segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Diu, na Índia, como era e como é

 Abaixo encontra-se uma reportagem da jornalista, Sandra Felgueiras, cuja data ignoro, mas creio recente, sobre Diu, território que fez parte do antigo Estado da Índia Portuguesa, ocupado militarmente, com infâmia, pelas tropas da União Indiana, em 18 de Dezembro de 1961. Que sejam malditos para sempre!

    As imagens falam por si - e a saudade também - mas a memória da História está a esvair-se da mente da Nação dos Portugueses.
    A reportagem tem um pequeno erro, ao dizer que o comandante da lancha Vega, da Armada Nacional, defendeu a ilha/Fortaleza com mais três homens. De facto a guarnição da lancha, da classe "Antares", armada com uma metralhadora de 20 m/m, tinha mais sete homens, para além do seu comandante o Segundo Tenente Jorge Manuel Catalão de Oliveira e Carmo, morto em combate, em termos de glória militar, que lhe valeu ser condecorado com a Medalha da Torre e Espada e a promoção por distinção a Capitão -Tenente.
     Com ele estiveram o Marinheiro Artilheiro António Ferreira e o Cabo Artilheiro Aníbal dos Santos Fernandes Jardino, também mortos em combate; os Marinheiro Telegrafista António Costa Baguim e Grumete Artilheiro Venâncio dos Reis, feridos em combate e os sobreviventes da luta travada, Marinheiros Fogueiro Armando Cardoso da Silva e António da Silva Nobre e Marinheiro Eletricista Francisco Mendes de Freitas, que foram recolhidos do mar.
     As forças do Exército, comandadas pelo Major do CEM Fernando de Almeida Vasconcelos também lutaram com bravura e foram dignos das melhores tradições militares portuguesas, no Oriente, tendo causado aos invasores indianos (que sejam para sempre malditos) um número elevado de baixas, que eles até hoje, não se atreveram a revelar.
     Todos estes nossos militares não deslustraram, pelo seu comportamento, o notável Vice-Rei D. João de Castro que disse para seu filho enviado em socorro da praça, em 1546: "Por cada pedra daquela fortaleza arriscaria um filho... Eu vos ponho no caminho da Honra, está agora em vós ganhá-la".
     Os destroços da lancha Vega e os corpos dos seus marinheiros mortos neste combate singular com a aviação indiana, jazem no fundo das águas do Golfo da Cambaia, como o de tantos outros que ajudaram a salgar o Mar com lágrimas portuguesas. Mas devem ser recordados para todo o sempre.
     Ao passo que o pérfido Governo Indiano que cobarde e traiçoeiramente nos atacou, sem qualquer razão válida que se descubra, e à revelia do próprio Direito Internacional - e a quem os apoiou - devem ficar para a História como uma "refinadíssima cambada de filhos de puta"! Não há que poupar nos termos.
     Em Honra da Guarnição da lancha Vega e do seu extraordinário comandante, "APRESENTAR ARMAS!"
     A Nação e o Estado Português tem de ter memória colectiva e não perder a vergonha na cara.

                   Brandão Ferreira 
                 Oficial Piloto Aviador (ref.)




PS. Abaixo tb foto da lancha Vega e do Capitão Tenente Oliveira e Carmo
PS. A frase em baixo, não é minha, mas mantenho e subscrevo.








Como se dizia quando eu era garoto: "Os sinos da Velha Goa e as bombardas de Diu serão sempre portugueses".
Que vergonha...

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