturada com
equipas móveis (terrestres, aéreas e marítimas); idem para o estabelecimento de
um ou mais campos de internamento, caso a necessidade a tal obrigue.
Exercer vigilância discreta sobre os
refugiados que se aceitarem, após escrutínio severo para a sua entrada;
expulsar de imediato clandestinos e criminosos.
Finalmente aumentar a vigilância aérea
e marítima do território nacional; ter equipas de operações especiais prontas a
intervir em qualquer local do mesmo; ter algumas unidades de escalão companhia
em prontidão, para intervir em situações de ordem pública de alta violência,
junto às fronteiras; ter navios de guerra e aviões de combate em estado de
prontidão elevado, de modo a poderem ser usados como demonstração de força e
eventual retaliação, caso um eventual conflito assim o exija.
Não devemos esperar (nem estar à
espera) de qualquer ajuda da UE e a “Guarda Costeira Europeia”, em
congeminação, além de ir ser mais um atentado à soberania nacional, neste
âmbito, não vai servir para manter os refugiados à distância, mas para os
ajudar a entrar…
É evidente que tudo isto é o mínimo
que se pode fazer (o Arquipélago da Madeira devia ser reforçado de imediato com
mais um patrulhão e uma lancha de fiscalização, por exemplo), irá obrigar ao
reforço dos orçamentos das Forças de Segurança e sobretudo das Forças Armadas –
que estão à míngua (e lembro que não existem reservas de guerra de espécie
alguma, reservistas ou qualquer sistema de recrutamento de emergência) - o que
obviamente, o Governo irá tentar resistir até à última, ou seja, até demasiado
tarde.
Parece ser a nossa sina.
Estimo que tenham um bom ano.
João
José Brandão Ferreira
Oficial Piloto
Aviador
domingo, 25 de dezembro de 2016
O CONCEITO DE PAÍS EM HELICÓPTERO ESTACIONÁRIO
O CONCEITO DE PAÍS EM HELICÓPTERO ESTACIONÁRIO
24/12/16
“Elegeu deus Pastor à sua grei (…) Conforme e junto
o Povo nua vontade/Num só, por bem comum, pôs
seus poderes.”
António Ferreira, Carta a El-Rei D. Sebastião.
“Antes de
alguém ser levantado Rei de Portugal, jure
primeiro guardar os privilégios, liberdades e foros da
Nação.”
D. João IV, Alvará de 9/9/1647.
Imagine-se um
helicóptero – máquina que até os ministros da defesa que temos tido, devem ter
uma ideia do que seja.
O helicóptero é uma
aeronave estranha e tudo nele está concebido (aparentemente) para não voar. E,
no entanto, voa!
Uma das coisas que faz
na perfeição – enfim dependente do “helioto” que vai lá dentro – é a manobra de
“estacionário”. Quer isto dizer, que a máquina fica suspensa na atmosfera, não
se movendo nem para cima nem para baixo, tão pouco para a frente ou para trás.
Fica assim até que
o piloto (isto é, o helioto – que é uma forma carinhosa de os tratar) caia para
o lado ou o combustível se esgote.
Assim parece
acontecer, por antonomásia, com um país “sui generis” a que chamaram Portugal.
Um país onde faz
décadas, os “heliotos”, ou seja, os políticos da partidarite, que são a face do
poder, se revezam aos comandos, sem se cansarem, ligando amiúde o piloto automático
dos impostos; ao passo que tentam por todos os meios, reabastecer-se no ar, com
combustível (dinheiro) que pedem emprestado e não conseguem pagar (ou vão
pagando com novos empréstimos).
Arte, esta, em que
se especializaram e que só encontra paralelo na exímia aldrabice, sem vergonha,
com que dizem hoje uma coisa e logo a seguir o seu contrário.
Às vezes nem passam
24 horas…
Ora tempos existem,
em que os fornecedores de “combustível” se cansam dos calotes e cortam o
fornecimento.
Foi o que aconteceu
em 1977, 1983 e 2008, devendo faltar pouco para acontecer novamente.
Nestas ocasiões o
helicóptero, que não ia para lado nenhum, estatela-se e parte-se.
A cena vai-se
repetindo.
Tudo isto está
relacionado com a frase que poderia servir de subtítulo, ao escrito: Onde é que
está o Poder em Portugal?
Aparentemente não
está em lado nenhum.
Tudo começa na
nossa “virtuosa”, mas incompetente (e antidemocrática) Constituição (CR), uma
verdadeira balzaquiana precoce, que acabou de fazer 40 anitos!
Expliquemo-nos:
Quem foi concebendo
a CR entendeu montar um regime – não estou a referir-me sequer, aos laivos "comunistóides"
de cariz totalitário – em que tudo estivesse em equilíbrio e cheio de contra
pesos.
Isto é, um regime
em que ninguém pudesse ter autoridade, ou seja, pudesse exercer o Poder.
O tal país em
estádio de helicóptero em estacionário…
Começaram por
estabelecer o semipresidencialismo, ou seja, os poderes ficaram divididos entre
o PR e o Parlamento (com uma ligeira vantagem para este último) e o Governo
entalado entre ambos.
Não é carne nem é
peixe…
Repescaram em
seguida a velha fórmula jacobina do Montesquieu, tentando encontrar um
equilíbrio entre o Poder Executivo, o Legislativo e o Judicial – com cada um a
puxar inevitavelmente para seu lado – mas deixaram passar uma “lei de imprensa”
que permite a mais despudorada demagogia, propaganda, manipulação, controlo
financeiro, etc. e deixa, benevolamente, que os órgãos de comunicação social –
que ninguém elegeu, influenciem (e outros por eles), tudo e mais alguma coisa.
O sistema judicial
– que é ainda, nos últimos tempos, o único que tem tentado impor alguma
moralidade no sistema, isto é, no cancro da corrupção – uma questão moral não
contemplada em peça alguma de legislação – está eivado também, de erros de
organização e submetido a leis demasiado liberais e cheias de “garantias” e
alçapões onde os criminosos e menos escrupulosos vão cevar as suas manhas; é de
uma morosidade paquidérmica; acessível, por cara, apenas a uma minoria de
portugueses e em conflito sistémico entre Procuradores e Magistrados. É ainda,
insaciável de recursos.
Porém, quem manda
efectivamente é o poder do dinheiro, o sistema que o gere e as famílias que o
dominam. E tudo isso está fora das nossas fronteiras (se é que esse conceito
ainda existe…).
Os Partidos
Políticos – o tumor mais maligno do Regime - vivem em “guerra civil” permanente
e são apenas máquinas de bota abaixo. Não evoluem nem se reformam.
Naturalmente que o
Parlamento está refém dos Partidos onde passam a imperar as diatribes e as
negociatas – não foi por acaso que o conhecido apostrofador da corrupção, o Dr.
Paulo Morais, teve a serena coragem de denunciar no seu interior, como sendo o
maior antro de promiscuidade existente entre os interesses públicos e privados,
e nem uma reacção de protesto suscitou.
O Parlamento há
muito que é uma instituição perfeitamente desqualificada!
A concertação
social, raro concerta algo e é sempre por pouco tempo. Parece que os seus
membros vivem em campos opostos, como se pudessem viver uns sem os outros ou
contra os outros.
Os Sindicatos em
vez de serem organizações livres de trabalhadores, destinados a concertar e
resolver problemas de trabalho e usando a greve em último (e raro) recurso,
permite-se-lhes que sejam correias de transmissão de Partidos Políticos e usados
como arma de arremesso político.
Permitem-lhes até,
que paralisem o maior porto do país por tempo indeterminado….
A Instituição
Militar e a Diplomacia foram cerceadas de quaisquer poderes ou influência,
limitando-se a existirem sem se dar conta deles, a não ser por algo que corra
mal.
Idem, para as
grandes instituições académicas e culturais centenárias que são, ou deviam ser,
esteio da sociedade.
Por outro lado,
envolveu-se todo este nebuloso edifício por uma miríade de organismos;
entidades reguladoras ou fiscalizadoras; órgãos de conselho e de inspecção;
observatórios e fundações, eu sei lá que mais, com as mais diversas
competências e autoridade (ou sem ela), que se atropelam uns aos outros, e sem
qualquer resultado positivo a não ser gerar ruído, confusão e consumir
recursos.
Porém, alimentando
uma fauna de serventuários e apaniguados da tralha partidária, na sua maioria
absolutamente dispensáveis e inúteis!
Poderia continuar,
mas creio já ter ilustrado o que se deve entender por “país em estado de
helicóptero estacionário”!
Notem que até as
maçonarias (regular e irregular), não se entendem, para além de tentarem
infiltrar transversalmente o centrão da massa partidária; cargos directivos da
Universidade; Forças Armadas; Diplomacia; aparelho judicial e, sobretudo, os
Serviços de Informações.
O PCP e BE tentam,
cada um à sua maneira, subverter tudo e a Igreja Católica é saco de pancada de
todos. Todos os três são mutuamente exclusivos…
Se agora passarmos
do plano nacional para o da União Europeia, entramos no âmbito da demência
colectiva.
Em Portugal a nossa
querida CR ainda nos impõe (artigo 288,alínea b) que vivamos em “República”,
bem como outras blindagens a que chamaram “limites materiais da revisão”. Vá lá
que não lhes deu para a “Sharia”…
Finalmente
envolve-se tudo isto numa linguagem de elixir democrático e tenta-se fazer crer
à população – que vive na sua maioria na mais negra ignorância do que se passa
à sua volta – que ela é que influencia o decorrer dos acontecimentos ou até
consegue escolher quem os governa!
*****
Está tudo errado
(pronto, ok, está quase tudo errado).
Saponária e
simplificação precisam-se. Algum Patriotismo não ficava mal, também.
No nosso caso a
fórmula é até, simples: Portugal, isto é, a Nação e a Pátria Portuguesa (e
respectivo território), deve ser a matriz, o alfa e o ómega, de tudo.
Para nos
organizarmos e entendermos, não precisamos de seguir ideologias, doutrinas ou
modelos estranhos, raiz de quase todos os problemas de antanho.
Mas necessitamos de
estar sempre atentos aos ditames da Geopolítica e da Estratégia (não, não tem
nada a ver com aquilo que os senhores da bola, falam…).
É urgente
simplificar estruturas e torná-las operativas, não de as multiplicar (a tal
reforma do Estado, de que se cansam a falar, mas onde não se mete estopa nem
prego); dar autoridade (que é o que permite a decisão e um rumo) a quem tem que
a ter para governar efectivamente e descentralizar o mais possível,
responsabilizando.
As matrizes,
cultural e Moral, têm que ser as nossas (não a de outros, como os adeptos do
multiculturalismo defendem), e as estruturas organizativas e as leis, devem ser
aquelas que sejam apropriadas a portugueses, não a esquimós, ameríndios ou
berberes (tão pouco a alemães)!
E, em tudo isto, o
colectivo deve preferir ao individuo; o Direito Natural ao Racionalismo e o
Espírito à matéria (ui, estas feridas doem…).
Não se devem ainda
procurar soluções para o nosso devir coletivo, em termos de Segurança, Justiça
e Bem-Estar (a ordem dos termos não é arbitrária!) – que são a funções
clássicas (e utópicas) do Estado, por ser isso o que todos nós procuramos – em
termos capitalistas, comunistas, socialistas, fascistas, ou outros “istas”
quaisquer. Tais teorias só servem para dividir, baralhar, guerrear, etc. e
nunca resolveram problema algum da Humanidade, ou de um povo.
Nenhum modelo de
organização politica é, ou será perfeito, mas um modelo municipalista como o
consolidado nas Cortes de Leiria, de 1254, com a interacção das “Corporações”,
e das grandes instituições nacionais, mantendo um conceito gibelino para a
eleição do Chefe de Estado – no sentido da tradição nacional, que vem de
Ourique e se Implantou definitivamente após as Cortes de Coimbra de 1385, em
que a figura do monarca é de origem portuguesa e que mesmo sendo de origem
divina, tem de ser aclamado pelo povo - talvez seja o modelo mais adequado ao
país que fomos e somos.[1]
Mas parece que
ninguém está interessado em discutir coisas sérias.
João José
Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador
[1] Embora tenha claudicado pela força da corrupção e das armas
espanholas, nas Cortes de Tomar, de 1581. Também, na Constituição de 1911, que
estabelecia que o PR era eleito indirectamente pelo Parlamento.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
A TRISTE FIGURA PORTUGUESA NO PASSAMENTO DO BARBUDO FIDEL
A TRISTE FIGURA PORTUGUESA NO PASSAMENTO DO BARBUDO
FIDEL
14/12/16
“Em 1957 Fidel Castro
prometeu aos cubanos paz, liberdade, riqueza, democracia e eleições livres.
Infelizmente, sua morte prematura não permitiu que ele cumprisse a sua
promessa.”
Dilma Roussef, discursando
no velório de Fidel (do anedotário nacional).
No fundo foi idêntica à que
tem sido feita nos últimos 40 anos.
Expliquemo-nos.
Após a emergência do PCP e
das forças políticas de extrema-esquerda, na sequência do 25 de Novembro de
1975, como forças políticas respeitáveis (em vez de terem sido ilegalizados e
os seus responsáveis julgados e presos), o branqueamento das ideologias
comunistas e afins, continua a ser feito despudoradamente.
O assalto feito durante o
“PREC”, às variadas estruturas do Estado e o acesso livre a todos os níveis de
responsabilidade da generalidade das áreas sociais e do Estado, garantiu um
poder efectivo que nada tinha (e tem) a ver com a sua expressão eleitoral.
As áreas da sociedade mais
afectadas foram os Sindicatos, a Comunicação Social, a PGR e o Ministério da
Educação Nacional, os quais até hoje não foram expurgados, sequer dos elementos
mais nocivos.
Com estas “ferramentas” na
mão e uma gestão inteligente do arrazoado contido na vermelha Constituição (na
capa, nas intenções e no conteúdo…), têm mantido a sociedade portuguesa
absolutamente condicionada e subvertida.
O restante espectro
partidário tem sido de uma pobreza confrangedora permitindo a desbunda
existente e fazendo com que a Democracia não passe de uma ficção.
A única coisa que lhes
interessa são negócios e o “laisser faire laisser passer”!
Enfim vivemos o triunfo das
ideias e estratégia do Gramsci e da “Escola de Frankfurt”.
A ignorância, o desleixo e a
cobardia têm sido pasmosas!
Por isso, hoje em dia –
começando pela Igreja – ninguém tem a decência e a coragem de proclamar alto e
bom som que as ideologias comunistas marxistas, maoistas, trotskistas e outros
“istas” de semelhante jaez, deviam jazer no cemitério das inutilidades; no
inferno dos horrores mais profundos e na fossa asséptica dos erros humanos.
E que todos os regimes que
as defendem quando implantados nos povos que tiveram a desdita e a desgraça de
os sofrer actuaram, sem excepção, de uma forma criminosa, ruinosa e
infamante, como não existe paralelo em toda a História da Humanidade.
Haver cidadãos que continuam
a defender semelhantes desconchavos sem levarem de imediato com um pano
encharcado no “fácies”, só pode ser explicado pela mais negra ignorância, pelos
defeitos da natureza humana e pela eterna luta entre o Bem e o Mal.
O Comunismo foi implantado
na Rússia em 1917, numa luta que vinha de trás, por a Coroa Russa se recusar,
aparentemente pelo menos, desde 1815 (Congresso de Viena), em aceitar a
existência de um “banco central”, ferramenta fundamental e “iniciática”, pela
qual as famílias que dominavam o grande capital, tentavam e tentam, controlar
as finanças de cada país – o que tem origem consolidada com a criação do banco
de Inglaterra, em 1694. O qual era um banco privado…
Os principais próceres dos Bolcheviques
eram judeus Azkenazis e receberam financiamento de próceres seus que viviam na
Costa Leste … dos EUA.
Receberam ainda uma
contribuição prestimosa, por questões de circunstância, do II Reich Alemão, que
além de os subsidiar também, pegou no Lenine, que estava exilado na Suíça, e
transportou-o de comboio até à Rússia.
A circunstância explica-se
facilmente: a I Guerra Mundial estava num impasse, e a Revolução Bolchevique,
provocou a queda da frente oriental, permitindo aos alemães deslocar cerca de
um milhão de soldados para a frente ocidental, o que decidiu o lançamento da
última grande ofensiva da guerra…
A qual foi parada (depois do
Corpo Expedicionário Português ter sido quase todo aniquilado no Lys …), com a
ajuda de tropas americanas chegadas em grande número à Europa, após manobras de
bastidores efectuadas pelo Movimento Sionista entretanto criado oficialmente,
em 1897, e todo ele dominado por judeus Azkenazis!...
Espero com o atrás apontado
ter dado um pequeno enquadramento à coisa…
É possível que o fumador
inveterado, Fidel, tenha morrido sem nunca ter suspeitado de tudo isto: enfim,
que diabo, o homem era latino, vivia num país tropical e só a inabilidade algo “gangsteriana”,
do governo americano, o empurrou para os braços dos soviéticos.
Que lhe chamaram um figo.
Além disto, o homem do caqui
verde oliva, mais o seu executor de eleição, um tal Che Guevara, passaram a ter
fama de incorrigíveis românticos…
“Manadas” de jovens
ocidentais passaram até, a usar alegremente uma “T-Shirt” com a carantonha do
dito, como se tal constituísse a coisa mais ufana do mundo.
Pelos vistos nas últimas
décadas (eu tenho termo de comparação pois nasci num país que se comportava com
decência e tinha vergonha na cara) a generalidade da sociedade portuguesa
capitaneada pelos expoentes político-militares que os lideravam, passaram a
comungar e a pactuar com toda esta destrambulhice.
Mas ainda não cheguei ao
ponto que pretendo realçar e que é este:
Desde que a subversão
internacional se abateu sobre os territórios portugueses ultramarinos, que o
governo de Cuba apoiou ostensivamente em todos os âmbitos, incluindo o militar,
os movimentos que combatiam a presença política portuguesa fora do continente
europeu, nos subvertia, capturava, roubava e matava as populações e emboscava
as tropas.
Mais tarde, já durante o
período revolucionário, após 1974, interferiu abusivamente no processo de
descolonização, nomeadamente em Angola, em nome do internacionalismo
revolucionário e como marionetas de Moscovo, chegando a desembarcar tropas em
Luanda, antes do governo de Lisboa ter arriado “vergonhosamente” o Estandarte
das Quinas.
Não obstante tudo isto a
loucura que se apoderou das ruas do País, forçou a libertação do Capitão Rodriguez
Peralta, um oficial do Exército Cubano que estava preso em Lisboa, depois de
ter sido capturado por tropas paraquedistas no Teatro de Operações da Guiné, em
1969, fazendo dele um herói.
Só faltou condecorá-lo com a
Torre e Espada!
A tal chegou o desconcerto
das mentes e a traição, que percorreu o país, em 1974/5 e que nos infamou para
todo o sempre. Sobretudo porque até hoje, nunca se julgou ninguém e separou o
trigo do joio!
Mais tarde o “Barbudo”,
agora defunto, ainda passou por cá assistindo-se à genuflexão escabrosa de tantos,
o que ele agradeceu, praxando-os com um dos seus costumeiros discursos de
horas.
Pelos vistos o caviloso
gostava de se ouvir a si próprio.
Por tudo isto – e não disse
nem um cem avos – as reacções piedosas à sua morte foram absolutamente
deslocadas, fora do conhecido estribilho “a luta continua”.
Salvou-se apenas o facto do
Estado se ter coibido de enviar ao funeral algum responsável importante fazer
figuras tristes, e só lamentamos a escusada visita recente do PR a semelhante
personagem.
Marcelo Rebelo de Sousa, não
deve ter resistido à sua curiosidade e a poder lançar no futuro livro de
memórias, os fugazes momentos que passou com semelhante “Dinossauro” das
tragédias políticas do Século XX.
João José
Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador