Não era uma figura querida dos próceres do actual regime
político. O sentimento seria, aliás, mútuo.
Por isso o seu passamento quedou-se despercebido e praticamente
ignorado em quase todos os órgãos de comunicação e nenhuma referência oficial
lhe foi feita.
É lamentável que assim tenha sucedido sendo de salientar,
também, o silêncio que se ouviu por parte das FA, nomeadamente o Exército.
O General Silvino Silvério Marques (SSM) goste-se ou não,
ganhou jús a pertencer e a ter lugar na História de Portugal. E não a
deslustrou.
O mesmo já não se pode dizer de outros que se elevaram, ou
foram elevados a pedestais a que não têm direito e a que muitos prestam homenagem
e vassalagem.
SSM foi um notável militar e político e um importante
personagem do “Portugal Universal”. Daquele Portugal que acreditava ter uma
missão no mundo, mais espiritual que material e que o ultrapassava, pois
representava uma espécie de transcendência na Terra.
SSM era um Aristocrata, pelo carácter, pelo saber, pelo
porte, pela distinção pela coragem e pelo patriotismo.
SSM não cabia neste quintal europeu e muito menos na
chafurdice da actual União, que nos tolhe e aliena e nos está a empurrar para
as grilhetas da escravidão.
Sabendo-o merecedor de melhor sorte, libertou-o Deus,
chamando-o a Si.
Nascido na Nazaré SSM foi, sem qualquer dúvida, um dos
últimos Grão – Capitães, descendente daquela plêiade que pôs pé em Ceuta, em
1415, que chegou ao Japão, em 1543 e se bateu desde então, para que uma certa
Ideia de Portugal perdurasse.
A Ideia era boa e justa, pois
representava um ideal moral e ético de Humanidade.
SSM acreditou e lutou por este
ideal e não o traíu.
SSM nunca virou a casaca do avesso,
não tergiversou e não colocou a sua dignidade à venda.
Por isso merece o respeito e
consideração, mesmo dos que discordavam daquilo que defendia.
Da segunda vez que foi Governador
– Geral de Angola, ao tentar evitar o descalabro do rumo que a “Descolonização”
levava, tiraram-lhe o lugar pouco mais de um mês depois de tomar posse…[1]
Em toda a sua vida manteve-se
cordato e firme.
Lembro, por ex., a sua saída
silenciosa e elegante, passando à frente da tribuna, ao abandonar o local (em
protesto), quando o então PR Mário Soares falava durante a inauguração do
monumento aos combatentes do Ultramar, em Pedrouços.
Contam-se pelos dedos os
militares que tiveram a coragem de actos semelhantes, nas últimas décadas…
Ou, ainda, as polémicas,
igualmente elegantes, que manteve com o conhecido Dr. Almeida Santos, sobre os
últimos e dramáticos acontecimentos ocorridos no ex-Ultramar Português.
Enfim, a mesquinhez dos homens e
a cegueira ideológica trituram tudo…
E, deste modo, o país vai
destruindo os seus melhores.
Um dia, estamos confiantes, tudo
mudará e a justa homenagem a Homens de valor e Portugueses com maiúscula, será
feita.
E aleijados morais, traidores,
desertores e antipatriotas, serão relegados para o lixo da História.
A minha homenagem, porém, fica
desde já aqui expressa.
Meu General, às suas ordens!
[1] Tomou posse a 11/6/1974 e foi exonerado no fim do mês seguinte. Foi um notável Governador entre 1962 e 1966. Anteriormente tinha sido Governador de Cabo Verde, entre 1958 e 1962.
DESCANSE EM PAZ, SENHOR GENERAL... CUMPRIU BEM AS MISSÕES DE QUE FOI IMCUMBIDO!!!!
ResponderEliminarDESCANSE EM PAZ SENHOR GENERAL! CUMPRIU BEM AS MISSÕES DE QUE FOI INCUMBIDO!
ResponderEliminarDESCANSE EM PAZ SENHOR GENERAL! CUMPRIU BEM AS MISSÕES DE QUE FOI INCUMBIDO!
ResponderEliminarUm patriota de Minho a Timor!! Que Deus o guarde!!
ResponderEliminarGonçalo Godinho
O Exmº Senhor General Silvino Silvério Marques Ilustre militar, heróico Lusitano, merece ser contemplado pois soube honrar a sua Pátria. Que DFeus o tenha recebido na sua Santa Paz. Condolências sentidas à sua família.
ResponderEliminarHoje já faz 3 anos q partiu..... Tenho mts saudades dele. Vasco Silvério Marques
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