Vitor Gaspar |
E como fala a 33 RPM, as pessoas mudam de canal antes de ele conseguir chegar ao fim.
Talvez por isso tenha resolvido dar uma entrevista ao jornal “Sol” (23/3), em que disse isto:
“Salazar optou por uma estratégia de fecho do País sobre si próprio. Durante décadas prescindiu da possibilidade de se financiar nos mercados financeiros internacionais. A nossa opção é diametralmente oposta”.
Bom, aqui o caso fia mais fino.
E não parece arriscado afirmar, que o Sr. Ministro não tem a mais pequena noção do que andou a dizer.
Convém lembrar ao agora Ministro das Finanças (MF), que a situação em 1928 tem pouco a ver com a actual. Lembramos alguns pontos cruciais:
Nos finais da Monarquia Constitucional, Portugal era um País profundamente doente em termos políticos, sociais, económicos, financeiros, etc.; porém, os desatinos indiscritíveis da I República transformaram o corpo (e a alma) do doente, em moribundo.
Em 1926 havia dois problemas que estavam à cabeça de todos os existentes: o problema da bancarrota e o problema da ordem pública (ou falta dela) – talvez o Sr. Ministro não tenha ideia, mas Lisboa assemelhava-se à Bagdad dos últimos anos.
A Ditadura Militar foi tratando da Ordem Pública (sem o que não se consegue fazer nada), mas foi incompetente para resolver o problema financeiro. E quando se tentou obter mais um empréstimo com o avale da Sociedade das Nações (uma “troika” da época), as condições eram de tal modo pesadas que foram tidas como atentatórias da dignidade nacional e recusadas. Não sei se esta coisa da “dignidade nacional” lhe diz alguma coisa, Senhor Ministro, aos seus colegas ou a quem vos antecedeu. V. Exª o dirá, senão por palavras, certamente por actos.
Todavia, recusado o empréstimo, o problema financeiro mantinha-se e agravava-se. Por isso foram buscar, novamente, o tal professor de Coimbra. O filho do caseiro humilde do Vimieiro tinha fama de competente mas, também, de pessoa séria, que é um título que os homens públicos hodiernos têm dificuldade em ostentar.
É certo que Salazar colocou condições para aceitar o cargo e veio a impor uma “ditadura financeira”, que obteve um sucesso rápido e extraordinário, criando um "superavit" nas contas em menos de dois anos.
A mim, no entanto, parece-me que a ditadura dele foi mais benigna e lúcida do que a sua, já que no primeiro caso, tendo sido estabelecido um orçamento para cada ministério, os respectivos ministros tinham alguma autonomia para o gerirem no seu âmbito. O que já não acontece com o actual inquilino das Finanças que se arroga o direito, por ex., de autorizar ou não, a contratação ou promoção de pessoas, caso a caso ou a conta-gotas! Será que o seu ego anda a fazer concorrência ao “petit” Sarkozy?
Vejamos agora o estado do País quando o jovem Gaspar foi para a ribalta.
A seguir à loucura do “PREC” dessincronizou-se todos os aspectos da vida em Portugal e os sucessivos governos foram-se aguentando graças à “pesada herança” em ouro e divisas (deixada por aquele que agora critica), e a duas intervenções do FMI (1977 e 1983).
Depois da nossa entrada na CEE, em 1986 – de cabeça e de qualquer maneira – começaram a jorrar rios de dinheiro (aparentemente) fácil, das diferentes “ajudas” comunitárias, que foram utilizados com pouca parcimónia, muita aldrabice e nenhuma preocupação com o futuro.
Puseram-se em marcha políticas e estratégias muito erradas e outras apenas erradas. Digamos que a única verdadeira mais - valia que se conseguiu foi a melhoria da qualidade do vinho que, por sinal, já era boa! (o que deve explicar o estado de bebedeira colectiva em que mergulhámos).
E fizemos tudo isto depois de termos renegado o Ultramar e toda a nossa História dos últimos cinco séculos (à excepção da proclamação da República), quando poderíamos ter sido uma “CEE” sozinhos, onde mandávamos tudo enquanto agora não mandamos … nada.
Ou seja o regime político pós 1974/5 e os órgãos do Estado que o serviram, nada conseguiram fazer com mais-valias por si geradas, apenas conseguiram fazer coisas com o dinheiro de outros e a mando de outros. E o recurso aos mercados, que o MF tanto gaba, apenas serviu para, agora, termos uma dívida … colossal!
Belo saldo.
Resta acrescentar que, sendo a dívida actual, muito superior à de 1926, o País não foi afectado por nenhuma guerra, nos últimos 37 anos e que, à excepção de greves, tem gozado de paz social.
Mesmo assim os órgãos de soberania não encontraram melhor solução do que se rebaixarem a terem uns estranhos a tentar por ordem na nossa casa, segundo uma política que de nacional não tem nada.
Os senhores não têm mesmo vergonha na cara, pois não?
Não foi assim no final dos já longínquos anos 20.
Portugal teve que atravessar o “crash” financeiro da Wall Street, de 29, seguido da crise da libra (a que nós estávamos ligados), que se prolongou pelos anos 30; depois apanhámos em cheio com a Guerra Civil de Espanha, logo seguida pela IIGM. E sabe Sr. Ministro o País não deixou de progredir, passou por tudo sem perder nada de seu, reganhou dignidade e o respeito das grandes potências e logo, a partir de 1935, conseguiu reunir os fundos suficientes – “mesmo estando fechado sobre si mesmo” – para investir na economia que nunca mais parou de se desenvolver até atingir um crescimento de 6,9% ao ano, em 1973 (no Ultramar era ainda superior).
E tal foi conseguido apesar de só raramente se ter pedido dinheiro emprestado, que logo era pago a pronto e a horas.
Mesmo o Plano Marshall foi declinado, apenas se aproveitando alguma ajuda tardia a qual foi devolvida (apesar de ser a fundo perdido), em 1962, como bofetada ao governo americano depois da funesta política que a Administração Kennedy passou a ter para com o nosso País.
Mas eu compreendo que o Sr. MF não entenda nada destas coisas, pois ele formou-se em conceitos muito mais modernaços e práfrentex.
Pois é, só que a política e opções seguidas que agora quer contrariar “diametralmente”, puseram Portugal a salvo de especulações dos mercados, garantiu uma das moedas mais fortes e respeitados do mundo e nunca deu azo a que o capital apátrida ou quem o movimenta, pudessem beliscar a soberania dos portugueses.
O mesmo se poderá dizer do muito criticado “condicionalismo industrial” que, certamente não foi perfeito, mas harmonizava as necessidades com as capacidades e impedia as negociatas entre empórios e a promiscuidade entre empresários, financeiros e políticos.
Por isso não há notícias de naquele tempo haver Parcerias Público-Privadas, contratos com Lusopontes, esquemas de "scuts", derrapagens e mais um sem número de poucas vergonhas que hoje nos sufocam e diminuem!
Mas o que é que isto pode interessar aos “adiantados mentais” que nos governam? Eles andam muito à frente…
Salazar mesmo “voltado para dentro” nunca teve portas fechadas e resolveu os problemas. Agora o Sr. MF, e outros, voltam-se muito para fora e só levam com portas na cara. E quando conseguem algo é com juros leoninos e usurários…
O Sr. Dr. Gaspar já sabe, por acaso, qual é o buraco financeiro do País? Tem alguma esperança – seja honesto – de poder vir a pagar, não direi a dívida, mas os juros da mesma, nos próximos 100 anos (mesmo acabando com os feriados todos e exterminando até, o último militar)?
Tem alguma expectativa de quando vai ter um mínimo para investir na Economia, ou de quando pode dispensar a Troika?
É claro que não sabe nem tem esperança de saber. A única coisa que se sabe é que vamos a caminho de ter 10 milhões de desempregados e que o país vai parar e desintegrar-se aos bocadinhos. E se “alguém” nos emprestar dinheiro é para ficarmos escravos, modernos, mas escravos.
Nessa altura o Senhor estará, possivelmente, a salvo com um bom emprego num dessas organizações internacionalistas sem rosto que andam a destruir os Estados-Nação.
Finalmente, o mal-amado Salazar esteve 48 anos no poder (os actuais já vão em 35), mas sempre foi de uma integridade imaculada, deu o exemplo e não deixava que outros responsáveis pusessem o pé em ramo verde. Quando morreu viraram-lhe os bolsos do avesso e só descobriram cotão e meia dúzia de contos, que ele amealhara para os seus gastos pessoais.
Os senhores, agora, são ávidos de tudo e não dão o exemplo de nada. Por isso não conseguem por ordem seja no que for.
Um último alvitre: Salazar conseguiu colocar ao seu lado e ao lado das suas políticas a maior parte da Instituição Militar. Nas últimas décadas as FAs têm sido completamente alienadas pela classe política. Situação dificilmente reversível.
Por isso, Dr. Gaspar, quando balbuciar o nome do Estadista Salazar, comece por se por em sentido, depois ajoelhe e a seguir faça um acto de contrição. E fale só do que saiba.
Não se queira comportar como um rapazola. Um rapazola deslumbrado.
Caro TCOR:
ResponderEliminarsinto-me muito triste, quando pessoas de relevo proferem ditos próprios de imbecis, demonstrando ser muito fácil fazer sua história sem conhecimento de causa. Não é de admirar e cada vez estou mais convencido da orquestração premeditada que toda esta trama teve. Hábilmente, toda uma geração foi desprovida de capacidade crítica, onde pela distorção dos factos históricos, levarão os carneiros para onde desejam. Uma vergonha o que hoje se ensina nas escolas sobre História e Geografia deste país e porquê? Interessa certamente a muito boa gente, descendente daquela que andava por aí a lançar bombas antes do 28 de Maio de 1926. Esta data é muito odiada, por essa gente, por impõr uma ditadura? A vergonha do regime anterior, porque não o explicam às crianças e jovens? Tal como se escondeu aquele Marechal em estátua, que estava no Campo Grande, colocando em seu lugar uns reis da primeira dinastia, também se escondem as verdades do povo. O Marechal está bem escondido num armazém da CML bem ao lado da Quinta do Figo Maduro. Porquê? Perguntem a um presidente que durante o Natal colocava uma àrvore de Natal sobre o D.João I na praça da Figueira. Quem servem estes afinal? Percebe-se, servem o Pai Natal o tal que nos assalta a casa todos os invernos e os outros dias.
Concluindo, só gostaria de aconselhar, se V. Exª me permitir; certos responsáveis não deveriam tentar validar hipóteses históricas sem se contextualizarem e relativamente ao grande estadista Oliveira Salazar, o tal que morreu pobre, aconselho a leitura de "A ascensão de Salazar" memórias de Ivens Ferraz e ainda Salazar I a VI de Franco Nogueira.
Podia ser que nascesse luz e todos começassem a entender que os almoços grátis acabaram e se não fizermos por nós, ninguém fará.
O artigo é demasiado brilhante para por aqui ficar. Vou, com a sua autorização, difundir o mesmo por alguns OCS regionais.
ResponderEliminarMais uma vez, os meus parabéns.
Medina da Silva
Caro Brandão Ferreira
ResponderEliminarOportuna e sublime análise aos apátridas que nos governam, no caso este tal de “Gaspar” (será o fastasminha?).
Apenas deixo o meu remate, com uma pergunta: onde aprenderam eles (os políticos) a serem homens? Sempre se comportam como meninos!...
Seriedade e Honradez não fazem parte das suas práticas e provam à saciedade que não tinham (têm) ideia nenhuma do que era (foi) o Governo de Salazar.
De Louvar esta Crónica.
Abraços, do
Santos Oliveira
Caro J.J. BRANDÃO FERREIRA,
ResponderEliminarCumprimento-o pela desenvoltura da sua escrita e pela maneira refrescante como desafia o politicamente correcto. Já não há paciência para as "cassetes" que se repetem ad eternum sem que se levante - ou melhor - se faça ouvir uma voz verdadeiramente informada.
De facto, o que me chamou a atenção neste post, foi a parte histórica, que me interessa mais que a política. Não me considero de Esquerda nem de Direita.
Não tendo vivido nessa época, procura informar-me através de várias fontes, ainda que contraditórias.
Em relação ao que me parece uma apologia da actuação de Salazar, na sua fase pós-guerra (entendo que devido ao contexto houve duas fases, a pacificadora e re-ordenadora, depois da desordem da 1ª República e até ao fim da IIª Guerra; e a ultra-conservadora, desde ai até à sua morte). Caso me permita, venho respeitavelmente lançar-lhe algumas questões, na esperança que possa eventualmente responder:
- Não tirando mérito a Salazar por ter sabido equilibrar as contas e construído importantes reservas de ouro e divisas, como refere, não concorda que Salazar ultrapassou a sua "data de validade", e devia ter preparado a sua saída de cena, assim como a negociação da situação quer da Índia Portuguesa, quer do Ultra-mar Africano?
Por muito que lhe custe, o que veio a acontecer foi motivado por, chamemos-lhe, um desenquadramento quixotesco, que já nada tinha a ver com a realidade de então.
Por outro lado, você menciona que Salazar encontrou algumas contingências politico-económicas (ex. Guerra Civil de Espanha), mas não aludiu ao proveito que Portugal tirou da sua posição estratégica nesse conflito ou a posição de neutralidade que, sim, Salazar sabiamente reservou para Portugal, lucrando com ambos os lados em conflito.
Porém, como explica que grande parte da população, a maior parte, continuasse sujeita à fome, ao analfabetismo, e arredada do bem estar e outros cuidados que essa riqueza poderia proporcionar, obviamente numa lógica de boa gestão?
E finalmente, que já vai longo, a actuação de Salazar não lhe parece censurável, do ponto de vista social e mesmo humano, ao ter uma polícia política e um sistema de censura e repressivo a fazer lembrar os velhos tempos da 1ª República? Tendo em conta que já não existiam os tumultos, nem os deficits do inicio do Sec. XX, foi levar longe de mais a sua "protecção", não acha?
Dizer que hoje não estamos melhor, é um facto, mas não é uma boa razão para esquecer que Salazar não era ladrão, mas tinha outros defeitos...
Já agora, dou-lhe razão no caso que teve com Manuel Alegre.
Herói da liberdade e da Ética foi Aristides de Sousa Mendes.
Mais um que Salazar tramou.
Com os melhores cumprimentos!
Mobrigado pelas suas palavras.
ResponderEliminarTeria todo o gosto em responder/comentar todas as suas questões, mas compreenderá que tal acarretava escrever muitas páginas...
Relativamente a algumas questões que levanta sobre o periodo histórico do Estado Novo e, sobretudo, sobre a guerra ultramarina, permita que o remeta para o meu livro "Em Nome da Pátria". Sobre a questão ultramarina - latu senso - encontrará amplo desenvolvimento nos livros sobre a " Evlução do Conceito Ultramarino Português".
O artigo que escrevi nem sequer pretende fazer o elogio de Salazar ou do Estado Novo, mas responder objectivamente à infeliz frase do Sr. Ministro.
Se um dia se proporcionar terei todo o gosto em conversar de viva voz consigo.
Cumpts
Brandão Ferreira
PS. O caso do Aristides Sousa Mendes é outro mito e a história "oficial" está toda mal contada...
É SÓ UMA ACHEGA
ResponderEliminarDesde que adquiri alguma consciência politica, o que começou a acontecer depois de, aos 14 anos de idade (1957), ser alcunhado de comunista, adjectivo cujo significado desconhecia, como acontecia com a generalidade dos rapazes da província aldeã, onde o trabalho, a partir dos 12 anos (às vezes antes), na fábrica, na oficina, na construção civil, na agricultura e na pastorícia, era obrigação primeira a ter-se em conta na caminhada para a situação de adulto, habitualemte atingida antes da então maior-idade.
Alcunhado de tal maneira, algo mexeu comigo, e a partir daí me fui (vim) tornando avesso relativamente ao regime político então em vigor. Poderei mesmo dizer que me tornei opositor a tal regime.
Não me arrependo dessa tomada de posição, definida já aos 20 anos de idade, embora reconheça que, por essa altura, não possuía preparação bastante que fundamentasse objectivamente esse meu sentir relativamente aos múltiplos aspectos da política instituída.
As circunstâncias a que me sujeitei a partir daí, com o passar dos anos contribuíram para sedimentar ideias, acreditar na utopia e dar mais firmeza às minhas convicções.
Entretanto aconteceu o 25 de ABRIL e a subsequente abertura à DEMOCRACIA que, a meu modo e como pude e soube, ajudei a "consolidar". Neste outro tempo, tive oportunidade de aprender e apreender (uma pouco mais) algo, quer do novo regime, quer do anterior em que Salazar fora figura emblemática. Mas, e estou a ser sincero, não sei em que regime político vivo (vivemos) hoje!
Vem isto a propósito de uma afirmação do ministro Vitor Gaspar na tal entrevista ao "SOL", aqui referida por V.Exª Sr. Ten Coronel.
Relativamente à política de FINANÇAS, que se tornou a "mestra" das outras políticas, não posso deixar de meditar nas palavras do actual titular da pasta (M.F.) deixadas na tal entrevista: «Salazar optou por uma estratégia de fecho do país sobre si próprio. Durante décadas prescindiu da possibilidade de se financiar nos mercados financeiros internacionais. A nossa opção é diametralmente oposta.»
Se por ventura ou por desgraça a «estratégia de fecho do país sobre si próprio» foi, do meu ponto de vista, um dos "pecados" de Salazar, conseguir evitar financiar-se nos mercados internacionais não terá sido uma virtude? Pelo menos foi OBRA!
Uma ponta de orgulho, quando justificado, nunca fez mal a nada nem a ninguém. E se esse orgulho for exigido pela Pátria, transforma-se em DEVER.
A questão não é tão linear como possa parecer do que anotei, e não vou aqui dissecar os prós e os contras desta problemática. Mas tenho de dizer que fiquei chocado com a afirmação do actual ministro das Finanças - «A nossa opção é diametralmente oposta» - porquanto penso que estava a referir-se ao modo de nos financiarmos.
É evidente que a situação a que o país chegou, ou melhor, em que o deixaram, nos obriga, para vergonha da Nação, a estender a mão à caridade usurária do exterior e ainda a ficarmos-lhe agradecidos, como nos cumpre.
Sem outra solução à vista, sou obrigado a aceitar a que está a ser posta em prática, esperando, contudo, ou exigindo, para ser mais preciso, que os sacrifícios daí decorrentes impostos aos portugueses sejam não apenas equitativamente distribuídos, mas sobretudo aplicados com JUSTIÇA..., que é coisa bem diferente.
A fúria já me enrubesceu o rosto quando o "outro" disse, algures pela Europa, que as dívidas soberanas não se pagam (Se não foi exactamente assim, foi algo parecido). Agora fiquei por demais desagradado com a posição do ministro Vitor Gaspar e entristeço-me profundamente sempre que oiço qualquer "expert" dizer que esperamos voltar aos mercados tão rapidamente quanto possível.
VOLTAR AOS MERCADOS?! Mas será esse o destino do Povo Português? Trabalhar, trabalhar, continuar pobre, penar... para PAGAR JUROS ao estrangeiro? Para sermos ESCRAVOS de "senhores" que nem conhecemos?
Será que nos contentamos com tal sorte?
Qualquer dia..., sabe-se lá...
Sérgio O. Sá
Meu caro Brandão Ferreira.
ResponderEliminarEste povo será assim tão estúpido que vivendo no paraíso, não saiu ninguém à rua no 25A para defender o regime?
Os milhares de portugueses que passavam a salto para a França e Alemanha fugiam de quê? Do paraíso?
Tu sabes como se morria de fome no Alentejo?
O Salazar foi um ditador, e não há bons ditadores, os ditadores são uns idiotas.
Um abraço deste teu amigo
Manuel J.M. Talhinhas
Meu caro Ten Cor.
ResponderEliminarPermita-me que o felicite pela clarividência do seu post.
Pena que uns sujeitos, como o anónimo em cima, se recusem a retirar as palas ideológicaas dos olhos que não os deixa ver claro em todas as direcções.
Meu Caro Coronel,
ResponderEliminarE' da posicao de sentido que lhe afirmo, uma palavra apenas:
- BRAVO!
Melhores cumprimentos
Walter Gameiro.
Discurso proferido em 7 de Janeiro de 1949 - " Devo à Providência a graça de ser pobre..."
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=JP__150jXE8&feature=player_embedded#!
Moçambique, Lourenço Marques, 1970
http://www.youtube.com/watch?v=kiheHNbUpmA
Sr.Ten.Cor.Brandão Ferreira,
ResponderEliminarMais uma vez aqui fica o meu "Apoiado". Como se dizia da Assembleia Nacional. Isso mesmo, no tempo em crescíamos acima dos 6%. Desde há há mais de 35 anos que não sabemos o que isso é. Por sermos mal-governados.Com eleições livres, etc, etc.Contra isto, batatas, como diz o povo. Por muito que lhes doa ouvir.
Cumprimentos,
Miguel Sanches
Caro senhor,
ResponderEliminarNão diga disparates. Faça um pouco mais de pesquisa antes de se envergonhar.
Salazar nunca teve um superavit orçamental. NUNCA! Andou por volta dos 0.5% de défice, mas nunca foi superavitário o seu orçamento de Estado.
O último superavit de um orçamento de Estado português data de antes da I Guerra Mundial.
Oportuna e sublime análise aos apátridas que nos governam, no caso este tal de “Gaspar” (será o fastasminha?).
ResponderEliminarApenas deixo o meu remate, com uma pergunta: onde aprenderam eles (os políticos) a serem homens ? Sempres e comportam como meninos!...
Seriedade e Honradez não fazem parte das suas práticas e provam á saciedade que não tinham (têm) ideia nenhuma do que era (foi) o Governo de Salazar.
De Louvar esta Crónica.
Abraços, do
Santos Oliveira