Ex-CEME, General Carlos António Jerónimo |
A coisa conta-se em poucas palavras:
O Subdirector do Colégio Militar
(CM) - Instituição das mais antigas e prestigiadas do país, com provas dadas e
obra feita - deu uma entrevista a um órgão de comunicação social, na passada
semana.
Nessa entrevista teceu considerações sobre como os casos de homossexualidade detectados no colégio - cujo corpo de alunos é formado, lembra-se, por menores e onde existe internato – são tratados, diria, que desde sempre.
O Tenente-Coronel - ele próprio, um ex-aluno - nada de grave exprimiu que pudesse pôr em causa a lei ou a moral pública; não faltou à verdade, nem revelou falta de senso ou defendeu qualquer ideia que possa ser interpretada como discriminatória. Tão pouco, ao que se sabe, incorreu em qualquer falta disciplinar.
Porém, logo que a entrevista viu a luz do dia, os tiranetes de serviço de uma área do politicamente correcto, mais as diferentes “antenas” dos abichanados do “lobby gay” (na versão “internacionalista soft”, mas com tradução apropriada em vernáculo lusitano), logo gritaram em suas “cloacas máximas”, aqui d’el-rei, que há discriminação de género no Colégio Militar. [1]
Nessa entrevista teceu considerações sobre como os casos de homossexualidade detectados no colégio - cujo corpo de alunos é formado, lembra-se, por menores e onde existe internato – são tratados, diria, que desde sempre.
O Tenente-Coronel - ele próprio, um ex-aluno - nada de grave exprimiu que pudesse pôr em causa a lei ou a moral pública; não faltou à verdade, nem revelou falta de senso ou defendeu qualquer ideia que possa ser interpretada como discriminatória. Tão pouco, ao que se sabe, incorreu em qualquer falta disciplinar.
Porém, logo que a entrevista viu a luz do dia, os tiranetes de serviço de uma área do politicamente correcto, mais as diferentes “antenas” dos abichanados do “lobby gay” (na versão “internacionalista soft”, mas com tradução apropriada em vernáculo lusitano), logo gritaram em suas “cloacas máximas”, aqui d’el-rei, que há discriminação de género no Colégio Militar. [1]
O Senhor Ministro da Defesa do alto da sua guarita, sita no Restelo onde, sempre vigilante, é suposto defender a Pátria, dando conta do alarido (que parte da comunicação social ampliou injustificadamente), mandou recado para o General Chefe do Estado Maior do Exército (CEME) para que o Tenente-Coronel, no dia “x” à hora “y”, já estar removido da sua função (parece que, por enquanto, ainda não o condenou às galés…).
E é esta a razão que, aparentemente, leva o General Jerónimo - que sempre foi um bom militar e sobre quem não impende qualquer mácula – a apresentar a sua demissão. Demissão que também é fruto, seguramente, de um acumular de situações muito pouco apropriadas, de como os sucessivos governos e não só, têm tratado a Instituição Militar e os militares.
Foi uma espécie de “basta”!
Mas uma demissão destas carece de alguma explicação pública. Não só porque políticos que se comportam desta maneira não merecem qualquer respeito e não se devem poder ficar a rir, e porque as Forças Armadas necessitam ser desagravadas e a opinião pública deve saber, por quem de direito, o que na realidade se passou.
E ir ao Parlamento pode ser uma boa oportunidade para lhes esfregar com umas quantas verdades na cara!
Tudo o que se tem passado revela o nulo cuidado com que os sucessivos Primeiros - Ministros e PR, têm colocado na nomeação dos personagens que vão tutelar a pasta da Defesa (que na realidade nunca existiu, mas sim e apenas a função de ministro para as Forças Armadas…), pois é inadmissível, que tendo o ministro despacho directo com os Chefes dos Ramos, não fale pessoalmente com o CEME (ou lhe telefone) e lhe envie recados, dando ordens que não estão na sua competência dar, e desrespeitando os regulamentos e a Deontologia Militar.
Por isso quem devia ser demitido era o Ministro - que não sabe o que anda a fazer - e não ter sido aceite a demissão do Comandante do Exército. Aqui o Presidente da República tergiversou.
Convém ainda colocar os pontos nalguns “is”: em primeiro lugar o senhor, por enquanto ministro, tem que perceber que o Exército não funciona propriamente como um Partido Político; e, depois, deve meter na sua cabecinha que as Forças Armadas não têm rigorosamente nada a ver com os equilíbrios políticos, que o seu Partido tem que fazer para se manter à tona de água (isto é, no Poder). E se andam acossados pelo Bloco Canhoto aturem-nos como quiserem, mas não tentem interferir e macular as instituições que são o esteio do País e os seus servidores.[2]
Se o Conselho Superior do Exército se tivesse demitido em bloco e os Chefes dos outros Ramos tivessem mostrado solidariedade, talvez outro galo cantasse.
Mas pelos vistos o que está a dar são as marchas de orgulho “gay”. Ainda tenho esperança de lá vir a ver um general, fardado e tudo!
Uma outra razão que, estamos em crer, levou a esta decisão por parte do CEME foi a falta de actuação do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Pina Monteiro, que terá condescendido com a aberração ministerial, deixando cair o seu subordinado e não se opondo à imolação do subdirector do CM.
Sem embargo não nos devemos admirar: com o anterior MDN, um tal Dr. Aguiar traço Branco, já tinha, enquanto CEME, exonerado o então Director do Instituto de Odivelas, por este não estar a ser um zeloso cumpridor da, para sempre maldita, decisão de fechar tão vetusta instituição - que é a raiz recente deste esparvoado caso (a mais antiga é o texto do Programa do PS após a sua fundação, em 1973, que defendia a extinção dos colégios militares!) - tendo aquele ministro vetado, mais tarde, a nomeação daquele oficial, que nada cometeu de errado, para um cargo de adido militar, em Madrid (para onde acabou por ir mais tarde).
É por estas e por outras atitudes que roçam o “são as horas que V.Exª quiser que sejam”, que os políticos, de um modo geral, perderam o respeito pelas Forças Armadas e pelos militares, e tenham levado, com a complacência e a ignorância de parte da opinião pública e publicada, ao estado de miserabilismo em que se encontram.
E onde tudo está preso por fios.
[1] Embora eu só conheça dois: o masculino e o feminino!
[2] Há poucas semanas o Dr. Azeredo Lopes bolsou um disparate revelador da
sua ignorância e intenção: “O IASFA (Instituto de Assistência Social das FAs),
não é uma coutada dos militares”…
Como tanto mudou desde o Afonso de Albuquerque... embora não seja preciso ir tão longe.
ResponderEliminarPelo que parece a solidariedade militar também está pelas ruas da amargura. Segundo consta surgiram vários interessados para ocupar o cargo.
Por este andar ser "normal" (perdoem os anormais... que julgam certas nojeiras naturais) qualquer dia é crime. Pelo menos quem não for a favor é colocado de parte.
Só que uma coisa é aceitar e tolerar, outra é fazer luxo, colocar num pódio e ser apologista. Esta mudança de mentalidades já está a ser feita nas escolas.
Ainda temos muita gente boa neste país... mas se a tv, rádios, jornais e afins antes tinham um lápis azul, hoje em dia têm um cor-de-rosinha com arcos-irís... se bem que o coitado do arco-irís não tem culpa.
Mas hoje dá prisão fazer certas afirmações... é que antes não se podia falar mal do Salazar, hoje não se pode falar mal dos exmos. srs. homosexuais. Fica a pergunta... afinal quem manda nesta "Demon" cracia?
Bem haja
Como começou o estado a que chegamos agora(claro que sempre em nome da liberdade e outros slogans bonitos e utópicos) http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/04/o-pacto-de-paris-e-a-celerada-rep%C3%BAblica-dabril.html-----------------------Afonso Manuel
ResponderEliminarMuito bem!
ResponderEliminarParabéns pelo excelente texto!
ResponderEliminarMartim Moniz Isto é o que acontece(e pelos vistos vai continuar)quando se abrem "caixas de pandora" em nome das "igualdades" e dos "direitos para todos".Defender a soberania e a dignidade/operacionalidade das FA isso já não parece ser prioridade para os "iluminados" políticos e afins.
ResponderEliminarGosto · Responder · 8/4 às 10:13
Martim Moniz
Martim Moniz Um dos argumentos(do ministro e de outros)é que na CRP há um artigo que diz que ninguém deve ser descriminado pelo sexo(e etc)mas então em 1976 já havia terceiro sexo na sociedade(quanto mais nas FA)???A CRP hoje em dia serve para tudo menos para defender o país e a sua soberania.
Gosto · Responder · 1 · 8/4 às 10:16
AOFA - Associação de Oficiais das Forças Armadas
AOFA - Associação de Oficiais das Forças Armadas Temos posições obviamente absolutamente contrárias quanto à grande relevância e importância, para nós absolutamente determinante e insubstituível da CRP para Portugal e para os Portugueses. Mas, obviamente, todas as opiniões são legítimas desde que expressas de forma urbana, como é o caso.
Gosto · Responder · 8/4 às 17:04---coments no post da aofa no contexto desta notícia http://rr.sapo.pt/…/demitiu_se_o_chefe_de_estado_maior_do_e… (nota minha: quem quiser que tire as suas ilações)------Afonso Manuel
Venho partilhar este post http://oseculodasnuvens.blogspot.pt/2016/04/a-demografia-como-arma-de-guerra.html
ResponderEliminarOutro post a não perder http://inacreditavel.com.br/wp/no-border-no-nation/ na mesma linha do anterior. Afonso Manuel
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