Um Exército em
Colapso, um País em Colapso!
3/9/17
“Dai-nos
Senhor, o que Vos sobra, aquilo que ninguém quer, nem sequer Vos pedem mas
dai-nos, ao mesmo tempo, o valor, a vontade, a força e a fé que temperam a alma
do soldado na grandeza da sua servidão”
Trecho retirado
da “Prece” do militar das Operações Especiais.
O Exército –
que há muitos anos está nas lonas – encontra-se agora à deriva desde o assunto
mal resolvido da escolha do novo CEME (uma espécie de pecado original); do
incidente nos Comandos - não tanto pela morte dos dois recrutas, mas mais pelo
processo que se lhe seguiu; dos anteriores eventos no Colégio Militar, a que se
deve ainda juntar a ultrapassagem na promoção do Major General Moura – assunto
ainda não resolvido – as cabeçadas com a GNR, o seu Comandante e a MAI, mais a
saída do anterior Presidente da Protecção Civil e a nomeação do actual – tudo
peças do mais fino recorte! – para culminar no incrível “roubo” (?) dos paióis
de Tancos e toda a sucessão de eventos que se lhe seguiram, dignos da mais
apurada série do "Tom and Jerry"!
Agora até é
acusado (o Exército!) – Vice - Presidente da Câmara “dixit” - de ser o culpado
da má comida servida aos bombeiros nos fogos de Oleiros (ao menos podiam ter
enviado as rações de combate importadas de… Espanha).
Já é azar!
Falámos
atrás do pecado original (enfim, tem havido tantos...), que situamos na
substituição do anterior CEME General Jerónimo, que se demitiu, e que melhor
teria servido a Nação se tivesse agarrado os colarinhos do ministro e, com ele
a um palmo do solo, ter-lhe dito umas quantas à boa maneira pára-quedista…
Ora
após a sua saída, consta (repito, consta – quem pode e quiser que o confirme)
que os restantes generais combinaram que ninguém iria aceitar o lugar – uma
atitude que há muito devia ter já sido tomada - estou a lembrar-me, até, do
tempo em que o General Loureiro dos Santos houve por bem abandonar a mesma
função…
Ora
à última hora (por um processo alquímico que também se conhece mas que não vou
expôr) o actual Comandante do Exército, terá roído a corda, acabando por ser
nomeado.
Tudo
isto deu origem a um mal - estar terrível e a um ambiente de cortar à faca na cúpula
da hoste que é suposto defender o país quando este estiver em perigo.
E,
de facto, o país tem sobre ele vulnerabilidades e ameaças grandes que os
políticos escamoteiam (ou nem se apercebem) e a população nem suspeita. E a
perspectiva é a de piorar não de melhorar…
O
mal - estar continua e o Exército está há meses com um Vice- Chefe à espera de
arrumar as botas, o que acontecerá por dias, e sem Comandante Operacional e Comandante
de Pessoal, há meses.
Tudo
somado representa a situação mais vergonhosa por que passa o Exército, desde a
lamentável história do “Batalhão” em cuecas, em Nova Lisboa e a ocupação
indecorosa de Omar, no norte de Moçambique, nos idos de 1974/5, a que não fica
atrás a cerimónia de Juramento de Bandeira do Ralis, de punho fechado, com a
presença do então CEME, um tal de Fabião, de triste memória!
Enfim
estes últimos eventos ainda têm a “desculpa” (?!) de se terem passado no tempo
da javardice do PREC e do episódio mais vergonhoso de toda a História de
Portugal que ficou conhecido como Descolonização…
Olha-se
para tudo isto com a maior irresponsabilidade e insensatez, fruto da vereda
estreita, pedregosa e mal cheirosa, que leva ao precipício, em que este Regime
da III República nos conduziu e colocou.
A
qual, para além dos defeitos e erros políticos, ideológicos e conceptuais que a
enformam, nem sequer tem o menor cuidado com as pessoas que escolhe para a
“servir” e continuar.
Parafraseando
o Almada,
Abaixo isto.
PIM!
João
José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador
Mas que regime é este afinal?? https://portugalnonevoeiro.blogspot.pt/2017/08/que-regime-e-este-afinal.html
ResponderEliminarA prece não é dos militares de operações especiais !!! É um imitação grosseira da preçe universal dos paraquedistas escrita pelo aspirante Zirnheld (para da França Livre na segunda guerra mundial, morto atrás das linha inimigas no oasis de Kufra)
ResponderEliminarCaro camarada e acompanhante de alguns saltos civis na BA1 excelente e incisivo texto, apenas um pequeno reparo: a prece inicial é uma adulteração grosseira da do Aspirante Paraquedista Zirnheld , morto na 2 guerra e recitada no original há décadas nos Paraquefistas na sua versão original, obrigado Sérgio Silva / Sargento PQ
ResponderEliminar