terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Vídeo sobre DIU

 "Pouco se fala hoje em dia nestas coisas, mas é bom que, para a preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

      Vice- Comodoro Barata da Silva

Ainda sobre o video relativo a Diu:
  O video tem uma incorrecção relativa à guarnição da Lancha Vega já que aquela era de oito elementos e não três.
   O seu Comandante (não referido) foi o heróico 2º Tenente Oliveira e Carmo, condecorado a título póstumo, com a Ordem da Torre e Espada, do Valor , Lealdade e Mérito, e promovido por distinção, a Capitão Tenente.
   Com ele morreram em combate com a aviação indiana, o marinheiro artilheiro António Ferreira e o cabo artilheiro Aníbal Jardino; ficaram feridos o marinheiro telegrafista António Bagun e o Grumete artilheiro Venâncio dos Ramos. Os feridos juntamente com os restantes três membros, o marinheiro fogueiro Armando da Silva,marinheiro electrecista Francisco de Freitas e marinheiro fogueiro António Nobre, que conseguiram nadar até terra, salvando-se.
    Em terra o Major do Corpo de Estado-Maior Fernando de Almeida e Vasconcelos, Governador do Distrito e Comandante do Agrupamento "António da Silveira" (não era por acaso...), que juntava as poucas forças militares existentes - uma companhia de caçadores e uma bataria de artilharia equipados com armamento quase todo obsoleto - (cerca de 350 H, incluindo polícia) no pequeno território (36,5 km2 e cerca de 19.000 habitantes - censo de 1940) pequeno em extensão mas grande na alma, deram luta ao invasor, muitíssimo superior em homens, armamento e meios, causando-lhe um número indeterminado de baixas (mas foram muitas), que as autoridades indianas não se atreveram a revelar até hoje. As forças terrestres portuguesas não sofreram baixas e renderam-se 36 horas depois do início da agressão, por ordem do Governador General Vassalo e Silva.
    Os Governos Portugueses nunca aceitaram ou reconheceram a vergonhosa ocupação militar do Estado da Índia, que chegou a ser condenada pelo Conselho de Segurança da ONU (a que a URSS após o seu veto) e manteve a luta pela retrocessão do que era português e tinha sido esbulhado. E onde não assistia à União Indiana - Um país algo artificial recém independentizado, em 1947 - a mais ínfima das razões.
   Mas em dezembro de 1974, no meio do caos político, social e moral que percorreu o país após o 25/4/74, um ministro dos Negócios Estrangeiros, de seu nome Mário Soares, encontrando-se com o seu homónimo indiano, em Nova York, numa reunião da inqualificável ONU, resolveu - sem estar mandatado para o fazer - oferecer ao "monhé" o reconhecimento oficial da infâmia. E na sequência, um dementado governo português reconheceu oficialmente a escabrosa invasão, em 5 de Abril do ano seguinte, através do Decreto nº 206/75. E ainda se enganaram (propositadamente?) fazendo publicar inicialmente a data como referida ao ano de 1973...
   Deste modo perdemos todos os direitos e legitimidade que possuíamos e eram irrefragáveis!
   Bem diz um entrevistado no documentário que, e cito "o povo português era bom; o povo português tinha razão". Não se pode ser mais claro.
   E, hoje em dia, o Estado Português nada faz para preservar a nossa herança cultural e património material que deixámos nos antigos territórios de Goa, Damão e Diu e enclave de Dadrá e Nagar Aveli (como agora se está a assistir relativamente á intenção de demolir uma Igreja portuguesa com mais de 400 anos, para se construir um centro comercial), que se encontram ao Deus dará, promovido pelos miseráveis ocupantes. Que agora se entretêm tb com a conivência do actual e anterior governo, em nos impingirem imigrantes ilegais às dezenas de milhar, que em breve serão milhões...
   Transformámo-nos num país completamente desqualificado.
   Dignidade precisa-se.
   Brandão F.

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