O DIABO À SOLTA
23/03/17
Todos
os santos dias o pacato cidadão do país a que ainda chamam Portugal, é agredido
com notícias, factos e eventos de tal modo bárbaros e arrasadores de qualquer
consciência sã, que apetece dar um tiro num pé e fugir para Espanha.
A campanha de imbecilização é tão grande; os
atentados à Ética e à Moral são tão iníquos; a cretinice política é tão vasta e
a criminalidade tão aritmeticamente crescente, que enoja um cada vez maior
número de pessoas.
O
grau de corrupção é revoltante e contamina e asfixia cada vez mais
contribuintes.
A
incompetência, antipatriotismo, e imoralidade política, da dita classe é
avassaladora, gerando uma frustração e uma sensação de incapacidade de mudar ou
combater o sistema, que fazem cada vez mais o número de votantes isolar-se,
deixar de ouvir notícias ou ver televisão e abstrair-se de tudo de modo a
salvaguardar a sanidade mental e o equilíbrio psicossomático.
A
mentira e a cobardia campeiam, a sociedade apodrece consistentemente.
Os
exemplos são às dezenas e diariamente a agressão é crescente.
Vamos
ficar por alguns exemplos, entre centenas!
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Enquanto
o polvo dos escândalos maiores nas malhas da justiça vai crescendo desmesuradamente,
o PS, partido que “usurpou” o poder mediante expedientes legais da nossa
democratíssima Constituição, não encontra melhor para o futuro do país, do que
na sua última reunião magna, ir apoiar a legalização da prostituição (isto é
das pegas de ambos os géneros e seus “establishment”); a morte dos doentes
(Mengele volta que estás perdoado!) e da legalização das drogas (para já)
leves, num verdadeiro amplexo ao vício, ao tráfico e à cultura de
autodestruição!
Servido
por um Primeiro-Ministro com dotes de politiqueiro fino e habilidoso (não
confundir com político), que se tem revelado manhoso e insinuante, um
verdadeiro campeão europeu na modalidade de esgrima linguística.
Que
se afirma descendente de “indianos”, quando os referidos familiares nasceram
debaixo da bandeira portuguesa…
Que
faz tudo aquilo para agradar ao bloco canhoto – formação política esquizoide
onde medram verdadeiros esquizofrénicos sociais – que lhe serve, em simultâneo,
de apoio e desculpa.
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Enquanto
isto se passa, quando se fala na banca é para surgirem cada vez mais prejuízos,
crédito mal parado, suspeitas de esquemas fraudulentos, esquemas em paraísos
fiscais, anúncios de apocalipse.
Quase
ninguém vai preso; as investigações arrastam-se, a “malta” paga e fica sem
dinheiro. As empresas estão descapitalizadas e sem crédito.
O país afunda-se e é vendido ao
desbarato...
Os
banqueiros, no entretanto, rodam de lugar, ou mantém-se no mesmo, com créditos
pornográficos e galinha gorda sempre à mesa.
Se
um general mostrasse um cem avos da incompetência (já nem falamos de gestão
danosa), demonstrada pelos gestores do sistema financeiro, iam a conselho de
guerra, pela certa e num ápice…
Acusam-me,
amiúde, de abusar de adjectivos nos meus escritos. Pois para este âmbito não
encontro adjectivos que cheguem…
A
sociedade está tão contaminada pelos maus exemplos de tudo o que se passa, que
já começa a não saber distinguir o certo do errado, o Bem do Mal.
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Na
vergonha em que se transformou a prática futebolística profissional, a coisa
culminou agora, com uma manifestação de má criação militante: um recém-eleito
presidente de um grande clube, no seu primeiro discurso aos sócios, mandou
“abaixo de Braga” todos aqueles que não fossem da “cor” do mesmo!
Vai
daí, as televisões ampliaram-no!
E
ainda teve o despudor de invocar um familiar, que até foi uma pessoa
respeitável, para o exercício da brejeirice.
É
o que faz eleger-se para lugares de relevância cidadãos que estão ao nível do burgesso.
Deve ser mais um dos “custos” da Democracia…
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Cada
vez há mais censura: os “média” tidos de referência, escamoteiam ou ignoram
notícias relevantes; além de fazerem campanhas contra este ou aquele, isto ou
aquilo, em função do politicamente correcto, ou do “main stream” dos bem
pensantes.
Exemplo:
a distorção do que se passa politicamente nos EUA; as consequências trágicas da
onda de migrantes; até a notícia da reposição do serviço militar obrigatório na
Suécia.
Suécia
que aparentemente está a ficar fora de controlo…
A
censura culminou com a recente tentativa de boicote de uma conferência, na
Universidade Nova de Lisboa, sobre um tema quente da actualidade política
internacional, por parte do Dr. Jaime Nogueira Pinto – uma figura por demais
conhecida no país – para a qual tinha sido convidado e que acabou por ser
cancelada por receio de desacatos.
Já
seria suficiente mau que poucas dezenas de estudantes universitários (de que só
têm o nome), seguramente impolutos democratas do mais fino recorte, tenham
decidido tentar impedir a fala, numa atitude que me vou coibir de classificar,
mas que a mesma tenha sido cancelada por uma decisão cobardolas do “magnífico”
reitor, é imperdoável!
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O
“que vale” é que o mundo está louco: então o senhor Erdogan, Presidente da
Turquia, quer à viva força vir fazer comícios políticos, em países europeus
onde existe uma comunidade grande, de turcos, e exige que os respectivos
governos autorizem e acordem nas suas exigências?
Aconselho
leitura das crónicas de Afonso de Albuquerque.
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No
meio disto tudo o senhor Presidente da República, esquecendo-se que já não é
comentador, nem professor, tão pouco um cidadão como outro qualquer, quer
comportar-se como se fosse omnipresente; omnisciente e omnipotente (Deus?),
metendo-se em tudo e saltando constantemente de nenúfar em nenúfar, como se
fosse um adolescente deslumbrado.
Já
não será altura de entender que um dia destes ninguém o vai suportar, nem
querer ouvir ou ver e quando houver um problema sério para resolver, ninguém o
vai levar a … sério?
Que
assim presta um mau serviço à República (também o que é que se pode esperar de
uma “República”?) e irá causar um desgaste tremendo na função presidencial,
desprestigiando-a?
O
Diabo anda à solta e, pelos vistos, recomenda-se.
Deve
ser por isso que a Igreja Católica deixou de falar nele.
João
José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador
A verdade é o valor que separa o lúcido do demente.Obrigada estimado amigo, por este bom artigo, como sempre!
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