FECHEM O PAÍS?!
11/11/17 (DIA DE S. MARTINHO)
“Senhor, Senhor, abre-nos a porta.
Mas
Ele respondeu: Em verdade vos digo:
Não vos conheço. Portanto, vigiai, porque
Não
sabeis o dia nem a hora”.
Mateus 25, 1 - 13
Quem pense que já
viu tudo desengane-se.
Eu não sei (ainda
não sei) quem foram os responsáveis por esta gigantesca e grotesca argolada,
que representou a realização, no pretérito dia 9 de Novembro, do jantar (de
gala?) que encerrou o Web Summit 2017 – onde até o PR discursou em inglês (no
“Summit”, não no jantar) – no, calcule-se, Panteão Nacional!
Mas nem é por isso
(apurar as responsabilidades – para quê, num país onde tal constitui uma
anormalidade enquistada) a razão do ao que venho.
O que está
verdadeiramente em causa é saber como uma ideia destas pode ter passado pela
cabeça de um qualquer avantesma. Ou seria uma espécie de “missa negra”?
Isto porque a
culpa do que se passou, não pode ser apenas alocada aos responsáveis, mas fruto
de todo um ambiente; de ideias e “princípios” em voga, isto é de toda uma
matriz cultural, de uma Moral e de uma Política (doutrina e ideologia),
envolventes, que enformam a actual sociedade portuguesa – e não digo “Nação”,
pois esse termo desapareceu do linguajar das gentes, logo do seu pensamento.
Ora toda esta
situação é que é muito grave.
Pode ser até uma
doença terminal…
Mas este escabroso
episódio – que lhe haveremos de chamar – é apenas um de muitas (mesmo muitas) barbaridades
e patifarias, com que o cidadão comum é brindado diariamente pela
Comunicação Social.
Diariamente.
Diariamente.
Será este mais um
episódio de menoridade de Carácter, nas situações frequentes em que nos pomos
de cócoras perante um qualquer palerma estrangeiro que por aí calhe, como foi,
por ex., a recepção ao cantor Bono, quando este visitou o Ex- PR choramingas
Sampaio, e agora parece ser o caso com a balzaquiana Madonna?
Será que os
deslumbrados provincianos – agora mais suburbanos, já que a Província está a
desaparecer – estiveram nesta onda com o senhor Paddy Cosgrave e seus
“compagnons de route”?
É que não pode
valer tudo mesmo para os eternos adoradores do “deus cifrão”…
Os exemplos podiam
multiplicar-se “ad nauseum”.
Tornámo-nos pois,
um país e sobretudo um Estado desqualificado!
Para isso bastaria,
aliás, o facto de termos a terceira dívida maior do mundo, ao que corre (a
gente sabe lá em quem é que pode acreditar…), que é impagável e, por isso, o
país estar a ser vendido em acelerado de marcha. E nós vamos ser vendidos com
ele.
Mas alegrem-se:
vamos ser vendidos democraticamente!
Esta cena (como
agora se diz) do jantar, porém, ultrapassa tudo o já visto, em indignidade
(Sócrates, meu jovem, podes respirar de alívio); em falta de valores, em
simples bom senso!
Será que a campa do “Grande” Albuquerque
serviu de aparador para a palamenta?
Serviram à
sobremesa, leite - creme com pólvora, à moda do Aquilino?
Ou, talvez se
tenham lembrado de apor um gira - discos com canções da Amália, sobre a sua
lápide, numa farsa burlesca a fingir que se ouvia a sua voz do “Além - Túmulo”,
a fim de entreter ao café?
Um jantar de fim
de evento social, num local que, supostamente recolhe o que melhor existiu
nesta Pátria tão desprezada pelos contemporâneos, e que devia ser local de
peregrinação, veneração, exaltação e recolhimento?
Mal andaram.
Eu recuso-me a
viver neste filme de terror projectado num cano de esgoto a céu aberto!
E se, já agora, o
nosso destino é desaparecer depois de sermos vendidos (as evidências não
mentem), que tenhamos um laivo de coragem e sobriedade (de sóbrio) e terminemos
com isto depressa.
Proponho, pois,
que as famílias deixem de procriar (parece até, que só os homossexuais é que o
querem fazer), o que, aliás, não é difícil pelo caminho que já trilhamos; o
Governo e o Parlamento passem a “Comissão Liquidatária” – no que já têm prática
alargada; e o nosso querido PR apresente afectuosamente, a candidatura do País
a ser leiloado (desde que alguém assuma a dívida, já que ninguém quer trabalhar
para a pagar – eu pelo menos não quero!), já na próxima Assembleia – Geral das
Nações (des)Unidas, conhecida nos meios diplomáticos por “ONU”.
Está lá até a
presidir (isto é a fazer de “mono”, pois aquilo não serve para nada), o
seu/nosso compatriota Guterres – o católico (progressista) – que também esteve
presente no dito jantar, que deverá receber a ideia de braços abertos.
Como bónus, caso
haja algum país ou organização mais avisado e prudente, que levante dúvidas,
oferece-se a eutanásia para os sobrevivos – no que não haveria problema de
maior dado o elevado número de voluntários, para o acto, ali para os lados de
S. Bento.
Façamos isto
rápido porque viver assim é uma tortura.
E, como sabem,
segundo o que está consignado, a tortura é contra a Declaração Universal dos
Direitos do Homem…
Haveria apenas uma
condição: quem arrematasse o país na tal hasta pública universal, teria que
preservar a memória dos que por já cá passaram e fizeram a Nação dos
Portugueses, um País grande e, em tempos, respeitado. E não tem culpa do que
agora se passa.
E garanta também,
que implode o Panteão Nacional.
É que templos
profanados são má memória.
João José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador
(Das mui antigas, nobres, por vezes gloriosas, mas quase
extintas Forças Armadas Portuguesas)
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