Se as guerras – como tudo na vida –, são ganhas pela vontade, perdem-se pela lassidão instilada nas retaguardas...
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– «Durante o lançamento, no Porto, do livro "Guerra d'África 1961-1974 - Estava a Guerra Perdida?", tanto os autores Humberto Nuno de Oliveira e Brandão Ferreira, como o apresentador da obra, Alexandre Lafayette, levantaram o véu da vergonha que procura ocultar uma das maiores traições e demissões patrióticas da História.
Lembrando que a nossa Guerra de África, assentava na defesa do território português e das suas populações contra as agressões internacionalistas lideradas pela União Soviética e os EUA, os interlocutores desconstruíram factualmente a visão histórico-retórica do regime abrilista, confrontando e aniquilando o delírio dos traidores da Pátria, com uma lição de História imbuída de um elevado sentido patriótico. Afinal, para além de justa e legítima aos olhos da História e da política internacional, a guerra estava ganha e os territórios ultramarinos controlados, não tivesse esta missão de mobilização nacional sido usada e manipulada politicamente pelos opositores do regime e os habituais detractores dos interesses pátrios.
Reflectindo-se acerca da natureza e missão das Forças Armadas, concluiu-se que quem envereda por uma carreira de armas abraça desde logo um modo de morrer. Porém, confrontando esses princípios com o papel das Forças Armadas no desfecho da Guerra de África e do golpe de 1974, somos obrigados a constatar que muitos dos que na altura fizeram juramento de bandeira fizeram-no com reservas mentais, abraçando a carreira militar como um modo de vida. Daí à traição de 25 de Abril foi apenas um pequeno salto.
De facto, pegando nas palavras de Brandão Ferreira, a guerra é uma coisa horrível, mas perdê-la é ainda pior. Sobretudo quando a perdemos intramuros, sub-repticiamente, no Terreiro do Paço, em Lisboa, na capital do Império Português, por falta de fé na vitória. Assim, aos militares de Abril devemos imputar os crimes de traição à Pátria e de genocídio levado a cabo contra as populações portuguesas espalhadas pelos diversos cenários de guerra. Independentemente das suas raças e credos, estas foram abandonadas por quem tinha a obrigação sagrada de as proteger, importando por isso encontrar-se os culpados para que estes possam ser julgados à luz da História.
Com a vitória desta guerra nas mãos, Portugal viu-se traído, perdendo de uma só vez 95% do seu território e 60% da sua população.
Há quem ainda hoje, deslumbrado pela voz dos que apunhalaram a Pátria, insista em falar nos "ventos da história" e na inevitabilidade de uma outra ficção chamada descolonização. Ora, são exactamente essas vozes "politicamente correctas" que devemos silenciar, mostrando às novas gerações, obreiras de um Portugal a fazer, o que realmente aconteceu nessas tristes páginas da História de Portugal. Só assim poderemos evitar o branqueamento histórico e o esquecimento das nossas vítimas, dos nossos mártires, dos nossos heróis e das nossas gentes.»
Se as guerras – como tudo na vida –, são ganhas pela vontade, perdem-se pela lassidão instilada nas retaguardas...
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– «Durante o lançamento, no Porto, do livro "Guerra d'África 1961-1974 - Estava a Guerra Perdida?", tanto os autores Humberto Nuno de Oliveira e Brandão Ferreira, como o apresentador da obra, Alexandre Lafayette, levantaram o véu da vergonha que procura ocultar uma das maiores traições e demissões patrióticas da História.
Lembrando que a nossa Guerra de África, assentava na defesa do território português e das suas populações contra as agressões internacionalistas lideradas pela União Soviética e os EUA, os interlocutores desconstruíram factualmente a visão histórico-retórica do regime abrilista, confrontando e aniquilando o delírio dos traidores da Pátria, com uma lição de História imbuída de um elevado sentido patriótico.
Afinal, para além de justa e legítima aos olhos da História e da política internacional, a guerra estava ganha e os territórios ultramarinos controlados, não tivesse esta missão de mobilização nacional sido usada e manipulada politicamente pelos opositores do regime e os habituais detractores dos interesses pátrios.
Reflectindo-se acerca da natureza e missão das Forças Armadas, concluiu-se que quem envereda por uma carreira de armas abraça desde logo um modo de morrer.
Porém, confrontando esses princípios com o papel das Forças Armadas no desfecho da Guerra de África e do golpe de 1974, somos obrigados a constatar que muitos dos que na altura fizeram juramento de bandeira fizeram-no com reservas mentais, abraçando a carreira militar como um modo de vida.
Daí à traição de 25 de Abril foi apenas um pequeno salto.
De facto, pegando nas palavras de Brandão Ferreira, a guerra é uma coisa horrível, mas perdê-la é ainda pior. Sobretudo quando a perdemos intramuros, sub-repticiamente, no Terreiro do Paço, em Lisboa, na capital do Império Português, por falta de fé na vitória.
Assim, aos militares de Abril devemos imputar os crimes de traição à Pátria e de genocídio levado a cabo contra as populações portuguesas espalhadas pelos diversos cenários de guerra.
Independentemente das suas raças e credos, estas foram abandonadas por quem tinha a obrigação sagrada de as proteger, importando por isso encontrar-se os culpados para que estes possam ser julgados à luz da História.
Com a vitória desta guerra nas mãos, Portugal viu-se traído, perdendo de uma só vez 95% do seu território e 60% da sua população.
Há quem ainda hoje, deslumbrado pela voz dos que apunhalaram a Pátria, insista em falar nos "ventos da história" e na inevitabilidade de uma outra ficção chamada descolonização.
Ora, são exactamente essas vozes "politicamente correctas" que devemos silenciar, mostrando às novas gerações, obreiras de um Portugal a fazer, o que realmente aconteceu nessas tristes páginas da História de Portugal.
Só assim poderemos evitar o branqueamento histórico e o esquecimento das nossas vítimas, dos nossos mártires, dos nossos heróis e das nossas gentes.»
(in "Nova Casa Portuguesa", 22Mai2015)