sábado, 7 de setembro de 2019

UMA GREVE POLITICAMENTE INCORRECTA…


UMA GREVE POLITICAMENTE INCORRECTA…
4/9/19

“Seria um absurdo uma interpretação literal da lei, de 95”.
(Augusto Santos Silva, a propósito do impedimento de titulares de cargos políticos terem negócios com o Estado).
“A lei é clara e é para ser cumprida”.
(Augusto Santos Silva, a propósito da greve dos motoristas).

                Arriscando-me a comportar-me como a chuva que cai no que já está molhado não quero deixar passar a ocasião, de modo a vincar um rasto de lucubração sobre a derradeira greve dos motoristas de matérias perigosas, que só o tempo dirá se morreu por aqui (já vimos que não morreu…).
                 Esta greve deu oportunidade para terem surgido no horizonte alguns eventos “notáveis” e significativos como já tinha ocorrido na greve dos enfermeiros.
                Há dois âmbitos, porém a diferenciar: o actual “status quo” enformador da greve, e as particularidades desta última.
                Em termos gerais a Lei da Greve constitui uma das “vacas sagradas” do actual regime político e só será possível mudá-la, alterando a actual Constituição da República (que devia chamar-se “Lei Fundamental da Nação Portuguesa”), que é e sempre foi, uma Constituição ultrapassada, nefasta, antidemocrática, antinacional e com laivos marxistas e utópicos.
                Feita a preceito e à medida, aliás, para garantir ao PC (P) e seus apêndices, uma capacidade de influenciar o mando no país, que não recolhem no voto popular, mesmo apesar de este estar condicionado por mil coisas.
                Já explicitámos em escritos anteriores as razões porque não concordamos com o actual enquadramento legal da greve – um dos sustentáculos do “poder” comunista (e menos do socialista), pelo que não vamos repeti-los.
                Mas enquanto este quadro legal não for alterado não será possível evitar o estado de “guerra civil” permanente em que labutamos.
                Agora, o que se passou no particular desta greve, ultrapassou toda a falta de decoro, mesmo tendo em conta o atrás expendido.
                E eu, fique bem claro, não tenho qualquer “interesse” pessoal, por qualquer das partes em conflito.
                O fulcro da questão situa-se no Governo.
                Para começar o Governo, num conflito laboral, sobretudo entre privados, deve manter uma posição de neutralidade. Ora não foi nada disto que aconteceu. É certo que existe o “interesse nacional” sempre invocado. Mas porque é que o interesse nacional não é chamado à liça noutras greves? As greves dos estivadores que paralisam os portos por longos períodos, não são do interesse nacional?
                As greves incríveis na AutoEuropa, não são do interesse nacional?
                O autêntico massacre de parte da população da margem sul, por causa das greves a esmo, dos transportes marítimos, não deve ser considerado uma emergência social, o que só agora começou a despertar a revolta nas pessoas afectadas?
                O governo alguma vez pensou em enviar elementos da Brigada Fiscal, ou da Armada, operar os barcos? Ou será porque a reacção normal dos humanos imbecilizados pela propaganda político/mediática, quando inquiridos se a greve “x” não os prejudica, é a de dizer que sim, com ar parado no tempo, a que acrescentam bovinamente, mas “eles estão no direito deles”?
                Como se alguma greve não fosse decretada justamente para causar o maior dano possível na área da sua abrangência!
                Como se o calendário de greves às pinguinhas, em “roulement”, com escolha cirúrgica de datas, etc., comuns aos sindicatos filiados na CGTP, planeadas e executadas com rigor militar e que duram desde o “PREC”, fossem uma acção de anjinhos imaculados que nunca beliscam a paz social nem o interesse nacional…
                Mas que cambada de hipócritas!
                Ora isto leva-nos a outro ponto fulcral no que se passou e que é este: os partidos políticos ditos de esquerda, não admitem a existência de sindicatos independentes (o que devia, aliás, ser condição “sine qua non”), isto é, fora das estruturas da CGTP e da UGT, tendo esta última um estatuto, mesmo assim, de tolerada. Recordo (a memória faz muita falta) que a grande divisão nos tempos quentes do “PREC”, foi precisamente a “liberdade versus unicidade sindical…”.
                Isto explica a posição, de dar uma no cravo e outra na ferradura, ministrado com uma histórica ausência do ruído mediático da esquerdalha militante. O mesmo já tinha acontecido com a greve dos enfermeiros e no ataque à bastonária conotada com outra força política. Outro exercício de hipocrisia.
                Quanto aos restantes partidos com assento parlamentar (não lhes chamo de direita, porque nenhum deles o é, nem nunca foi) não se sabe o que pensam, porque provavelmente não pensam nada.
                Resta o “PAN”, que aos costumes disse nada, naturalmente porque a greve não envolveu o transporte de animais eventualmente perigosos…
                Não há paciência.
                Mas a falta de decência do Governo não fica por aqui.
                Percebe-se porquê. Por um lado, “picados” por terem sido apanhados desprevenidos na anterior greve (Abril), onde fizeram figura de corpo ausente, viram o perigo que tal representava numa segunda actuação semelhante, o que os poderia prejudicar ou, em alternativa, beneficiar, nas próximas eleições legislativas. Que estão a menos de dois meses de distância…
                Com um ponta de lança “seu” (membro do PS), como porta - voz da “ANTRAM”, a posição de ambos os organismos passou a ser, na, prática, a mesma.[1]
                A partir daqui montaram um cerco ao sindicato dos motoristas (o qual nasceu de uma forma atípica) – que incluíu uma tentativa de assassinato de carácter do seu vice-presidente – que ao mesmo tempo sobrevalorizou a sua posição e cometeu alguns erros escusados, como o de proferir ameaças fora de tempo, afirmações pouco recomendáveis como “vamos paralisar o país” e marcarem uma greve por tempo indeterminado. E que nunca devia ter feito parte da direcção do sindicato, o que está agora a ser aproveitado pelo Ministério Público para tentar fechar o mesmo. Será que só agora é que se deram conta de eventuais ilegalidades?
                Ora os efeitos de uma greve destas não se limitam a afectar um ou outro grupo de pessoas, afecta o país inteiro.
                Acrescia a isto a ameaça de paralisação de outros sindicatos de motoristas, o que podia por em causa o abastecimento de víveres, escoamento de produtos, etc..
                Era uma ameaça desproporcionada e um passo maior que a perna.
                Sem embargo, lícito, em função do quadro legal existente.
                Enfim, com uma salvaguarda cozinhada há alguns anos pelo governo de Guterres, uma lei de caracter preventivo, o DL nº 114/2001 de 7 de Abril, promulgada pelo PR Jorge Sampaio.
                O governo cedo ameaçou com a requisição civil e começou a preparar a utilização de condutores das forças de segurança e militares.
                Requisição civil que logo foi decretada aos alvores do primeiro dia de greve, com a desculpa de que alguns dos serviços mínimos (que de “mínimos tinham muito pouco…) decretados não tinham sido cumpridos, o que nunca se chegou a perceber se ocorreu ou não, dada a confusão gerada na preparação e implementação das respectivas escalas. É possível que tal facto ainda venha a dar que falar em tribunal.
                A questão da intervenção da polícia e GNR está respaldada pelo decreto-lei referido após o governo ter declarado a “emergência energética”. Mas os militares não estão englobados neste DL.
                Para arranjar respaldo para a sua actuação tem que se consultar o artigo 275 da CR, nomeadamente o seu ponto 6 que diz: “as FA podem ser incumbidas, nos termos la lei, de colaborar em missões de protecção civil, em tarefas relacionadas com a satisfação de necessidades básicas e melhoria da qualidade de vida das populações e em acções de cooperação técnico-militar no âmbito da política nacional de cooperação” (o sublinhado é nosso).
                Por outro lado, a intervenção das FA está completamente vedada em termos de ordem pública (Art.º273.2) a não ser que tenha sido decretado o “estado de emergência” ou de “sítio” (Art.º 275.7) – que até hoje não estão regulamentados – e nunca foram declarados durante a vigência da actual Constituição (atenção, estado de emergência, não é a mesma coisa que estado de emergência energética).
                A justificação de emprego dos militares baseia-se ainda, no Decreto-Lei nº 637/74, de 20 de Novembro, assinado por Vasco Gonçalves e Costa Gomes…
                Esta lei trata da requisição civil e seus requisitos, estabelecendo as regras de empenhamento das Forças Armadas, posteriormente alteradas no que dizia respeito ao “foro militar”, entretanto destruído pelas forças políticas que impuseram o actual “Estado de Direito Democrático”, assaz torto!
                Ora este quadro legal é algo tosco o que levanta dúvidas, inclusive, em muitos juristas.
                O que está escrito na CR sobre a intervenção militar neste âmbito, é de tal maneira vago que dá para quase tudo e o seu contrário. Na questão da segurança interna, porém é assaz taxativo: não podem intervir. Veja-se o que que se passou aquando do bloqueio da Ponte Salazar, ao tempo de um governo do Professor Cavaco Silva, o governo quis forçar a vinda de um potente reboque (que mais ninguém tinha) de S. Margarida para a zona da ponte, mas o Exército opôs-se, permitindo apenas que o veículo se deslocasse com um condutor da GNR, a matrícula militar tapada, a que se sobrepôs uma outra inventada na hora.
                Mas pergunto, se houver uma alteração de ordem pública durante a greve, que envolva militares, como é que estes se defendem, reagem ou actuam? (lembro ainda que os militares actuaram desarmados o que devia ser inadmissível…).
                Além disto a bota tem de bater com a perdigota. Por um lado os efectivos militares estão numa situação insustentável – como afirmou (e repetiu três vezes) recentemente o Almirante CEMGFA – e não foi desmentido.
                Ora se há especialidades desfalcadas (e não é de agora), a de condutor é uma delas. De onde se pode inferir que para os condutores militares terem andado empenhados a substituir os civis (mais o empenhamento nos fogos), quantas missões ficaram por cumprir nas FA, durante o período (e o mesmo se pode perguntar relativamente à PSP e GNR)?
              Será que estas não necessitam de serviços mínimos?[2]
                Convém lembrar que as chamadas missões de “interesse público” (será que as outras não o são?) não são as missões primárias das Forças Armadas!
                Para além do mais as Forças Armadas devem actuar armadas e debaixo de uma hierarquia própria, não devem ter que andar sujeitas a escalas de serviços mínimos porque uns quantos patrões e empregados não se entendem!
                E têm que deixar de ser tratados com um estatuto de menoridade, de “capitio diminuto”, por um sentinela, por exemplo, não poder dar um tiro num meliante qualquer que tente entrar num quartel, ou se tenha que pedir à GNR ou à PSP, para escoltarem munições ou armamento de uma instalação para outra!
                 Isto não é admissível em parte nenhuma do mundo (embora se saiba perfeitamente porque as coisas se passam assim). Lembro aos senhores legisladores, e já agora às chefias militares, que os soldados israelitas ou suíços estão autorizados a trazer armas e munições para casa…
                Mas o mais estranho em tudo isto é que a lei em que fundamentalmente se baseou o governo (e este, creio, foi o único que a usou até agora) para convocar os militares é de 1974! Mais propriamente o DL nº 627/76 de 20 de Novembro, assinado, vejam lá por quem (!), o PM Vasco Gonçalves (conhecido na altura como “Vasco Louco, o Gonçalves”) o “da muralha de aço”, e o então PR Costa Gomes, alcunhado na gíria como “rolha” e “judas”).
                E pasmem óh leitores, a lei foi aprovada numa época de caos revolucionário, está em vigor com as modificações já aludidas, sobreviveu (sendo anterior) à actual Constituição e às sete revisões de que a mesma já foi objecto e continua em vigor passados quase 50 anos!
                Das duas uma, ou é uma lei “genial”, ou até hoje (apesar da sua delicadeza e importância) nenhuma força política intentou actualizá-la muito provavelmente por terem a noção de que ninguém se ia entender sobre o assunto…
                E a hipocrisia continua…
                Por aqui se percebe como dois notáveis “chegados” ao PCP, um coronel e um juiz, escreveram e elaboraram textos a atacar o sindicato dos motoristas e a defenderem os bons termos da lei e sua aplicação!
                                                                            *****
                Há, sem embargo, ainda muito mais que dizer sobre todo o extenso âmbito em que este “teatro” pode ser analisado.
                Por um lado os motoristas pretendem colocar o que ganham o mais dentro possível da legislação nacional, isto é, que aquilo que ganham esteja englobado no vencimento base – que é aquele que é sujeito a maiores descontos e dá mais direitos na reforma e na baixa por doença – posição que parece não ser valorizada pelo governo. É certo que os trabalhadores têm culpas no cartório, pois assim têm negociado até agora, sacrificando o futuro aos ganhos imediatos, o que também, convém às empresas.
               A razão é simples e tremenda: empresas e trabalhadores (especialmente os por conta de outrem) estão esmagados com impostos e por isso toda a gente faz o que pode por lhes escapar.
                Nisto têm, afinal, andado de braço dado… Mas mais vale tarde do que nunca. E estranha-se mais uma vez que tal não seja apoiado por aqueles que passam a vida a encher a boca com a palavra “trabalhadores”.
                Outro exercício de hipocrisia!
                Não deixa de ser curioso também, que logo a seguir a esta greve ser suspensa, tenha sido iniciada uma outra pelo pessoal da “Ryanair” baseado em Portugal. Pois não é que o governo decretou serviços mínimos? Mas à pala de quê, dadas as circunstâncias?
                E sendo uma reivindicação dos grevistas que a empresa cumpra a legislação nacional não devia ter o governo como seu primeiro defensor? E que, ao que se sabe pela comunicação social, ter a empresa enviado pessoal de outras bases, substituir os trabalhadores em greve, o que é considerado uma contraordenação muito grave, pela legislação nacional, tal é aceitável?
               Em que é que ficamos?
                Quantos pesos e medidas há?
                E, voltando aos camionistas, como qualificar – ainda segundo o relatado pelos OCS – a ida da GNR a casa de condutores para os obrigar a ir trabalhar?
                Mas alguém pode – no tal estado de direito democrático (torto e torcido) – obrigar alguém a ir trabalhar? Também se obriga uma pessoa em greve de fome a comer?
                Os camionistas, como outro qualquer cidadão, podem (e devem) ser punidos por infringir a lei, mas não conheço nenhuma pena, que obrigue a trabalhar, na hora.
                E que dizer do facto – também ele veiculado pelos OCS – das horas extraordinárias serem afinal “ordinárias”, o que leva a que seja corrente os motoristas (para ganharem mais uns trocos e as empresas para não contratarem pessoal), trabalharem 15 horas por dia?
                Então eles ganham subsídios por causa da perigosidade do trabalho que fazem e tornam-se (e tornam-nos) eles próprios, numa “matéria perigosa”? Um “accident waiting to happen”!?
                Ninguém deu conta disto até agora? Nem o novo “ajudante de motorista” Marcelo, quando na qualidade de PR, foi dar uma volta com um condutor, por acaso um dos mais aguerridos na luta?
                Não há aqui uma outra grande dose de hipocrisia?
               A greve, porém, morreu quando o Governo com a ajuda da Intersindical (isto é, o PCP) fez um acordo separado com os sindicatos de motoristas agrupados na FECTRANS, o que levou os motoristas do SNMMP a apelidarem-nos de “traidores”. Eles lá saberão porquê.[3]
               Não é por acaso que o PM Costa fez, em recente entrevista ao “Expresso”, um forte elogio ao PC (seus amigos de longa data) e “alma mater” do seu progenitor macho, chamando-lhes credíveis e fiáveis…
               Outro assunto que tem sido escamoteado é o papel das grandes empresas petrolíferas neste contexto, restando saber que eventuais recados terão enviado ao governo directa ou indirectamente, se é que algum. São conhecidos os lucros fabulosos que estas empresas têm na comercialização dos combustíveis (números de 2018 estimam receitas de cinco mil milhões de euros à saída das refinarias; a receita fabulosa para o Estado, em impostos ronda os 5.7 mil milhões de euros) e ainda os lucros das gasolineiras calculados em 700 milhões de euros, da qual apenas uma muito pequena parte vai para as empresas de transportes de combustíveis.
               Será por isso que a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) também elogiou o Governo nas medidas que tomou?
                Ou seja, os 200 euros de aumento salarial mensal que os motoristas (cerca de 700) pedem, escalonado por quatro anos (o que dá cerca de 490 mil euros anuais) são uma gota de água no meio deste oceano e a sua contribuição para o preço final do litro do combustível é negligenciável.
              Não seria razoável dividir os custos da actualização salarial, entre as entidades citadas, dadas as fracas margens de lucro das empresas de transporte?
                Mas seria um mau exemplo…
                Agora reflicta-se nos milhões de euros e inúmeros contratempos que a falta de entendimento neste âmbito e a actuação do governo, primeiro por falta de presença e depois em demagogia e brutalidade de actuação, já geraram? Não será isto uma insanidade maior? Tudo porque uns se zangaram e fazem birras e outros estão de olho nos votos dos cidadãos que naturalmente (?) não se importam de ser prejudicados quando vão trabalhar, mas ficam danados quando lhes tocam nas férias!
                Com uma maior hipocrisia por fundo, que é o do Governo dar uma de autoridade, quando pertencem ao grupo de forças políticas que mais fizeram para subverter qualquer conceito de autoridade, ordem, hierarquia, disciplina, etc., desde o famigerado 25/4/74, termos aliás, colocados no índex do discurso político e dos livros da escola.
                No fundo, no fundo, ninguém está preocupado com a justiça das coisas, mas em puxar a brasa à sua sardinha…
                Como é que, também por exemplo, se pode harmonizar a chamada sociedade civil se a nível do Estado, está tudo desarmonizado, a começar nos seus grandes pilares (cátedra, diplomacia, forças armadas, forças de segurança, magistratura) como o recente aumento (como é que se há - de qualificá-lo?) dos juízes, que chega a 700 euros a cabeça e fura o tecto salarial do Primeiro-Ministro – este sim um péssimo exemplo – sob ameaça de um sindicato que deveria ser ilegal existir (estamos a falar de um órgão de soberania) sendo este mais um exemplo ínvio do tortolho a que teimam apelidar de estado de direito democrático!?
                Se os juízes têm sindicatos porque é que os militares e os polícias não podem ter? Ora digam lá!
                O senhor PR em vez de enviar recados e recadinhos devia era tomar posições claras sobre o que é importante em vez de andar a tirar “selfies” com um suposto habitante de um “bairro problemático” (preso na semana seguinte, já é azar…), num claro exercício de demagogia “populista” – como ele gosta de chamar a outros - desrespeito pela autoridade e pelas forças policiais e aparente rebaixamento perante os poderes sitos em Luanda.
                Mas, para isso, como aliás previmos no primeiro artigo que escrevemos, após a sua tomada de posse faltam-lhe, provavelmente, uns dez centímetros.


                                                              João José Brandão Ferreira
                                                             Oficial Piloto Aviador (Ref.)




[1] ANTRAM – Associação Nacional dos Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias.
[2] Dados oficiais indicam que a GNR e a PSP asseguraram um total de transporte de 139 veículos pesados, tendo empenhado 158 elementos, ao passo que os militares fizeram 161 transportes num total de cinco milhões de litros, mas não indicaram os efectivos envolvidos.

[3] FECTRANS – Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações; SNMMP – Sindicato de Motoristas de Matérias Perigosas.

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