Esta
interessante obra, publicada em Fevereiro de 2014 pela Editora Apeiron, tem,
entre outros, o mérito de nos
alertar para a importância do
Arquipélago das Selvagens e para os
interesses alheios que este suscita.
Descoberto
no século XV pelos navegadores portugueses, localizado a cerca de 160 milhas a
sul do Funchal, nos 30º de latitude sul, este pequeno arquipélago tem uma
superficie total de cerca de 2,73 Km2, e
em termos administrativos faz parte da freguesia da Sé, concelho do Funchal.
Contudo, a proximidade das Canárias, a cerca de 90 milhas, e a circunstância de
estar normalmente desabitado tornaram-no visita frequente de caçadores e
pescadores espanhóis. Propriedade privada de uma familia residente na Madeira,
acabou por ser adquirido pelo Estado que ali criou em 1971 uma reserva natural,
e mais tarde, em 1977, construiu um farol no cimo da ilha Selvagem Grande, a
163 metros de altura.
Com 79
páginas, em formato A5, o livro em apreço abre com um preâmbulo de Dulce
Abalada a que se seguem dois interessantes textos pouco conhecidos, “O
Arquipélago das Selvagens”, por Ernesto de Vasconcellos, de 1917, e “Trabalhos
Geográficos nas Ilhas Selvagens”, um manuscrito muito reservado de Gago Coutinho, de 1929. Em ambos os textos se
assinala a importância de firmar a soberania nacional, designadamente através
da construção de um farol. Seguem-se os fac-similes
das notas verbais de 2013, enviadas às Nações Unidas pela Espanha, em 5 de
Julho, e por Portugal, em 6 de Setembro, a respeito das Selvagens e da polémica
de serem rochedos ou ilhas, e as implicações disto na definição da ZEE e na
extensão da plataforma continental.Num oportuno texto “A Espanha, as Selvagens, Olivença, etc.” o Cor. Brandão Ferreira, nosso estimado assinante, na excelente prosa a que nos acostumou, alerta-nos para o facto dos nuestros hermanos, na nota verbal de 5 de Julho terem tido um procedimento nada fraternal, pois o seu envio não foi precedido de nenhum contacto prévio, como seria de esperar entre nações vizinhas e amigas. O livro encerra com o curioso texto “Pensamentos espoletados pelas Ilhas Selvagens”, de Rainer Daehnhardt, também nosso assinante, que nos alerta para as imprecisões, designadamente erros de tradução e ilustrações fantasiosas, que muitas vezes se encontram nas cartas e mapas antigos, designadamente desta área.
Este livro
está à venda no circuito comercial das livrarias, com um preço de capa de
10,20€. Está também à venda na livraria online
das Edições Apeiron, tel 28 243 2173, e-mail apeiron.edicoes@gmail.com, endereço postal Rua Mª Eugénia Silva Horta, lote nº
3 3º G Edificio Sol, Alto Quintão 8500-833 Portimão.
"alerta-nos para o facto dos nuestros hermanos"
ResponderEliminarSr. Tenente-Coronel, esta expressão de índole iberista propagandeada aos sete ventos pelos traidores de Abril já fede.
Os castelhanos, há que chama-los pelo nome, não há espanhóis, isso é uma invenção do imperialismo castelhano é bem que se diga, como dizia, os castelhanos são na melhor das hipóteses vizinhos, na maior parte do tempo maus vizinhos, diga-se de passagem, quando não se transformam em inimigos.
Chamar-lhe irmãos é deprimente e insultuoso para Portugueses patriotas e conhecedores da nossa história.
Irmãos são os povos com quem temos laços culturais e linguísticos, Brasil, Palop's e Timor.
Chamar a esta tropa castelhana de irmãos, é desbaratar e desrespeitar a memória de milhares de Portugueses que tombaram para que hoje em possa escrever e exprimir-me em Português.
Em relação às desertas uma boa forma de aumentar a nossa soberania para além do farol e dos dois guardas que lá estão é criar lá um centro de estudo da vida marinha e da avifauna, e mandar para lá meia dúzia de biólogos por ano nem que seja para fazer estágios.
Porque criar lá um assentamento não é viável, se bem que há lá uma casa que é habitada sazonalmente por locais da madeira.
Cordiais cumprimentos.
E temos ainda o caso de Olivença, onde se manipulam as palavras de modo flagrante.
ResponderEliminarCordiais cumprimentos