segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Um Exército em Colapso, um País em Colapso!



Um Exército em Colapso, um País em Colapso!
3/9/17

“Dai-nos Senhor, o que Vos sobra, aquilo que ninguém quer, nem sequer Vos pedem mas dai-nos, ao mesmo tempo, o valor, a vontade, a força e a fé que temperam a alma do soldado na grandeza da sua servidão”
Trecho retirado da “Prece” do militar das Operações Especiais.

O Exército – que há muitos anos está nas lonas – encontra-se agora à deriva desde o assunto mal resolvido da escolha do novo CEME (uma espécie de pecado original); do incidente nos Comandos - não tanto pela morte dos dois recrutas, mas mais pelo processo que se lhe seguiu; dos anteriores eventos no Colégio Militar, a que se deve ainda juntar a ultrapassagem na promoção do Major General Moura – assunto ainda não resolvido – as cabeçadas com a GNR, o seu Comandante e a MAI, mais a saída do anterior Presidente da Protecção Civil e a nomeação do actual – tudo peças do mais fino recorte! – para culminar no incrível “roubo” (?) dos paióis de Tancos e toda a sucessão de eventos que se lhe seguiram, dignos da mais apurada série do "Tom and Jerry"!
Agora até é acusado (o Exército!) – Vice - Presidente da Câmara “dixit” - de ser o culpado da má comida servida aos bombeiros nos fogos de Oleiros (ao menos podiam ter enviado as rações de combate importadas de… Espanha).
Já é azar!
                Falámos atrás do pecado original (enfim, tem havido tantos...), que situamos na substituição do anterior CEME General Jerónimo, que se demitiu, e que melhor teria servido a Nação se tivesse agarrado os colarinhos do ministro e, com ele a um palmo do solo, ter-lhe dito umas quantas à boa maneira pára-quedista…
                Ora após a sua saída, consta (repito, consta – quem pode e quiser que o confirme) que os restantes generais combinaram que ninguém iria aceitar o lugar – uma atitude que há muito devia ter já sido tomada - estou a lembrar-me, até, do tempo em que o General Loureiro dos Santos houve por bem abandonar a mesma função…
                Ora à última hora (por um processo alquímico que também se conhece mas que não vou expôr) o actual Comandante do Exército, terá roído a corda, acabando por ser nomeado.
                Tudo isto deu origem a um mal - estar terrível e a um ambiente de cortar à faca na cúpula da hoste que é suposto defender o país quando este estiver em perigo.
                E, de facto, o país tem sobre ele vulnerabilidades e ameaças grandes que os políticos escamoteiam (ou nem se apercebem) e a população nem suspeita. E a perspectiva é a de piorar não de melhorar…
                O mal - estar continua e o Exército está há meses com um Vice- Chefe à espera de arrumar as botas, o que acontecerá por dias, e sem Comandante Operacional e Comandante de Pessoal, há meses.
                Tudo somado representa a situação mais vergonhosa por que passa o Exército, desde a lamentável história do “Batalhão” em cuecas, em Nova Lisboa e a ocupação indecorosa de Omar, no norte de Moçambique, nos idos de 1974/5, a que não fica atrás a cerimónia de Juramento de Bandeira do Ralis, de punho fechado, com a presença do então CEME, um tal de Fabião, de triste memória!
                Enfim estes últimos eventos ainda têm a “desculpa” (?!) de se terem passado no tempo da javardice do PREC e do episódio mais vergonhoso de toda a História de Portugal que ficou conhecido como Descolonização…
                Olha-se para tudo isto com a maior irresponsabilidade e insensatez, fruto da vereda estreita, pedregosa e mal cheirosa, que leva ao precipício, em que este Regime da III República nos conduziu e colocou.
                A qual, para além dos defeitos e erros políticos, ideológicos e conceptuais que a enformam, nem sequer tem o menor cuidado com as pessoas que escolhe para a “servir” e continuar.
                Parafraseando o Almada,
              Abaixo isto.
              PIM!


                                                                                                              João José Brandão Ferreira
                                                                                                          Oficial Piloto Aviador

3 comentários:

  1. Mas que regime é este afinal?? https://portugalnonevoeiro.blogspot.pt/2017/08/que-regime-e-este-afinal.html

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  2. A prece não é dos militares de operações especiais !!! É um imitação grosseira da preçe universal dos paraquedistas escrita pelo aspirante Zirnheld (para da França Livre na segunda guerra mundial, morto atrás das linha inimigas no oasis de Kufra)

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  3. Caro camarada e acompanhante de alguns saltos civis na BA1 excelente e incisivo texto, apenas um pequeno reparo: a prece inicial é uma adulteração grosseira da do Aspirante Paraquedista Zirnheld , morto na 2 guerra e recitada no original há décadas nos Paraquefistas na sua versão original, obrigado Sérgio Silva / Sargento PQ

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