segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O GOVERNO DA DESBUNDA?



O GOVERNO DA DESBUNDA?

5/12/15

“Vale mais ter mau hálito do que não ter hálito nenhum”.
Autor desconhecido

Dizem que o PS iniciou o governo com um programa seu, o qual foi aprovado após negociações, que ficaram obscuras, com o PC (o “P” está ausente porque nunca se comportaram como portugueses); os “Verdes”, que são um apêndice do anterior; o BE, que é uma “coisa” inadjectivável do ponto de vista político e social e, quiçá, o PAN – que um dia destes vai querer provar que os animais têm alma.
Em consequência o PSD e o CDS (uns entes híbridos) abandonaram S. Bento, apesar de terem em conjunto somado mais votos nas urnas do que qualquer um dos outros, que não se apresentaram ao eleitorado coligados, nem sequer com promessas de se coligarem.
E tal aconteceu mesmo depois da soma de erros e disparates que aqueles fizeram durante os quatro anos de governação, sem embargo de algumas medidas positivas e realistas que encetaram.
A Constituição e a Lei Eleitoral permitem estes arranjos partidários e parlamentares os quais deixam muito a desejar em termos de Ética e, até, de coerência democrática (mas quem liga a isso?), logo são legais.
Voilá!
É isto que temos, ou seja, não temos: não temos quem represente a Nação pela positiva, o que faz com que metade do eleitorado nem se dê ao trabalho de ir votar.
Todavia sofrem na mesma as consequências…
A maioria dos opinativos, porém, apressou-se a dizer que os Partidos se alternaram no Poder e que a Democracia está a funcionar.
Contudo nada disto é verdade.
De facto no espectro político português só existe um partido digno desse nome: o PC. Todos os outros são aprendizes de feiticeiro. E o PC, por razões sobejamente conhecidas, mas que se finge ignorar, é uma força política perigosa, antidemocrática e que traiu o país desde que foi fundado, em 1921, até à queda do muro de Berlim, em 1989…
E a verdade é que a (GLLP/GLRP) – Grande Loja Legal de Portugal – Maçonaria Regular, de influência inglesa – foi, em grande parte, substituída no Poder, pelo Grande Oriente Lusitano (GOL)[1] – Maçonaria irregular, de obediência francesa, num círculo vicioso de alternância que já ocorre, desde 1820 – sobretudo desde 1851 - com o intervalo proporcionado pelo “Estado Novo”.[2]
Isto ajuda também a compreender, porque é que o PC não está no governo, já que Comunismo, Igreja Católica e Maçonaria, são mutuamente exclusivos!
Resta esperar agora pela Presidência da República…
De qualquer modo, em termos de soberania, de economia e de finanças (estas últimas dominam a outra), estas obediências Maçónicas já influenciam pouco, dado que a União Europeia, as cabeças do sistema financeiro internacional (ista) e outras “organizações” superiores, as dominam, pelo que a acção do partido no governo e dos que o apoiam se vai limitar ao âmbito dos costumes, dos princípios, da moral e das leis que os regulam. E, claro, à “gestão” da atribuição dos negócios que se possam fazer à sombra do Poder, pois o dinheiro continua a fluir.[3]
O que já não é pouco.
Na sombra continuará o ataque à Igreja Católica, à família, à noção de Pátria e ao conceito de Nação, à soberania nacional e à matriz cultural e social, portuguesas.
Dado o alinhamento que está montado e a (falta) de qualidade da maioria dos intervenientes que vão dando a cara, teme-se o pior.
Vai ser duro e tudo pode acontecer. De resto, quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga.
Por isso o que aí vem arrisca-se ser o governo da desbunda:
  •  Da desagregação e subversão da sociedade;
  •  Das minorias tentarem mandar nas maiorias;
  •  Do reino exacerbado da demagogia;
  •  Do facilitismo (já começou com a abolição dos exames da 4ª classe);
  •  Do abandono dos velhos acima da cota dos 2000 metros, como método avançado de “eutanásia natural”;
  •  Da desculpabilização das taras;
  •  Da legalização dos vícios;
  •  Da imposição do infanticídio como método contraceptivo;
  •  Das experiências pedagógicas delirantes;
  •  Da desculpabilização da pedofilia;
  •  Da vingança do reviralho;
  •  Do multiculturalismo galopante;
  •  Da construção de mesquitas;
  •  Da influência escabrosa do “lobby gay”;
  •  Da “inclusão” dos coiros;
  •  Do desnorte estratégico;
  •  Do fim do resta das Forças Armadas;
  •  Da “nacionalização da paz” pelo “internacionalismo da guerra”;
  •  Do viver 30 cm acima do solo;
  •  De se pensar que o bom do Padre Américo acabou com os malandros todos;
  •  Do despejo das prisões (perdão dos hotéis de 3 estrelas);
  •  Da invasão dos “refugiados”;
  •  Do culto do “coitadinho”;
  •  Do subsídio do absurdo cultural e científico, que vai da aposta na investigação às “antenas do camarão que vive debaixo da calote polar”, até ao concurso do “peido mais mal cheiroso”;
  •  Do primado dos Direitos sobre os Deveres e da distribuição versus a produção;
  •  Da destruição do que resta da Autoridade;
  •  Do despertar das greves selvagens;
  •  Da penalização do mérito;
  •  Do nivelar por baixo;
  •  Do governo das tripas;
  •  Da reabilitação das fezes;
  •  Do assalto descarado aos cargos públicos – o que é típico, aliás, de qualquer partidocracia;
  • Enfim a deriva dos hábitos culinários para a chamuça, a mandioca e o couscous, etc.

                                                             *****
Estamos pois, perante a hipótese assaz plausível, de que a acção governativa e do Parlamento transforme a vida da sociedade portuguesa num fluxo contínuo de nojo, de imbecilização e de más acções, que só têm a imaginação da mente humana por limite.
Ou seja, a Nação dos portugueses não tem quem a represente. Está órfã e teima em não reagir.
Ora que se saiba, a representatividade é uma das traves mestras da Democracia…
Tudo isto a juntar à fuga de capitais (que já começou); a descapitalização das empresas (há muito numa dimensão extrema); o endividamento das famílias (que vai disparar novamente); a altíssima taxa de desemprego (que só a imigração ajuda a minorar – criando outros problemas); a falta de investimento (que parou) e a demografia negativa, que representa um suicídio colectivo.
E, já agora, convinha tomar consciência de que a Economia, não deve ser encarada como um fim em si mesma, devendo derivar de uma Política e ser instrumento de uma Estratégia.
E o Sistema Financeiro deve servir, por seu lado, a Economia e ter preocupações sociais e não apenas para enriquecer banqueiros; ser campeão da especulação e ferramenta de controlo político por forças ocultas e sem (aparentemente) rosto.
Ora quem tem mais poder no mundo (ocidental) faz exactamente o contrário. Isto é: o sistema financeiro arrasta e condiciona a Economia e controla a Política, transformando o cidadão num ente consumidor/pagador, controlado informaticamente e pelos “média”.
Conviver com o mau hálito, pode ser um meio de contingência para evitar males maiores, mas não parece nada ser grande regra de vida.
E “isto” passou a cheirar mesmo mal.



           
                                                                João José Brandão Ferreira
                                                                   Oficial Piloto Aviador


[1] A mais antiga obediência maçónica portuguesa, fundada em 1802.
[2] E mesmo este foi servido por muitos maçons, alguns deles personagens notáveis, apesar da lei 1901, de 21 de Maio de 1935, que proibia as associações secretas.
[3] Não esquecer que a última "tranche" de fundos comunitários vai entrar no país até 2020.

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