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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
sábado, 25 de dezembro de 2021
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
O CULTO DO BELO E AS PROFUNDEZAS DO INFERNO
O CULTO DO BELO E AS PROFUNDEZAS DO INFERNO
17/12/21
“A Beleza salvará o Mundo”.
Dostoiévski, “O Idiota”.
Fui assistir a um concerto do violinista André Rieu e da sua “Johann Strauss Orchestra” na, agora, “Altice Arena”. Que maravilha!
A música levou-me por pensamentos algo etéreos…
O espectáculo é, porém, muito mais do que um concerto, de facto é um tratado de filosofia de vida; um exemplo de profissionalismo; um conjunto de ideias morais em ordem ao Bem e o espelho do que melhor existe na matriz cultural judaico-cristã (enfim, mais cristã do que judaica).
O pavilhão estava a abarrotar e não houve “SarsCov2” que o sustivesse. Ainda bem, ainda há esperança que grande parte da população, ainda não esteja alienada de todo e não ser só o futebol que consegue arrastar multidões, com muitos dos intervenientes em toda essa realidade (da tutela, aos clubes, aos “empresários”, “às negociatas”, às “claques” e à massa associativa e espectadores em geral) cujo comportamento deixa muito a desejar e a serem notícia constante pelos piores motivos.
Este espectáculo é a prova provada de que se pode nivelar por cima, que se pode (e deve) disseminar cultura pela generalidade da população sem receio de rejeição ou do estafado slogan “não estão preparados para isto”. Havia ainda uma gama considerável de preços conforme os lugares, que não se podem considerar baratos para a média dos proventos das famílias, mas o sucesso da bilheteira foi enorme. E atrevemo-nos a dizer que se em vez de quatro espectáculos, tivessem sido dez, assim teria sido em todos os santos dias.
E é a prova também, de que podemos evitar ter uma sociedade (ocidental) onde passou a notar-se o culto do feio, do ordinário, do sórdido, do maligno, do aberrante, transversal em todas as artes (e passa também nas pantalhas televisivas), com intuito de chocar as audiências, subverter-lhes os princípios, a matriz cultural de um povo, o nivelar por baixo, etc., em nome do falso relativismo moral, de dar expressão a traumatizados sociais e morais, do “progressismo”, das “amplas liberdades”, das experiências sociais aberrantes; do igualitarismo (que não da igualdade), etc., com que somos bombardeados todos os dias e que mais não visa do que a subversão e desconstrução da sociedade; a quebra dos valores tradicionais e amplamente testados desde antanho; o repúdio da autoridade; e dos laços religiosos, enfim, a quebra da vida em comum.
E isto não tem nada a ver com crítica saudável, imobilismo ou falta de desejo de sermos melhores amanhã do que somos hoje. Mas tem a ver com a necessidade de exorcizar ideologias malsãs; ideias cretinas, aberrantes e antinaturais.
Este espectáculo é o exemplo de como se pode fazer o culto do Belo ao mesmo tempo que se repelem as tais fumaças do maligno, mas só se consegue montar com grande dose de liderança, organização e disciplina; enorme sentido de entreajuda e sincronização não só dos artistas como de todos os profissionais da luz, som, cenários e restantes logística, sem esquecer toda a parte burocrática e de gestão.
Tudo isto só é possível com um apertado crivo na selecção e preparação de quem é contratado e de muito trabalho. E tal nota-se nos mais ínfimos pormenores que chegam ao ponto da interligação de esgares faciais com notas musicais e brindes com champanhe! Nota-se porém que toda aquela gente vive com alegria e transmite alegria, o que torna seguramente todo o trabalho individual e ensaios de grupo, muito mais agradáveis e suportáveis.
A batuta de tudo é do próprio André Rieu, que não só é maestro da orquestra, como toca e, em simultâneo, fala sendo o condutor de todo o fio de meada do “show”. Pois aquilo é de facto um show de música, cor, de luz, de som, de ritmo, cenários lindíssimos e apropriados e até de humor. Transmite e suscita emoções…
E quando pensamos que o espectáculo vai terminar, ele renasce e prolonga-se quase por igual tempo e a um ritmo superior. Tudo entrosado constantemente com a participação do público!
Esta exibição de arte é ainda o espelho do que melhor pode haver em todos nós e representa o cume do estádio civilizacional a que conseguimos chegar e que parte das elites e de fatias da população de hoje em dia (e que estão a aumentar na juventude) repudia, depois de terem engordado a viver na sociedade (e sua História) que agora dizem combater, cheios de “ismos” que fedem.
Este concerto de André Rieu, um holandês, que trabalha com muitas pessoas de outras nacionalidades (e ter orgulho na sua nacionalidade, não quer dizer que se queira hostilizar ou guerrear as outras) faz mais pela preservação dos valores e civilização europeia/ocidental (e na senda do suicídio em que se encontra posta), do que dez mensagens de Sua Santidade o Papa; vinte discursos do Secretário - Geral da ONU; a verborreia demagógica da generalidade dos líderes políticos e daqueles que os querem substituir e entretanto chafurdam na pseudo liderança dos Partidos Políticos.
André Rieu e a sua equipa não falam, realizam; não prometem, fazem; não se queixam, perseveram; não reivindicam “direitos”, avançam com deveres cumpridos. E tudo fazem com qualidade superior conseguindo tocar o coração das pessoas e encher a alma.
O meu obrigado e o meu bem-haja. [1]
E como estamos na quadra, e sem receio de ofender seja quem for (se alguém se ofender, tem bom remédio), aqui fica o meu desejo que passem um Santo Natal.
João José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador (Ref.)
[1] Apenas um desejo e um repto: da próxima vez que a orquestra vier a Portugal fico a aguardar que incluam no repertório o grande clássico do “espírito militar”, a marcha “Alte Kameraden”, escrita cerca de 1889, em Ulm (Alemanha), pelo compositor militar Carl Teike. Pois tocam-na na maravilha.
domingo, 5 de dezembro de 2021
SÃO TANTAS, TANTAS …
1/12/21
“E quando orarem, não fiquem sempre repetindo
a mesma coisa, como fazem os pagãos.
Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos”.
Mateus 6, 7.
Dia 1 de Dezembro (de 1640) da Restauração/Aclamação, já que verdadeiramente nunca perdemos a independência, dado que o que passou a vigorar foi uma Coroa Dual em que a Coroa Portuguesa foi cingida por um rei de uma dinastia estrangeira…
Programa cheio – poucos anos depois de um governo, numa medida estulta e desnorteada, ter acabado com o próprio dia feriado, que comemorava a data, e que foi o primeiro feriado a ter sido decretado – para à última da hora ter sido quase esvaziado, ao que consta por indicação da Presidência da República, certamente para se dar o “exemplo”.
Mesmo assim estiveram presentes as mais altas figuras do Estado: Presidência, Assembleia da República, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Presidente do Tribunal de Contas, Governo, Presidente da Câmara, Hierarquia Militar, etc.
A cerimónia principal limitou-se assim à presença dos dignitários (mais órgãos sociais e sócios da Sociedade Histórica para a Independência de Portugal, que promove impulsiona e organiza o evento, meritória e patrioticamente, desde 1861; içar de bandeiras e deposição de coroas de flores, sendo o PR o único a chegar-se à frente por todas as restantes entidades, onde se inclui o Grupo dos Amigos de Olivença (Vila e seu Termo, que estão cativos de Espanha – isto é, ilegalmente ocupados política e militarmente – desde 1801, seguramente desde 1807 e, por Direito Internacional, desde 1815/17). Esperemos que não continuem distraídos e não voltem a fechar a fronteira (por causa do vírus) na ponte da Ajuda, que liga Elvas a Olivença pois, oficialmente, não existe fronteira nesse local…
Os discursos foram cancelados e as tribunas previstas não foram levantadas.
A desculpa para tudo isto é aquilo a que, impropriamente, se chama de pandemia do “SarsCov2”, na sua vertente actual “ómicron” e enésima estirpe, e que melhor se chamaria “guerra biológica sem fim à vista”. E de consequências (não falarei de propósitos) inconfessáveis e não espectáveis.
Ora a Presidência da República falar de exemplo quando o titular do cargo acaba de regressar de Angola, onde foi “sassaricar”, depois de se terem fechado as fronteiras aéreas para a África Austral é andar a brincar com a inteligência das pessoas.
E que se pode dizer da não existência de tribunas? Aglomerarem-se à volta é muito diferente? E no teatro Capitólio, onde decorreu às 19h00, um concerto pela Banda da Armada, já nos podemos sentar ao lado uns dos outros e sem ter que apresentar o certificado de vacinação (apesar de pedido), por não ser requisito da sala de espectáculos? E não há discursos porquê? É por medo de algum perdigoto voador exalado por um dos dignitários, poder atingir o “fácies” de um qualquer incauto?
Então faz-se uma cerimónia destas e priva-se o momento da sua maior solenidade e substância? E se assim é, porque é que o Dr. Costa não se coibiu de, à margem da cerimónia, arengar para os microfones, diria que a despropósito, sobre o tema da pandemia, que já enjoa?
Tudo isto está cheio de incongruências, e desde o início da coisa!
Melhor seria que não estivesse lá dignitário algum, já que se portam como emplastros e ao menos poderia o Presidente da SHIP dizer de sua justiça como é norma e tradição.
Mas olhando melhor para a maioria das personalidades presentes, pode facilmente vislumbrar-se a falta que fazem (que é nenhuma), se atentarmos no seu percurso de vida política que tenha a ver com o combate ao Iberismo, a preservação da identidade portuguesa e a vontade em querer preservar a independência e soberania nacionais. Podem limpar as mãos à parede e a sua presença nem sequer arrastou qualquer notícia, debate, evocação (por exemplo em todas as escolas do país), na comunicação social, dignos de qualquer nota! Data e dia, sem o qual nós não existiríamos hoje e aqui, como somos. E nem seriamos portugueses, nem Portugal existiria, numa antecipação ao que o novel assumido “gay” (em português, homossexual, sem ser no vernáculo) candidato perdedor à liderança do Partido Social Democrata, que numa intervenção recente e que não fixei, augurava que Portugal irá desaparecer um dia, subentendendo-se a “naturalidade” de tal acontecer. Sem sequer adiantar um “infelizmente…
No âmbito das incongruências já apontadas, deve-se ainda perguntar, se o evento em vez de ter sido organizado pela SHIP o fosse, por exemplo, pela Intersindical, se teria passado a mesma coisa? Ou se o Governo tivesse em perspectiva que desembarcassem em Lisboa, uma trupe de “hooligans”, bêbados e drogados, ingleses para assistir a uma final qualquer, que se passasse num campo de futebol, mandavam fechar a Baixa, para que aqueles não andassem a causar desacatos no Rossio? (sim porque mandar lá a polícia, dar-lhes uma carga de pancada e enfiá-los numa masmorra qualquer, está fora de questão para estas alquebradas mentes!).
A resposta é, sem dúvida, “não”, e o historial dos últimos dois anos prova isso mesmo, sem sombra de dúvida. E prova mais, que os únicos eventos que têm sido prejudicados “para dar o exemplo”, são os de carácter religioso – desde que de âmbito católico – e do domínio patriótico e de comemoração dos feitos heróicos, ou da individualidade da Nação dos Portugueses.
O “Covid”, de facto, tem as costas largas (para o que interessa).
De facto são tantas, tantas (e quase diárias), que não há estômago que as consiga digerir.
João José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador (Ref.)
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
A história da Ponte Sobre o Tejo
A história da Ponte Sobre o Tejo
A história da " Ponte 25 Abril”, que sempre se chamou Ponte Salazar
Pode ver em anexo um pouco da história e alguns aspetos técnicos da "Ponte Salazar" ou Ponte 25 de Abril, ou Ponte sobre o Tejo, que é, contudo, caracterizada por algo muitíssimo estranho e incomum: Foi construída dentro do prazo e dentro do orçamento. Ou melhor dizendo, não custou três vezes mais do que previsto e não demorou o dobro do tempo. Com a sua construção ninguém enriqueceu, nem subitamente foram feitos depósitos nas Bahamas e o Ministro das Obras Públicas da altura, quando saiu do governo, não foi para Presidente do Conselho de Administração da Empresa da ponte.