Sem ter o impacto mediático das visitas de João Paulo
II, nem lograr a empatia pessoal que emanava do anterior Pontífice, as viagens
de Bento XVI não deixam de ter uma densidade pastoral e teológica profunda e
mensagens políticas e sociais diplomaticamente expressas, sem deixarem de ser
assertivas.
A organização e discrição do que é feito não pode, também, deixar de merecer elogios.
Na linha do “não tenhais medo”, Benedito XVI tem
feito visitas corajosas e esta última, ao Líbano, há pouco terminada,
inclui-se, seguramente, nestas últimas.
Sua Santidade dá, deste modo, exemplo a políticos,
diplomatas, generais e a todos aqueles que têm responsabilidades cívicas e
sociais.
Mais uma vez condenou os fundamentalismos religiosos
que, a manterem-se, deitarão por terra qualquer esperança de paz.
É neste âmbito que queremos lembrar, que a tolerância
religiosa (como a política, social ou qualquer outra), para além de necessitar
de reciprocidade não deve, outrossim, pôr em perigo a legitima defesa da
dignidade e da vida humana.
Ora é neste particular que têm sido ultrapassadas
várias fronteiras do admissível relativamente às comunidades cristãs, dentro e
fora da Europa.
Não se deve continuar a assistir à perseguição,
discriminação, quando não ao assassinato e, até, genocídio de cristãos, desde a
Nigéria à Indonésia, passando pelos Coptas do Egipto, as diferentes comunidades
cristãs do Médio Oriente, etc.
Estes conflitos estão, felizmente, reduzidos entre
todas as religiões à excepção da Religião Islâmica, que mantêm conflitos com
todas as outras.
A excepção para este estado de coisas é o regime
Chinês que, por razões mais de ideologia (e poder), do que de religião,
discrimina cristãos e, sobretudo, os tibetanos e o seu líder espiritual, o
Dalai Lama, mantendo um conflito latente com a Santa Sé.
Parece que os governos de países de matriz cristã
(com os mais democráticos à cabeça) preocupam-se com os direitos de tudo o que
mexe, à excepção dos cristãos enquanto tal. O próprio clero aparenta estar adormecido
relativamente a tudo o que se passa.
Dentro da Europa as coisas vão de mal a pior e
arriscam-se a acabar em convulsões sociais gravíssimas e num banho de sangue.
De facto a demografia dos europeus de “jus soli” diminui
a olhos vistos, enquanto que, a demografia islâmica aumenta exponencialmente
com a emigração e as gerações seguintes de “jus sanguini”.
Ora acontece que estas comunidades, na sua grande
maioria, não só não se integram nas sociedades para onde vão viver como, algo surrealista
amente, questionam as leis vigentes e querem impôr os usos e costumes dos seus
países de origem.
Os países europeus, com predomínio dos ocidentais,
numa visão claramente distorcida e irrealista dos “Direitos Humanos” e da
“Democracia” têm fechado os olhos a esta avalanche de eventos, de tal modo que
muitos países já dificilmente controlam o que se passa nas suas sociedades.
Esta atitude tem derivado de uma posição ideológica
conotada de “esquerda liberal”, adepta do “multiculturalismo” – quando o Islão
é arreigadamente “monocultural” – e defendida por uma pluralidade de “istas” e
“ismos”, cujo máximo divisor comum tem sido o pôr em causa e a relativização,
da Moral, da Ética, dos Princípios e dos Valores cristãos tradicionais!
Isto tem minado a sociedade.
Insiste-se, todavia, na ingenuidade, na falta de
entendimento da natureza humana e no desconhecimento da História das relações
entre povos e estados, o que nos tem causado inúmeros sofrimentos e, no caso
vertente, nos pode colocar, novamente, à beira de vagões que nos levem para um
outro qualquer “campo de Auschwitz”.
Ora a matemática é, nestas circunstâncias uma arma de
análise infalível e basta a um aluno médio, com a 4ª classe feita antes de
1974, fazer contas para perceber – mesmo com um desvio padrão muito estreito –
que dentro de poucos anos (cerca de 2050) existirá uma maioria de população
muçulmana e islamizada, em grande parte dos países europeus, o que será,
também, acompanhado de uma previsível degradação das condições de vida para
todos.
Não é preciso ser adivinho para se intuir estarmos
perante uma “bomba nuclear” política e social que pode explodir a qualquer
momento e que, caso não seja despoletada, irá colocar-nos a breve trecho numa
situação de, “ou eles ou nós”.
Seria bom que estivesse enganado, mas alerto desde já
que não parece nada que esteja e, já agora, que nada disto pode ser testado em
nenhum laboratório de ciências sociais.
Por tudo isto, seria avisado impôr medidas
restritivas, não só de emigração, como de acesso à nacionalidade – para a qual
seria indispensável a obrigatoriedade de dois anos de serviço militar; ponderar
direitos sociais (sobretudo face aos deveres); fazer cumprir as leis e expulsar
de imediato quem se portasse mal.
Além disto tem que se exigir reciprocidade de
tratamento nos países de origem dos emigrantes e fazer controlo efectivo de
fronteiras.
Estamos a falar de medidas que têm em conta o bom
senso e a justiça; isto para prevenir o uso de medidas que passem a ter com a
nossa sobrevivência.
E o Papa ser vítima de um atentado e morrer, não é
nenhum cenário de ficção científica.
Totalmente de acordo.Eu mesmo estou farto de
ResponderEliminardivulgar textos e vídeos de vários autores,todos
estrangeiros,sobre a ameaça do Islão no mundo
ocidental,nomeadamente na Europa mas parece
que apenas sou mais uma voz a clamar no deserto.
Não vejo,nem oiço nenhum político das classes
dirigentes fazer eco desta preocupação ou suge-
rir qualquer medida como as por si enunciadas
para evitar a derrocada da nossa matriz civiliza-
cional.
Cordiais cumprimentos
Meu caro,
ResponderEliminarÉ mais um texto bem realista do que se passa no Mundo e a que poucos dão a importância devida e que viremos a pagar muito caro.
Infelizmente, discursos lúcidos como este do SS o Papa, embora ouvido por muitos, pouco efeito tem nas acções dos governantes.
Tudo continuará na mesma até ser tarde demais.
Já Santo António prégava aos peixinhos porque ninguém mais ligava ao que dizia!
Cumpts,
F. d’Aguiar
Excelente e oportuníssimo.
ResponderEliminarRepasso.
Ribeiro Soares
Entramos no coração do problema, porque a "crise" é apenas o estômago.
ResponderEliminarA situação pode ficar incontrolável de um momento para o outro e devastadoramente letal.
Para Portugal só há uma solução: recuperar a soberania (com jeitinho) desvinculando-se do projecto mundialista, restabelecer o serviço militar obrigatório e preparar a população, física e ideologicamente, para defender a sua terra, a sua vida, a sua liberdade e os seus bens legitimamente adquiridos.
Muitos parabéns!
Assino por baixo.
ResponderEliminarUm abraço amigo
Joaquim Mexia Alves