Atribui-se ao antigo Ministro da Defesa, General Santos Costa, que goza fama de figura proba e competente, a seguinte frase: “A lei? A lei está na ponta da minha caneta…”[1]
Cabe aqui dizer, como curiosidade, que por uma qualquer idiossincrasia – e nem sequer sabemos se era do “Sporting” – o ministro escrevia com tinta permanente verde.
E, de facto, assim é, a lei sai da ponta da caneta do legislador, enfim, quando estes sabiam escrever em bom português e não necessitavam recorrer a paletes de bacharéis em Direito.
Ou seja, a lei sai da caneta, nem que seja só a assinatura, de quem está investido do poder para tal, independentemente do sistema político ou da ideologia vigente.
Os políticos que servem o sistema e ideologia em curso decidiram gastar tudo o que os anteriores deixaram (e era muito); destruíram grande parte das estruturas existentes decretaram que estava tudo mal, agora é que vai ser, etc.; declararam “urbi et orbi” que todos nós tinham direito a tudo (e dever a nada) – embora se viesse a verificar que só muito poucos passaram a ter direito a quase tudo – e prometeram o sol e o seu ocaso.
A partir de 1986 passaram a alienar, sempre com a maior ufania, a soberania de toda a Nação (explicando pouco, intrujando muito e perguntando nada) para algumas organizações internacionais existentes, afirmando estouvadamente, que caminhávamos para a paz e a concórdia no planeta, pelo menos na área onde nos passámos a inserir…
No meio de tudo isto “esqueceram-se” de três coisas fundamentais, a primeira sendo a de criar riqueza que pudesse sustentar tão filantrópicas e utópicas imbecilidades; depois olvidaram-se de que as relações internacionais são ditadas pelas realidades geopolíticas e o
Poder real de cada actor. E, por último, enganaram-se nas características da natureza humana (onde flui, em permanência, a dicotomia entre o “Bem e o Mal”) e que se pode consubstanciar na frase – apesar de tudo benévola – de que “os homens não são santos, embora haja santos entre os homens”.
Poder real de cada actor. E, por último, enganaram-se nas características da natureza humana (onde flui, em permanência, a dicotomia entre o “Bem e o Mal”) e que se pode consubstanciar na frase – apesar de tudo benévola – de que “os homens não são santos, embora haja santos entre os homens”.
Como se conseguiu manter este teatro em cena, durante tanto tempo? Pois, basicamente, com muita demagogia, subsídios, circo e mentiras.
E, claro, pedindo dinheiro emprestado.
Quando já não se podia mais, tapar o sol com a peneira, o palco colapsou e descobriu-se:
- Que a dívida era astronómica (sem ninguém ter dado por ela e ninguém saber, exactamente, a quanto importa) e, ao contrário do que uns iludidos dizem, ou pensam, é impagável;
- Que deixámos de contar, seja para o que for, na cena internacional, ninguém nos respeita (a começar pelas autoridades angolanas…);
- Que passámos a protectorado, a caminho de ser rapidamente uma colónia (no pior sentido do termo);
- Que, internamente estão todos baralhados, divididos e perdidos como povo.
S. Exas, os políticos que causaram tudo isto, a maioria dos quais continua por aí, agora a cavalgar a onda da indignação, sem que, um único tivesse ainda assumido qualquer responsabilidade na catástrofe onde estamos mergulhados; e apenas dois ou três estão presos, seguramente por pouco tempo.
Estes mesmos resolveram ainda, injectar parte do dinheiro dos nossos impostos e do que continuam a pedir emprestado, nalguns dos principais co - responsáveis, nesta trama funesta: o sistema financeiro. E sem contrapartidas que se vissem, ou emendas nas “regras”.
Em síntese, já fecharam milhares de empresas, em todo o país, mas nenhum banco. E disseram à população que era ela que tinha, agora, que suportar as despesas e pagar tudo.
Sim, tudo, pois “por cima” quase nada foi cortado ou restringido, chegando-se ao ponto do próprio PR – num dos muitos deslizes de linguagem em que é recorrente – se vir queixar da reforma que tinha (estando no activo…).
Os órgãos ditos de soberania – que, a piorar as coisas, não dão exemplo de nada e só têm catarro com os mais pobres e desprotegidos – além de porfiarem nas mentiras e enganos e fazerem tudo ao contrário dos manifestos eleitorais com que se apresentam ao eleitorado, desatam a lançar impostos de escravatura e a confiscar os bens financeiros dos cidadãos, unilateralmente, de uma forma despótica e tirânica![2]
Se isto é um estado de direito democrático, então eu sou uma acompanhante de luxo!
O país virou o “farwest” onde uma cáfila de bandidos assalta as casas e as diligências sem haver “rangers” ou “sheriff” que lhes faça frente…
Vou terminar com um caso e umas perguntas. Favor tomar isto seriamente que a coisa é muito séria.
A todos os militares que tinham direito ao complemento de reforma, consignado na lei e devidamente sustentado, foi – lhes retirado de um mês para o outro.
As Direcções de Finanças dos Ramos informaram por carta, ilegível, as razões do esbulho que não é mais do que a enumeração da engenharia jurídica, que mandava cortar sucessivas parcelas até que o resultado da soma liquidasse a totalidade do que era auferido.
A lata e a desfaçatez com que tudo isto se passa é inaudita e sem sequer um lamento por parte da tutela.
As perguntas que deixo são as seguintes: porque é que já nos confiscaram 30 ou 40% dos réditos e não o fazem a 70 ou, até, 100%?
O que os separa de, supletiva ou complementarmente, nos surripiarem a casa, o carro, ou qualquer outro bem que estimem possa “amansar” a insaciável “Troika” ou juros dos mercados?
O que os separa de, por ex., mandarem transportar todos os idosos acima dos 70 anos para a Serra da Estrela e abandoná-los acima da cota 1400, com a desculpa de que é necessário dar alimento aos grifos e águias-reais que estão em perigo de extinção?
Ou mandar aplicar uma injecção letal a todos os alienados mentais (definição precisa-se…) e deficientes profundos, para aliviar o Serviço Nacional de Saúde? Sim o que os impede?
Alguém se atreve a responder?
Não venham dizer que são conceitos morais, que os impedirão de tal decretarem, pois já verificámos que a Moral é um conceito tido por caduco e de aplicação relativa! Pois se tivessem moral e vergonha na cara, em primeiro lugar, não tinham feito o que fizeram e não estávamos agora exangues de tudo!
Infelizmente só irão parar quando baterem num muro ou verificarem que têm mais a perder do que a ganhar (ou uma espada apontada ao peito).
O grau de diferença entre o Ministro Santos Costa e os de agora não está na ponta da caneta nem na cor da tinta; está sim, na honestidade, no patriotismo, na competência e na recta intenção.
Podem passar a vida a inventar desculpas e a gastar o termo democracia, que se faltar o atrás apontado, nada se construirá e não há Democracia que resista.
Declaro-me em estado de revolta contra este Estado e estes políticos.
[1] Santos Costa veio para o Governo, ainda capitão, em 1936, para o cargo de Subsecretário de Estado da Defesa, só saindo 22 anos depois, em 1958, Coronel e Ministro da mesma pasta. Foi frequentar o curso de altos comandos.
[2] Durante séculos, em Portugal, o lançamento de impostos tinham de ser autorizados em Cortes Gerais, onde estavam representados os “Três Braços do Reino”…
Sr. Tenente-Coronel,
ResponderEliminarCompreendo a sua posição. Mas que fazer?
Com soberania perdida; leis injustas; governo sem autoridade: uma oligarquia doentia e endémica; PR moral e eticamente “anulado”; sociedade civil “adormecida” (lobotomizada); clero modernista e apóstata; ensino escolar fundado no erro e na mentira; no relativismo e no liberalismo.
Continuamos (país) a assassinar impunemente milhares de crianças no ventre das mães.
Parece termos “encontrado” um momento: um momento histórico. Um momento de não retorno.
Se o momento exige uma decisão, esta, encontra resposta na consciência de cada um.
Assim, digo:
lex esse non videtur quae iusta non fuerit. [S.Agostinho, De Libero Arbitrio 1.5.11] não se tem por lei a que não é justa, ademais, lex non obligat subditos in foro conscientiae, nisi sit iusta. [S.Tomás de Aquino] a lei só obriga aos subordinados no foro da consciência, se é justa, daqui decorre que a acção (a tomar, futuramente …) se deve fundar na consciência recta tendo esta por lei: a lei natural, a lei positiva revelação por Deus a Moisés e, por último, a lei da Graça aperfeiçoada por Nosso Rei Eterno, Jesus Cristo.
É costume dizer que a água não passa duas vezes debaixo da mesma ponte, mas creio que a Reconquista levada a cabo por El-Rei D. Afonso Henriques terá paralelo no momento presente. A saber: romper com a EU e “passar à espada” estes infiéis que nos governam. E isto, antes que se verifique a inssurreição geral da população (já com indícios de sublevação, falta apenas o líder e o mártir, para a sua ignição), pois teria consquências piores que a transição operada pela, eventual, iniciativa da Reconquista.
Quem temos no poder? Maçons e outros perdidos sem moral objectiva, logo, sem escrúpulos para responderem afirmativamente às questões que o Sr. TCOR formula no texto.
A minha decisão foi tomada a 23 de Maio de 2012. Aguardo pelo momento oportuno para a Reconquista. E claro, como militarem sine duce turbam corpus esse sine spiritu [uma tropa sem comandante é um corpo sem alma], aguardo pelo líder para esta empresa.
Parabéns pelo seu discernimento e coragem,
PAX
Rui Machado
TCOR
Sr. Tenente-Coronel,
ResponderEliminarCompreendo a sua posição. Mas que fazer?
Com soberania perdida; leis injustas; governo sem autoridade: uma oligarquia doentia e endémica; PR moral e eticamente “anulado”; sociedade civil “adormecida” (lobotomizada); clero modernista e apóstata; ensino escolar fundado no erro e na mentira; no relativismo e no liberalismo.
Continuamos (país) a assassinar impunemente milhares de crianças no ventre das mães.
Parece termos “encontrado” um momento: um momento histórico. Um momento de não retorno.
Se o momento exige uma decisão, esta, encontra resposta na consciência de cada um.
Assim, digo:
lex esse non videtur quae iusta non fuerit. [S.Agostinho, De Libero Arbitrio 1.5.11] não se tem por lei a que não é justa, ademais, lex non obligat subditos in foro conscientiae, nisi sit iusta. [S.Tomás de Aquino] a lei só obriga aos subordinados no foro da consciência, se é justa, daqui decorre que a acção (a tomar, futuramente …) se deve fundar na consciência recta tendo esta por lei: a lei natural, a lei positiva revelação por Deus a Moisés e, por último, a lei da Graça aperfeiçoada por Nosso Rei Eterno, Jesus Cristo.
É costume dizer que a água não passa duas vezes debaixo da mesma ponte, mas creio que a Reconquista levada a cabo por El-Rei D. Afonso Henriques terá paralelo no momento presente. A saber: romper com a EU e “passar à espada” estes infiéis que nos governam. E isto, antes que se verifique a inssurreição geral da população (já com indícios de sublevação, falta apenas o líder e o mártir, para a sua ignição), pois teria consquências piores que a transição operada pela, eventual, iniciativa da Reconquista.
Quem temos no poder? Maçons e outros perdidos sem moral objectiva, logo, sem escrúpulos para responderem afirmativamente às questões que o Sr. TCOR formula no texto.
A minha decisão foi tomada a 23 de Maio de 2012. Aguardo pelo momento oportuno para a Reconquista. E claro, como militarem sine duce turbam corpus esse sine spiritu [uma tropa sem comandante é um corpo sem alma], aguardo pelo líder para esta empresa.
Parabéns pelo seu discernimento e coragem,
PAX
Rui Machado
TCOR
Sr. Tenente-Coronel,
ResponderEliminarCompreendo a sua posição. Mas que fazer?
Com soberania perdida; leis injustas; governo sem autoridade: uma oligarquia doentia e endémica; PR moral e eticamente “anulado”; sociedade civil “adormecida” (lobotomizada); clero modernista e apóstata; ensino escolar fundado no erro e na mentira; no relativismo e no liberalismo.
Continuamos (país) a assassinar impunemente milhares de crianças no ventre das mães.
Parece termos “encontrado” um momento: um momento histórico. Um momento de não retorno.
Se o momento exige uma decisão, esta, encontra resposta na consciência de cada um.
Assim, digo:
lex esse non videtur quae iusta non fuerit. [S.Agostinho, De Libero Arbitrio 1.5.11] não se tem por lei a que não é justa, ademais, lex non obligat subditos in foro conscientiae, nisi sit iusta. [S.Tomás de Aquino] a lei só obriga aos subordinados no foro da consciência, se é justa, daqui decorre que a acção (a tomar, futuramente …) se deve fundar na consciência recta tendo esta por lei: a lei natural, a lei positiva revelação por Deus a Moisés e, por último, a lei da Graça aperfeiçoada por Nosso Rei Eterno, Jesus Cristo.
É costume dizer que a água não passa duas vezes debaixo da mesma ponte, mas creio que a Reconquista levada a cabo por El-Rei D. Afonso Henriques terá paralelo no momento presente. A saber: romper com a EU e “passar à espada” estes infiéis que nos governam. E isto, antes que se verifique a inssurreição geral da população (já com indícios de sublevação, falta apenas o líder e o mártir, para a sua ignição), pois teria consquências piores que a transição operada pela, eventual, iniciativa da Reconquista.
Quem temos no poder? Maçons e outros perdidos sem moral objectiva, logo, sem escrúpulos para responderem afirmativamente às questões que o Sr. TCOR formula no texto.
A minha decisão foi tomada a 23 de Maio de 2012. Aguardo pelo momento oportuno para a Reconquista. E claro, como militarem sine duce turbam corpus esse sine spiritu [uma tropa sem comandante é um corpo sem alma], aguardo pelo líder para esta empresa.
Parabéns pelo seu discernimento e coragem,
PAX
Rui Machado
TCOR
Sem dúvida que algo terá de acontecer ou seremos reduzidos a pó.A somar à maçonaria que parece dominar o parlamento(e não só)temos uma grande dose de advogados a defender os interesses dos tubarões,resumindo;a corrupção domina.Ouçam bem o sr Paulo De Morais.
ResponderEliminarO circo continua enquanto deixarmos o regabophe dos partidos políticos, do seu clientelismo instalado e enquanto permitirmos a promiscuidade entre interesses económicos privados e Estado.
ResponderEliminarGestores que ficam em empresas públicas para arruinar o Estado, depois regressam ao privado e são promovidos pelo enriquecimento que causaram às empresas privadas pela gestão danosa dos dinheiros públicos que fizeram enquanto estavam ao serviço do Estado (veja-se o caso dos gestores swoops)
O problema é que está a governar não são cidadãos independentes, isentos e imparciais! Quem são propostos nas eleições são candidatos bem aregimentados! São meninos das juventudes partidárias, que ficaram "na sombra" uns aninhos, com cursos comprados e que querem misturar-se com tudo e mais alguém, sem qualquer sentido de Estado ou de dever para com a comunidade! Isto é liberdade de escolha, isto é exercício democraticamente responsável???
O nosso país tem talento, mas é forçado a partir para outras paragens porque grande parte das vezes vê-se preterido perante os boys! Veja-se o recente concursos à carreira diplomática, onde mais uma vez a obscuridade é um mecanismo para os boys entrarem.
Eu não vejo democracia nisto, eu vejo pelo contrário um atentado à democracia.
Falar mais para quê? Falar sobre um presidente que finge que as inconstitucionalidades sucessivas deste governo não é assunto com ele? Falar dum governo que quer continuar a aplicar (ou aumentar!) a receita para mais um mandato???
Isto tem que parar porra! Daqui a nada já se fazem rolos de papel higiénico com a Constituição!
Enquanto alguns andam a brincar à entrega de medalhas e a paradas,fingindo que ainda temos soberania,outros preferem manobrar as coisas em segredo agora tipo gato escondido com o rabo de fora http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2013/06/09/paulo-portas-e-antonio-jose-seguro-estiveram-no-clube-de-bilderberg até este ano não diziam uma virgula sobre bilderberg,o que significará esta reportagem?Será abertura ou confiança completa em que ninguém os vai deter?
ResponderEliminarSr. TCOR, na verdade o Sr. constata o que os eleitos comunistas há muito vêm denunciando e muito têm lutado contra estes miseráveis que estão no poder de forma democrática - afinal eles foram escolhidos pelo povo, mas... o povo que os elegeu vive na maior das ignorâncias políticas e outras, daí a escola pública ter sido levada ao estado em que está, manter os ignorantes ignorantes, daí a luta dos professores e dos outros. De facto temos de apear estes criminosos que tomaram conta do poder e enviá-los a tribunal, mas não com as leis que eles fizeram para se protegerem.
ResponderEliminarUm abraço.