domingo, 13 de março de 2016

40º ANIVERSÁRIO DO JORNAL “O DIABO”

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4 comentários:

  1. O problema de Portugal não pode ser dissociado do descalabro civilizacional que afecta, não só as restantes nações europeias como ainda, de uma forma mais ampla, todo o Mundo Ocidental. Tudo tem um início, da mesma forma que tudo tem um fim. Se estudarmos a História e a Filosofia, a Política e a Religião, com o espírito desconectado das ideologias mediáticas em voga, com a mente focada exclusivamente na demanda da verdade, poderemos chegar a conclusões surpreendentes e, forçosamente, dissidentes.
    Distanciados das imposições falaciosas infligidas às massas, as quais em virtude da sua natureza crédula, agarradas aos labores do dia-a-dia com múltiplas preocupações, se predispõem para obtenção de conhecimento fácil, adulterado e mastigado nos órgãos de comunicação social, cujos mentores são tudo menos imparciais e patriotas. A nossa abstracção infere a realidade que condiz com a verdade. Vejamos! Desde sempre o homem se norteou pelos valores morais da Religião (de onde surgiu a promoção da justiça, do bem e do amor), pelo dever incondicional na defesa da Pátria (de onde depende a sua subsistência, segurança e liberdade), e pela divinização da sua Família (garante da tranquilidade, do afecto e do equilíbrio), considerada sagrada.
    A normalidade da vida pautava-se por valores que miravam a busca da serenidade, e pelo prazer da continuidade da vida, pela razão compensada pela paixão, e por uma busca da excelência em todas as artes incluindo a arte de saber viver. Até aqui, todos compreendem a vivência lógica que nos foi legada graças aos nossos bravos antepassados. Estes, nunca abnegaram o espírito de sacrifício e a protecção desinteresseira aos mais desfavorecidos. Foi assim que a Europa se emancipou, se elevou e se superou. A Europa era o centro do Mundo.
    Algo entretanto aconteceu. As nações europeias fortalecidas, enraizadas numa cultura superior potenciada pela ética das virtudes, não permitiam que o poder económico se sobrepusesse aos interesses dos Estados, afortunadamente, desta forma, a ganância individual estava constrangida graças à digníssima salvaguarda dos interesses colectivos.
    O poder económico, na mão de poucos, foi triunfando devido ao comércio, numa fase inicial. Posteriormente e, principalmente no sector financeiro à custa da usura. As nações, anteriores às grandes revoluções modernas, impermeáveis à cobiça externa, mas, unidas confiantemente na mesma fé, mantendo coeso o trono e o altar, tornaram-se um obstáculo à ampliação da riqueza despótica. Neste contexto, surgiram da penumbra filosofias consideradas desprezíveis, entre elas o cepticismo, o racionalismo, o materialismo, o empirismo, dando início à convencionada Idade Moderna. Rebentou, desta caldeirada de filosofias renegadas, o Liberalismo. Todas as novas ideias, florescentes das cinzas da Idade Média, foram então financiadas pelas partes interessadas, por quem nelas tinha interesse, e, visavam, numa primeira fase, a queda dos reinos europeus através da abolição da monarquia combinadamente com o ataque à Igreja Católica. Estes objectivos, delineados pelos “iluminados” agentes maçónicos, os quais por todo o lado disseminaram o liberalismo, foram alcançados com o sucesso decorrente da força das armas. No final do Século XIX as Nações europeias estavam arrasadas devido às guerras revolucionárias e a revoltas populares insanáveis. Os povos nunca poderiam compreender de onde surgia tanta miséria, malvadez e injustiça, pois, as congeminações eram feitas nas lojas ocultas à curiosidade popular.
    No Século XX as forças mais extremistas do liberalismo tomam de assalto a Rússia, o marxismo instala-se e domina, mais uma vez, à custa de banhos de sangue descomunais. As ideias utópicas eram o mote para a acção. A Europa de Leste sucumbiu diante da ferocidade expansionista comunista, vindo a tornar-se, por imposição, num só bloco – CCCP – que é uma abreviatura das palavras em russo de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o equivalente a URSS.

    António Silva

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  2. O comunismo alastrou-se, ocupou metade do mundo. Todavia, implementou-se apenas nas nações pouco desenvolvidas, agrárias, rurais, onde se verificavam as maiores carências, nunca conseguiu triunfar em países industrializados. As massas trabalhadoras não se deixaram seduzir por ficções utópicas. Desta amargura que não se conformava com o fracasso obtido por via da aliciação económica nos países em desenvolvimento, nasceu a pergunta “porquê?” e, nesta ocasião, para dar resposta à questão, é criada a Escola de Frankfurt. Esta escola filosófica, constituída por pensadores e cientistas sociais marxistas, procurava um caminho alternativo para o progresso socialista. As teorias forjadas neste meio subversivo tiveram amplo êxito. E, assim, humilhado pelo falhanço na conquista dos países prósperos, o socialismo real, ou comunismo, acabaria por engendrar um estratagema diabólico. Fabricou uma verdadeira caixa de Pandora, e através do olho canhoto de um guru comunista italiano – Antonio Gramsci – é forjada a táctica iníqua conhecida por “Teoria da Hegemonia” ou “Marxismo Cultural”. Este tinha como alvo a abater a superestrutura (instituições estatais, doutrinas morais, ideias construtivas, tradições) das sociedades ocidentais desenvolvidas. O plano subversor visava conquistar um qualquer país através de uma revolução cultural (cinema, teatro, literatura, música, etc…).
    A Escola de Frankfurt adoptou esta metodologia gramsciana e, sem demora, começou a trabalhar para se infiltrar, academicamente, nos países a dominar. A intenção, de tal elite conspirativa, maquinava derrubar todos os pilares da Civilização Ocidental. Desgraçadamente, o seu sucesso não poderia ter sido maior, o Mundo Ocidental caiu por inteiro debaixo desta peste que acabaria por envenenar as mentes, principalmente dos jovens, mas, também de muitos adultos incautos.
    O liberalismo extremista, a partir daqui, seguiu, tacticamente, dois caminhos diferentes: O Socialismo Real (comunismo) e o Marxismo Cultural. Buscando um fim comum, a marxização do globo terrestre, recorreram a estratégias distintas. Uma, aplicada pelo socialismo real, propugnava por uma postura rígida, inflexível, totalitária, adoptada nos países já subjugados. Outra, oposta, o marxismo cultural, atacou subliminarmente nos países a cativar, recorrendo a dogmas sociais (tolerância, igualdade, liberdade, relativismo, diversidade, etc…), intentando debilitar as resistências nacionais. Contudo, nunca desistindo do pesadelo da Luta de Classes e da Ditadura do Proletariado, para a obtenção do seu almejado paraíso revolucionário. Portanto, concluímos justamente, o marxismo cultural não é mais nem menos do que uma enorme bulldozer que vai na frente do colosso subversivo a desbravar caminho para o socialismo real.

    António Silva

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  3. Escutemos! Nos países resistentes ao liberalismo radical os comunistas apelaram ao desarmamento; nos países comunistas, ensinou-se a belicosidade. Estaline apelou ao patriotismo, à defesa da Madre Rússia; os comunistas, nos países resistentes, são apátridas, lutam pela abolição das fronteiras, gozando sarcasticamente com frases do tipo “um patriota é um idiota”. Nos países resistentes, os jovens comunistas advogam a liberalização das drogas, defendem o seu consumo livremente; nos países comunistas os traficantes foram e são condenados à morte, e em forma de majestoso irracionalismo, os seus líderes sempre argumentando ironicamente contra o consumo de drogas, passavam o slogan pérfido da “decadência ocidental”. Nos países resistentes, comunistas coloridos por várias cores fomentaram, promoveram, o homossexualismo, o sexo como divertimento para os jovens, todo o tipo de bizarrias sexuais, o feminismo e a destruição da família; nos países comunistas valorizou-se a família e reprimiram-se as aberrações. Nos países resistentes, os comunistas activistas, recorrendo ao relativismo cultural, bafejaram que todas as culturas eram iguais, o que é forçosamente falso, os povos sempre se desenvolveram, ou não, a ritmos diferentes, e ainda, desvalorizando e culpabilizando a Europa pela sua superioridade espiritual, impingindo aos seus cidadãos um pernicioso complexo de culpa; nos países utópicos socialistas não é permitido questionar a doutrina do partido no poder. Isto é engenharia social torpe. Nos países resistentes, ensinaram que qualquer forma de ordem, disciplina, hierarquia ou autoridade é fascismo; nos países de sonho comunista existiu e existe uma tentativa para organizar e controlar tudo metodicamente e minuciosamente. Isto é mais do mesmo, engenharia social torpe. Mais ainda, ensinaram às pessoas, nos países resistentes, que a meritocracia, em nome da deusa igualdade, era errado, como consequência, o esforço deixou de compensar, todos eram iguais independentemente das suas competências. Sem dúvida, mais do mesmo, engenharia social torpe. Nos países resistentes a “extrema-esquerda” apelou constantemente às acções criminosas, à delinquência, aos graffitis, à irreverência, ao eufemismo “jovem” que camufla a raça ou a identidade no energúmeno, ao ataque à propriedade privada. Na Coreia do Norte, país exemplar da ideologia vermelha, um estudante norte-americano, presentemente, por tentar roubar um cartaz de propaganda política é condenado pela justiça norte-coreana a 15 anos de trabalhos forçados por “actividades subversivas”. Basta! Sem hesitação e com veemente certeza afirmamos que a cultura hegemónica e dominante no Ocidente é, causa de inúmeras maleitas, repugnamos, pois, o Marxismo Cultural.
    Hoje, o marxismo cultural impõe-se como ditadura: a ditadura do politicamente correcto. Qualquer pessoa que se atreva a pensar e a expressar-se fora desse leque de ideias marxistas é imediatamente marginalizado em todos os sectores sociais ficando condenada ao ostracismo. Há, assim, uma grande opressão para quem criticar os rituais do marxismo cultural. Mais ainda, nas escolas ocidentais ensinam-se os alunos a desvalorizarem a sua pátria, a sua história, as suas origens e os grandes feitos dos seus santos e heróis. Logo, inversamente, manipulando o passado, exacerbam-se os erros cometidos pelos nossos ancestrais, de tal forma que, os jovens chegam a ter vergonha e ódio do legado glorioso que lhes cabe. Os jovens de hoje vivem, vigarizados pela propaganda marxista, confusos e sem referências. Deambulam carentes de modelos e exemplos por onde se guiarem. Triste sina, para além de não ganharem orgulho em relação ao que efectivamente são, produto das suas ricas raízes, permanecem, manipulados ou formatados, embrutecidos até à medula óssea, pela propaganda abjecta, os futuros líderes de amanhã. Isto é, mais ainda, engenharia cultural torpe.

    António Silva

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  4. Como resultado da campanha difamatória contra os valores nacionais, chega-se a desvalorizar e até a condenar, no caso português, mas a estratégia é a mesma em todo o lado, os grandes reis que construíram o reino de Portugal, frequentemente, por exemplo, satiriza-se D. Afonso Henriques. Isto é absolutamente ridículo. As pessoas ocidentais são levadas a agir contra os seus próprios interesses. Quando o tema é a escravatura, os ocidentais já estão perfeitamente convencidos que foram os únicos a escravizar outros povos, e que por esse motivo merecem enormes punições, crêem que os outros povos estão imaculados, e nunca escravizaram ninguém, o que é rigorosamente errado. Caricato! Todos o sabemos, todos escravizaram os vencidos. Os europeus, destacando-se, dando provas do seu avanço civilizacional, foram os primeiros a acabar com a escravatura. Porém, mais uma vez, neste império de alienados, quem contradizer o marxismo cultural é imediatamente silenciado sob o peso dos chavões de serviço sendo acusado de etnocentrismo, racismo, etc…
    Para terminar, quem quiser fazer alguma coisa por Portugal, como se pode verificar, a primeira barreira que urge derrubar é a barreira do marxismo cultural, o liberalismo avançado, que intenta por essa via conquistar a Nação. A segunda barreira, poderemos dizer sem equívoco, será denunciar e combater o liberalismo, que ilusoriamente se auto-intitula “conservador”, mas, refinadamente, internacionalista, globalista, que sufoca o Estado através da dívida.

    António Silva

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