Actualização do artigo GUERRA DE ÁFRICA – PORTUGAL MILITAR EM ÁFRICA 1961-1974, onde foi incluída uma réplica a Matos Gomes e Aniceto Afonso por parte de Abílio Lousada.
Este blogue apresenta os pensamentos, opiniões e contributos de um homem livre que ama a sua Pátria.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
POIS BEM!
Por Afonso Lopes Vieira
1878-1946
Se um inglês ao passar me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
se tens agora o mar e a tua esquadra ingente,
fui eu que te ensinei a nadar, simplesmente.
Se nas Índias flutua essa bandeira inglesa,
fui eu que t'as cedi num dote de princesa.
e para te ensinar a ser correcto já,
coloquei-te na mão a xícara de chá...
E se for um francês que me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Recorda-te que eu tenho esta vaidade imensa
de ter sido cigarra antes da Provença.
Rabelais, o teu génio, aluno eu o ensinei
Antes de Montgolfier, um século! Voei
E do teu Imperador as águias vitoriosas
fui eu que as depenei primeiro, e ás gloriosas
o Encoberto as levou, enxotando-as no ar,
por essa Espanha acima, até casa a coxear
E se um Yankee for que me olhar com desdém,
Num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Quando um dia arribei á orla da floresta,
Wilson estava nu e de penas na testa.
Olhava para mim o vermelho doutor,
— eu era então o João Fernandes Labrador...
E o rumo que seguiste a caminho da guerra
Fui eu que to marquei, descobrindo a tua terra.
Se for um Alemão que me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Eras ainda a horda e eu orgulho divino,
Tinha em veias azuis gentil sangue latino.
Siguefredo esse herói, afinal é um tenor...
Siguefredos hei mil, mas de real valor.
Os meus deuses do mar, que Valhala de Glória!
Os Nibelungos meus estão vivos na História.
Se for um Japonês que me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Vê no museu Guimet um painel que lá brilha!
Sou eu que num baixel levo a Europa á tua ilha!
Fui eu que te ensinei a dar tiros, ó raça
Fui eu que te ensinei a dar tiros, ó raça
belicosa do mundo e do futuro ameaça.
Fernão Mendes Zeimoto e outros da minha guarda
foram-te pôr ao ombro a primeira espingarda.
Enfim, sob o desdém dos olhares, olho os céus;
Vejo no firmamento as estrelas de Deus,
e penso que não são oceanos, continentes,
as pérolas em monte e os diamantes ardentes,
que em meu orgulho calmo e enorme estão fulgindo:
— São estrelas no céu que o meu olhar, subindo,
extasiado fixou pela primeira vez...
Estrelas coroai meu sonho Português!
P.S.
A um Espanhol, claro está, nunca direi: — Pois bem!
Não concebo sequer que me olhe com desdém.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
UM COMENTÁRIO
Enviado anónimo como comentário ao post "O MINISTRO DAS FINANÇAS METEU-SE COM SALAZAR!", mas que decidi partilhar com todos.
Leio com toda a atenção os seus
escritos e partilho integralmente das opiniões de VªExª que são as de um
Português de lei.
Os seus escritos honram PORTUGAL e mostram-nos que,
felizmente ainda há Portugueses em PORTUGAL.
Os meus sinceros
parabéns.
Peço autorização para juntar um texto que em tempos escrevi
noutro local e que vem a propósito das suas sábias palavras.
Noutros
tempos, houve Portugueses competentes e respeitadoras dos interesses do bem
público que trabalharam afincadamente e em apenas 40 anos, deixaram OBRA, PAGA
COM DINHEIRO PORTUGUÊS mas, em muitos casos, foi "pérolas a
porcos".
Apenas uma "pequena" Lista:
Na Região de
Lisboa:
1) Bairro Social do Arco do Cego
2) Bairro Social da Madre de
Deus
3) Bairro da Encarnação
4) Bairros para Polícias
5) Bairro de
Alvalade
6) Aeroporto Internacional da Portela
7) Instituto Superior
Técnico
8) Cidade Universitária de Lisboa
9) Biblioteca Nacional
10)
Instituto Nacional de Estatística
11) Laboratório Nacional de Engenharia
Civil
12) Metropolitano de Lisboa
13) Ponte Salazar
14) Captação e
encanamento das águas do Alviela
15) Plantação do Parque florestal de
Monsanto
16) Estádio Nacional do Jamor
17) Estádio 28 de Maio
18) Auto
estrada da Costa do Estoril
19) Hospital Escolar de Santa Maria
20)
Instituto Ricardo Jorge
21) Instituto de Oncologia
22) Hospital Egas
Moniz
23) Assistência Nacional aos Tuberculosos com obrigatoriedade de
rastreio anual à população estudantil, Comércio e Função Pública
24)
Electrificação da linha do Estoril
25) Exposição do Mundo Português que
permitiu a criação da Praça do Império, hoje Sala de visitas de Lisboa.
26)
Monumento aos Descobrimentos
27) Regularização da Estrada Marginal
Lisboa-Cascais.
28) Criação da Emissora Nacional de Radiodifusão
29)
Criação da Radiotelevisão Portuguesa
30) Criação da Companhia Aérea de
bandeira (TAP)
Espalhadas pelo País e Ilhas Adjacentes:
31) Várias Escolas do Magistério Primário.
31) Várias Escolas do Magistério Primário.
32) Escolas primárias do Plano dos
Centenários em quase todas as Freguesias do País.
33) Liceus Normais em todas
as capitais de Distrito.
34) Escolas Comerciais e Industriais espalhadas pelo
País
35) Cidade Universitária de Coimbra (Faculdade de Medicina, Faculdade de
Letras, Faculdade de Ciências, Biblioteca Geral e o reordenamento urbano
envolvente)
36) Hospital de S. João no Porto
37) Ponte da Arrábida
38)
Ponte Marechal Carmona
39) Grandes aproveitamentos hidroeléctricos com
dezenas de grandes Barragens (por exemplo Rabagão, Cávado, Douro, Mondego, Tejo,
Zêzere).
40) Várias barragens para regadio por todo o Alentejo.
41) Melhoria geral da rede Rodoviária.
42) Melhoria geral da Rede Ferroviária
e modernização geral das viaturas do Caminho de Ferro Nacional.
43) Bases
aéreas (Ota, Montijo, Monterreal, Beja, etc.)
44) Criação das Pousadas de
Portugal espalhadas por todo o Território
45) Criação das Casas do
Povo
46) Criação das Casas dos Pescadores
47) Construção ou beneficiação
de muitos e diversos Hospitais
48) Plano de colonização interna que permitiu
grandes desenvolvimentos agrários como, por exemplo, Pegões.
49) Construção
de dezenas de Palácios da Justiça
50) Construção e remodelação de diversos
Edifícios Prisionais e Prisões-escola
51) Construção da Central
Termoeléctrica do Carregado
52) Criação dos “Livros únicos” para o Ensino
Primário e Secundário, o que proporcionou grandes economias às Famílias
53)
Instituição do ABONO DE FAMÍLIA
54) Navio hospital “Gil Eanes” de apoio à
Frota Bacalhoeira
55) Criação da FNAT
E o que lá ficou
edificado?
E o Povo de lá, não ficou com uma língua universal, não ficaram
muitos dos autóctenes com cursos escolares primários, médios e universitários
ministrados e pagos por Portugal?
Não ficaram Angola e Moçambique dotados de dezenas de CIDADES COMPLETAS onde se incluíam toda a espécie de edifícios habitacionais, Mercados, Redes de abastecimento de águas e redes de efluentes, Escolas primárias, Liceus, Universidades, Hospitais e até unidades completas de Radiodifusão?
Não ficaram disseminadas pelos territórios inúmeras Pontes,
Barragens grandiosas como Cambambe e Cabora Bassa, só para citar duas, inúmeras
Estradas, diversas Linhas de Caminhos de Ferro, Portos de mar e modernos (à
época) Aeroportos, etc. ?
Para quem recebeu um País na Bancarrota, que
atravessou as épocas difíceis da Guerra Civil de Espanha e da 2ª Guerra Mundial
e teve ainda de enfrentar a Guerra do Ultramar, em três frentes, tendo deixado o
País A CRESCER A 6% AO ANO, durante a sua última década de governação e mais de
600 toneladas de ouro nas reservas do Estado, é Obra!
Comparem com os dias de
hoje, depois de quase 38 anos de LIBERDADE!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
SERIA PORTUGUÊS O DESCOBRIDOR DA AMÉRICA?
Estátua de Colombo na vila de Cuba |
No blogue da Associação Cristóvão Colon foi já disponibilizada uma pequena reportagem sobre o dia 19 de Maio, que pode ver aqui
Seria português o descobridor da América?
Colombo e Colon: a história retalhada.
«No ano seguinte de 1493, estando o Rei no lugar de Vale do Paraíso, que é acima do Mosteiro de Santa Maria das Virtudes, por razão da grande peste que nos lugares principais da sua comarca havia, a seis dias de Março arribou ao Restelo em Lisboa, Cristovam Colonbo ytaliano que vinha do descobrimento das ilhas de Sipango e de Antilha, que por mandado dos reis de Castela tinha feito.»
Assim descreveu , anos depois, o cronista Rui de Pina, a chegada de Cristóbal Colón a Lisboa após a sua viagem que ficou celebrizada na história como sendo a descoberta da América.
As imprecisões desta crónica são apenas uma gota no imenso mar de mentiras, deturpações, erros grosseiros e até falsificações que têm feito a História de Cristovam Colon desde que se tornou em Almirante do Mar Oceano e herói de Espanha como resultado daquela viagem.
Desde então, tudo o que se possa imaginar, tanto de positivo como de negativo, já foi escrito e dito sobre o descobridor. Milhares de livros foram publicados, centenas de monumentos foram erigidos em sua honra e poucos serão os países onde não exista, pelo menos uma rua ou avenida com o seu nome. Quase sempre errado… tal como fez Rui de Pina.
Contudo, e decorrido meio milénio sobre os acontecimentos, continuam no ar os enigmas sobre o local onde nasceu e quem foi a sua família. Parte deste desconhecimento dever-se-á ao excesso de informação equívoca que rodeou a sua figura.
Quinhentos anos de encobrimento, de análises distorcidas e de interpretações tendenciosas produziram uma tão grande confusão que qualquer prova que surja fica de imediato abafada por ela.
Praticamente se convencionou que o descobridor era um tal Cristoforo Colombo, italiano, filho de tecelões e ele próprio iniciado nessa profissão. Rebuscaram-se os arquivos para tentar encontrar a pessoa que correspondesse ao personagem. E com retalhos soltos se foi tecendo a sua história. E todos os factos da vida do Almirante Cristóbal Colón que nunca couberam nesta história foram sendo escondidos ou eliminados. A História amputada.
O seu casamento em Portugal e o seu filho português, o seu envolvimento nos descobrimentos portugueses, a sua relação com D. João II e todas as suas ligações com Portugal, inclusive o seu nome Cristovão Colon, continuam a ser ignorados e desprezados. A História retalhada.
CONVITE
Temos a honra de convidar V. Exª e sua Família para assistir à conferência a realizar no próximo dia 1 de Junho (Sexta-Feira), pelas 18h30, na Universidade Católica (Pólo da Foz), sobre o tema: «Colombo e Colon: a história retalhada». Serão conferencistas três membros da Associação Cristóvão Colon - o Eng.º Carlos Calado, o Tenente-Coronel Carlos Paiva Neves, da Força Aérea Portuguesa, e o Tenente-Coronel João Brandão Ferreira, piloto aviador e mestre em Estratégia.
A Comissão organizadora
António Carlos de Azeredo, José Manuel Monteiro, Miguel Lencastre, Nuno Lencastre, Nuno Torres, Rodrigo Brito, Vicente Paiva Brandão
segunda-feira, 14 de maio de 2012
GUERRA DE ÁFRICA – PORTUGAL MILITAR EM ÁFRICA 1961-1974
Nos passados dias 12 e 13 de Abril de 2012, realizou-se no IESM um seminário subordinado ao tema “Guerra de África – Portugal Militar em África 1961-1974 – Atividade Militar”.
Carlos de Matos Gomes e Aniceto Afonso publicaram um texto que se pode ler AQUI contestando as conclusões do seminário, o qual Garcia Leandro tem ajudado a divulgar.
Eu, deixo a réplica num texto que pode ler AQUI
Abílio Lousada publicou também uma réplica que pode ler AQUI
Chefe tradicional fula, empunhando a Bandeira Nacional
(foto tirada pelo então Tenente Roxo da Cruz)
Abílio Lousada publicou também uma réplica que pode ler AQUI
Chefe tradicional fula, empunhando a Bandeira Nacional
(foto tirada pelo então Tenente Roxo da Cruz)