CORONEL TIROCINADO DE INFANTARIA
MANUEL CARLOS TEIXEIRA DO RIO CARVALHO (28/06/35 - 22/9/14)[1]
O Coronel Rio Carvalho fez parte
da plêiade de homens (e mulheres), que constituem o esteio de um País e o
equilíbrio da Sociedade.
São os que oram, trabalham,
preocupam-se com a Justiça e a Moral, estudam, defendem a Nação, esforçam-se
pela rectidão de atitudes, dão o que sobra de si à comunidade, agem pelo
exemplo e são patriotas.
Numa palavra, têm o sentido da
vida e do Dever.
O Coronel Rio Carvalho era tudo
isto e muito mais.
Fazia tudo isto com simplicidade,
educação e sem ponta de afetação, nem arrogância, tão pouco falsas modéstias.
Era sóbrio e sensato.
Foi, na sua essência, um homem
bom que praticava o Bem!
Era entranhadamente português,
sem alardes, porém, sem deixar que qualquer ideologia política tal pusesse em
causa.
O Coronel Rio Carvalho foi, para
além de tudo, um soldado. E foi-o desde os 10 anos - como ouvi uma vez dizer ao
seu filho mais novo – desde que entrou para o Colégio Militar (era o 124/35),
instituição de que chegou a Director, que amava profundamente e que uma
infeliz, insensata e escusada decisão política, está a descaracterizar e a
destruir.
Pude constatar as grandes
qualidades humanas e militares do Coronel Rio Carvalho desde cadete do 3º ano
da Academia Militar e ao longo de 40 anos, em que se cimentou entre nós, uma
sólida relação de amizade e camaradagem, até uns dias antes do seu passamento,
em que o vi pela última vez, no seu leito de hospital.
O Exército Português acaba de
perder um dos seus mais fiéis servidores e Portugal um dos seus diletos filhos.
Resta-me a consolação de estar
seguro que a justiça divina o sentará, também, à direita do Pai e que uma
recordação doce, da sua memória consiga, espero, preencher o vazio da sua
ausência.
Meu coronel e amigo, até sempre.[2]
[1] Palavras proferidas na missa de corpo presente, na Basílica da Estrela, em 24/09/14.
[2] Esta intervenção representa apenas uma sentida homenagem pessoal, ao Coronel Rio Carvalho e não um texto biográfico. Não queremos, sem embargo, deixar uma referência às suas incontornáveis quatro comissões, duas em Angola e duas em Moçambique, sempre no comando directo de tropas, e a sua dedicação à cultura, nomeadamente à escrita, onde se destacou como Director do Jornal do Exército, como sócio efectivo da Revista Militar e como membro da Comissão para o Estudo das Campanhas de África (CECA).
"Seria bom e desejável que a Nação Portuguesa se tentasse nivelar pela Aristocracia do Bem, do Carácter e do Saber, em vez de se degradar pelo nivelamento acéfalo e individualista, da quantificação massificada, a que passaram a chamar e confundem com “Democracia”.
ResponderEliminarÉ bom que se faça isto por evolução em vez de revolução, pondo fim a um ciclo que perdura, desde 1817."--Ora aí está sr Brandão Ferreira,mas quem é que vai fazer isso(evolução sem revolução)quando vemos as pessoas competentes e sérias fora da política e outros(muitos políticos)a tornarem-se comentadores chafurdando na lama e ganhando grandes patacos??Enquanto tudo isto acontece as FA aderem alegremente às campanhas neo-imperiais ocidentais via Nato.Estamos bem entregues sr Coronel.