sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A REVERSÃO DAS COISAS E O ANDAR AOS “SS”



A REVERSÃO DAS COISAS E O ANDAR AOS “SS”

21/01/16


“Para lá dos Pirinéus existe um povo que não se governa nem se deixa governar …”
                                                                                               (Frase muito conhecida de um
general romano, referindo-se
aos Lusitanos…).


            Agora – leia-se depois da tomada de posse do actual governo – parece que querem reverter uma parte considerável, se não a totalidade das medidas que o anterior executivo tomou.
            Ele são os feriados – cuja cessação, sobretudo o 1º de Dezembro, nunca devia ter ocorrido, os cortes nas pensões e vencimentos – medida que se assemelhou a um esbulho, que a ser tomada deveria ter ocorrido de cima para baixo e não ao contrário (de qualquer modo aquilo que deve ser taxado, deve ser o consumo e não o trabalho); a reversão faseada das taxas do IRS e do IVA – restando saber onde vão buscar receitas para pagar o serviço da dívida; as medidas na educação que estavam a ir no bom sentido e agora vão aumentar a desbunda – esta de ter havido 15 mudanças no sistema de avaliação em 16 anos é digno de uma tragédia grega [1]; desbunda que também havia no controlo das contas do Serviço Nacional de Saúde – onde alguns cortes e medidas por terem sido pouco amadurecidas, causaram naturais estrangulamentos; o fim da reprivatização dos transportes públicos de Lisboa e Porto (A TAP é um assunto mais complexo que se degradou e complicou durante 40 anos!) – que arriscam a ter consequências muito negativas no bolso dos contribuintes e no investimento estrangeiro - além de continuar a permitir mecanismos de Poder ao PCP, que há muito deviam ter sido eliminados; tudo isto para não falar nas medidas de subversão da sociedade, tendentes a estabelecer uma convivência amoral e bestial sob a capa dos direitos humanos e do progressismo – seja lá o que isso for – que as novas forças dominantes no Parlamento tiveram o cuidado de dar o mote ao darem a primazia, acabando com as taxas moderadoras para as abortistas e permitirem que o "lobby" dos invertidos fosse com a sua avante na legalização em adoptar crianças!
            Vivemos (há muito) no tempo da exaltação dos vícios e no apoucamento da virtude. Deve ser isso que se entende por progressismo…
            O que se passa é sintomatologia de uma comunidade muito dividida, ignorante, doente e cansada que desliza, pelas piores razões, para o amorfismo.
            Sociedade ideal para o cinzentismo e para as minorias de adiantados mentais poderem manobrar a seu bel - prazer.
            Nenhum país pode andar continuadamente aos “ss”, nem tantas visões antagónicas podem estar certas ou erradas, ao mesmo tempo.
            Não quer isto dizer que a evolução não se possa e deva dar; ou que uma medida que se revele errada não tenha que ser emendada, mas tal não pode ocorrer com a leviandade, frequência, entropia e “saltos”, com que tem ocorrido entre nós.
            E, estamos em crer, que tal tem ocorrido por excesso de politiquice (“Política” é outra coisa), enormíssima ignorância e desprezo pela geopolítica, inexistência militante de qualquer tipo de Estratégia – parece que “imigrou” toda para o futebol onde, aliás, não tem lugar – e na mais completa ausência de pensamento lógico, matéria sobre a qual a comunidade lusa é particularmente relapsa.
            A lógica parece resumir-se ao “negócio” – onde por norma como já se viu, a Ética e a Moral estão ausentes – pelo que a corrupção se espalhou como uma mancha de óleo e os escândalos se sucedem nos “media”, os quais tendo “liberdade” de os publicar, tal é igual ao litro, pois consequências muito poucas.
             Parece que quando havia censura oficial, os que se atreviam – e poucos se atreviam – iam presos primeiro e só depois é que se sabia…
            É por isso que mal as coisas parecem encaminhadas para um governo, surtem “minas” a rebentar e lá se vão as boas intenções…
            Está-me, por exemplo, a vir à memória o caso do Banif, que ainda ninguém conseguiu explicar porque é que levou tanto tempo a resolver e deu na actual borrada.
            Tendo dito que o actual governo aparenta querer reverter tudo, eis senão quando topo com uma área em que não se fala em reverter nada!
            Já adivinharam qual é?
            A Defesa, pois claro!
            Ou seja temos que partir do princípio que o anterior governo e o anterior, mais etc., fizeram tudo bem, pois o actual nem se atreve a piar sobre o assunto.
            Idos que foram a inefável – e agora aliviada – Berta, a quem deram um bombom, para lhe adoçar a boca por ter perdido as eleições regionais dos Açores; e o extraordinário Aguiar traço Branco, cuja actuação suplantou de longe a de Epaminondas em Leuctra – só pode – restam agora o Secretário Perestrello, a bisar (para ver se consegue levantar a nota?) e o ilustre desconhecido nestas andanças, Ministro Azeredo Lopes que deve andar a tirar a recruta.
            E que para já tem tido o bom senso de não abrir a boca, com a excepção de um discurso de circunstância numa visita que fez, no Natal, por dever do ofício, à Companhia do Exército, que está no Kosovo a defender um aborto imposto pela política externa americana e permitido pela pusilanimidade dos países da UE.
            Mesmo assim ainda exalou um “só podem atacar em legitima defesa”, a uma pergunta parva de um jornalista…
            Tem, porém, já na sua coluna do “haver” a decisão de acabar com um “furúnculo” que não tinha razão alguma para existir: um pequeno organismo que dava pelo nome de CARDN – comissão para o acompanhamento da reforma da defesa nacional…
            Tirando isto, temos que convir, que o actual governo está, aparentemente, de acordo com os cortes miserabilistas que têm sido feitos em tudo o que é militar e mexe; no congelamento atrabiliário das promoções; na subversão da condição militar; do aborto implosivo e dispendioso que conseguiram na Saúde Militar; no assalto miserável à chefia e património do IASFA; ao fim do Instituto de Odivelas e à mudança de estatuto do Colégio Militar; a eliminação do complemento de pensão de reforma até aos 70 anos, a redução das chefias militares a uma espécie de “eunucos de serralho”, desprovidos de qualquer autoridade e relevância e mais um longo rol de asneiras contumazes que já vêm de muito atrás.
            A falta de interesse por este sector fundamental da vida nacional vai ao ponto que se ilustra com o seguinte pormenor curioso: o actual DGPDN, cuja única habilitação para a função era ser amigo e conterrâneo do anterior ministro – após anulação de concurso público - transitou para a actual equipa por também ser conhecido e conterrâneo do ministro que entrou, com o pormenor delicioso de ter andado a gastar algum pecúlio do erário público a visitar os seus homónimos de países amigos (atenção que nós passámos a ser amigos de todos!), a fim de se despedir…
            Esperemos que tal situação dure apenas até o resultado do concurso público em curso, ter o seu desfecho.
            Este (a Defesa) é o único âmbito, caros concidadãos, em que tem havido consenso em todas as forças políticas (com alguns desacordos pontuais por parte do PCP) e que se tem traduzido em reduzir, destroçar, reduzir, subverter, reduzir, descaracterizar, reduzir, humilhar, reduzir.
            São estes os verbos em que a actividade política relativamente às Forças Armadas – a Defesa apenas se reduz a elas – tem sido conjugada.
            A Defesa do país tem para os políticos esta dimensão e para Portugal esta bitola.
            Os militares, por seu turno, têm sido uma mistura de ovelhas mansas a tosquiar, com o de tansos tolerados, mas prontos para todo o serviço.
            Simpáticos, estes políticos.


                                                                                    João José Brandão Ferreira
                                                                                        Oficial Piloto Aviador


[1] O Ministério da Educação é talvez o maior cancro governativo que existe em Portugal. E há muitos…


                          
            O Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa tem a honra de convidar V. Ex. e sua Exa. Família a assistirem à Conferência promovida pela Secção de História subordinada ao tema:
“Afonso de Albuquerque: o estratega - guerreiro ou o guerreiro - estratega”
      Será orador o Sr. TCoronel João Brandão Ferreira
      A Sessão realiza-se no Auditório Adriano Moreira, no dia 25 de Janeiro de 2016, pelas 17h30.

Rua das Portas de Santo Antão, 100 1150-269 LISBOA Tel.: 21 3425401/5068 - Fax 21 3464553
www.geral@socgeografialisboa.pt E-mail geral@socgeografialisboa.pt

Hoje em Atlanta


O relâmpago atingiu a fuselagem e a descarga fez-se pela perna esquerda do trem.

Verdadeira gaiola de Faraday.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O DESPUDOR CRIMINOSO DE BANQUEIROS E POLÍTICOS




O DESPUDOR CRIMINOSO DE BANQUEIROS E POLÍTICOS

12/1/16

“Aqueles banqueiros que não cumprissem imediatamente os seus compromissos,
ser-lhes-ia declarado bancarrota, e se não pagassem as sua dívidas no prazo de
um ano, caíriam em desgraça pública, o que seria apregoado por arautos por todo o povoado. Imediatamente a seguir, o banqueiro seria decapitado directamente em
frente da sua mesa de trabalho, e as suas propriedades vendidas localmente para
pagar aos seus credores”. (Tradução livre)

Alteração à “La Taula de Canvis”, em 14/8/1321, legislação que apareceu durante o
reinado de Jaime I de Aragão (1213-1276), relativamente às actividades financeiras.
Se um qualquer profissional das muitas actividades em que se divide o trabalho numa sociedade moderna, revelasse um cem avos da incompetência e, ou, dolo, que a generalidade dos agentes financeiros (agora não são só banqueiros) e dos políticos, de há umas décadas a esta parte, tem evidenciado, não havia prisões (nem campos de concentração) que chegassem para os meter, tão pouco haveria desemprego, pois a quantidade de lugares vagos por ninguém os querer voltar a contratar ou manter a trabalhar, seria incomensurável.
Mas não, aparentemente não há político por incompetente ou malandro que se revele, que seja responsabilizado seja pelo que for (nem os partidos os expulsam), nem nenhum banqueiro bem instalado na vida é preso, irradiado da função ou se lhe corta a mão direita.
E nenhum banco abre falência, quando tal já aconteceu a milhares de empresas (muitas delas, aliás, fraudulentamente!). Porque será?
Se um merceeiro causasse 0,001% dos danos que esta gente tem causado, o seu estabelecimento já teria fechado há muito e o homem/mulher apontado a dedo nos quarteirões em redor.
Se um chefe militar ou um diplomata, por incúria, ignorância ou azar, causam um incidente menor que seja, são irradiados e vilipendiados e regressam a casa com uma mão à frente e outra atrás.
Os casos de incúria, má decisão, acidentes, ou complicações inopinadas, no âmbito do exercício da medicina, são capas de jornais e objecto de reportagens televisivas quase diárias, numa frequência e dramatismo, que quase só falta exigir a garantia da vida eterna…
Os exemplos podiam continuar.
Mas quando toca a financeiros e políticos – falo dos dois pois o âmbito está cada vez mais ligado – podem fazer ou dizer, as maiores barbaridades que, como dizem os espanhóis “no passa nada!”.
É certo que alguns (poucos) banqueiros e políticos já foram (há pouco tempo) constituídos arguidos e raros ficado presos preventivamente (em casa – com excepção de um caso notável). É um bom indício, mas os processos arrastam-se e não houve, até hoje, qualquer um que tenha transitado em julgado. E tal só ocorreu porque a crise internacional – o fulcro da questão está fora de portas – rebentou; o país quase entrou em bancarrota e algumas comadres zangaram-se (e o chico-esperto que foi dentro, por ter julgado que estava acima da lei).
O polvo é enorme, extravasa a banca estendendo-se por militantes partidários, empresas de grande dimensão, escritórios de advogados, etc. E transversal a maçonarias várias…
Dez Pina Manique precisam-se! [1]
Na realidade é inacreditável e inaceitável que um país cuja economia, em 1974, crescia a 7% ao ano (fora o Ultramar, onde crescia mais); tinha a sexta moeda mais forte e respeitada do mundo; possuía 847 toneladas de ouro e 50 milhões de contos em divisas, nos cofres; após estar durante 14 anos em guerra, em três teatros de operações distintos; ter 230.000 homens em armas, em quatro continentes, e quatro oceanos, é inadmissível dizia, que passados 40 anos e sob a capa e invocação da Democracia – erigida como alfa e ómega de tudo – tenha perdido a sua independência financeira!
E sem esta todas as outras são apenas nominais…
E tal aconteceu depois de duas intervenções do FMI (1978 e 1983), e depois da entrada na CEE, em 1986 – está agora a comemorar-se os 30 anos desse semi - desastre, a caminho de um desastre completo – ter entrado no país cerca de dois milhões de contos/dia!
Uma soma enorme – de que nunca se prestou contas – que põem as especiarias do Oriente, o ouro e pedras do Brasil e as riquezas de África, todas juntas, a um canto. E sem as despesas e as perdas em homens e material que todas essas riquezas implicaram!
Pois mesmo assim chegámos a 2008, em pré bancarrota, com uma dívida colossal, impossível de pagar com os indicadores actuais e previsíveis, e com uma "troika" armada em Duquesa de Mântua, no Terreiro do Paço.
Das 847 toneladas de ouro restam 385,3 – foram sendo alienadas ao longo dos anos, as últimas das quais em 2006, nunca se apresentando contas, também, do que se lhes fez.
As que restam estão, digamos assim, “penhoradas” ao euro e só podem ser mexidas com ordem do Banco Central Europeu, senão, seguramente, já não restava 1 kg…
É preciso ser-se muito incompetente, corrupto e, ou, ganancioso, para se ter chegado a um resultado destes. E tudo feito com o mais abandalhado e cínico desrespeito pelo interesse nacional português.
No fim tudo é apresentado pelo grosso do discurso político, académico, de comentadores e de opinião publicada, como um sucesso retumbante do actual “sistema democrático”, como se a Democracia tivesse de per si, alguma coisa a ver com as contas públicas!
Chegou-se às últimas (só falta andar aos tiros) e foi preciso meter travões às quatro rodas da austeridade sob pena de não nos conseguirmos financiar.
Como se encheu a cabeça às pessoas que têm Direito a tudo e não têm dever a nada, todos se habituaram a reivindicar tudo e mais alguma coisa e ninguém está a fim de fazer sacrifícios. E como não há autoridade para impor seja o que for, ou seja respeitada, aumenta-se a demagogia, o maquiavelismo político, a mentira e os “esquemas” mais diversos que só têm limite na imaginação humana.
E a autoridade neste âmbito tinha que se começar a conquistar pelo exemplo e por responsabilizar política, social e criminalmente todos os responsáveis pelo descalabro.
Apontá-los a dedo e metê-los a ferros.
Ora não se fez nada disto; em vez de se cortar por cima, foi atacar-se impiedosamente as classes mais desfavorecidas da Nação e para evitar que se chegasse a extremos de pobreza, carregou-se ainda mais na classe média, que é aquela que mais tem a perder em todas as circunstâncias.
Em vez de se atacar as gorduras do Estado consubstanciadas nos tachos reservados aos “boys e girls” dos partidos, atacou-se brutalmente as pequenas e médias empresas, causando uma taxa de desemprego insustentável que levou à emigração em massa de camadas da população cada vez mais jovem.
Como há décadas deixámos de ter diplomacia própria, interesses próprios e qualquer tipo de estratégia que não passe por Bruxelas (e pela influência do Grupo de Bildelberg), os dirigentes portugueses tornaram-se papagaios de ideias alheias, até porque se alguma coisa de consistente, que todas as forças partidárias portuguesas fizeram, sem excepção, foi o de acabar com o Poder Nacional Português.
Ora sem Poder não pode haver Estratégia. Deixámos de ter estadistas para ser governados por homens pequeninos.
É com todo este pano de fundo que fomos confrontados com mais uma falência de um banco, neste caso o BANIF, onde o Estado português já tinha injectado 1100 milhões de euros, em 2013.
Desde 2008 tem sido um regabofe, com o BPN, com o BCP, com o BPN, com o BES e o Novo Banco. E os que adiante se verá…
A banca tornou-se um buraco negro insaciável, onde desde 2008 já foi injectado cerca de 10.000 milhões de euros (líquidos) a que se tem de juntar os 12.000 milhões do programa de recapitalização da banca, no âmbito do empréstimo que nos impôs o trio da "Troika". [2]
Sabendo-se que o dinheiro não é propriamente um material perecível cabe perguntar para onde foi para toda esta enorme soma de dinheiro?
O peso dos juros da dívida no PIB (4,9%) é o mais elevado da UE…
E só para citar um outro exemplo de negócio ruinoso aponta-se as parcerias público privadas, cujos encargos líquidos, entre 2010 e 2014, já totalizaram 6,531 milhões de € (3,8% do PIB)!
Tudo se passando com sucessivas nomeações de administrações, pagas pornograficamente, na suposição de que iriam endireitar as coisas e sem que nenhuma das muitas “entidades reguladoras existentes” – das quais no campo financeiro se tem que destacar o Banco de Portugal (que é uma espécie de estado dentro do estado) - tenha suspeitado de nada (se suspeitou não disse ou actuou) e com declarações da mais viva confiança nas entidades visadas, por parte dos maiores responsáveis políticos nacionais, sempre que vinha a público alguma suspeição. [3]
E a prova provada de que a mancomunagem é transversal à maioria da classe política, foi feita pelo apoio laranja ao actual governo na venda do BANIF, depois de terem jurado a pés juntos que o PS ficaria a falar sozinho caso viesse a precisar dos votos da “direita” (que não existe!) para uma votação na AR!
Por “acaso” após uma “fuga de informação” ter provocado uma notícia na TVI, que deu a entender que o banco estava à beira da falência, televisão propriedade da empresa “Prisa”, onde grande parte do capital accionista pertence “por acaso” ao banco Santander o que certamente sem ninguém querer, provocou uma corrida aos balcões do BANIF, onde em 24 horas foram retirados cerca de 1000 milhões de euros, o que “por acaso” fez baixar o valor das acções do mesmo banco na bolsa, para “lixo”, o que, “por acaso”, permitiu ao Santander comprar o banco a preços de saldo, “por acaso” a escassos dias das leis impostas pelo BCE irem mudar as regras do jogo e o negócio já não ser possível.[4]
A seguir o estado português assumiu a dívida “por acaso”, já se vê.[5]
“Por acaso” estavam todos distraídos e ninguém (com responsabilidades, obviamente) reparou no que se estava a passar…
São todos uns queridos.
Aguardo em jubilosa esperança a oportunidade de lhes ser útil.
               

                                                                                            João José Brandão Ferreira
                                                                                         Oficial Piloto Aviador


[1] Na realidade um, com os meios apropriados, chegava…
[2] De facto entre 2011 e 2014 o apoio financeiro foi de 13.900 milhões de euros (8,1% do PIB), tendo havido uma recompra dos “instrumentos de capital elegível” (COCOS) de 4,025 milhões de euros, dá a ajuda líquida acumulada de quase 10 mil milhões de euros (5,7% do PIB). Fonte: Relatório do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado. Mas nos últimos oito anos, calcula-se que a banca tenha “derretido” a soma astronómica de 40 mil milhões de euros!
[3] Cabe aqui perguntar também para que serve o Tribunal De Contas (TC). Não que o TC não tenha vindo a fazer um trabalho meritório (apesar de lento). Acontece que o TC é uma entidade assexuada, isto é, não tem capacidade executiva, apenas emite pareceres. Ora não parece nada que alguém de direito ligue peva aos seus pareceres…
[4] Em poucas palavras, as novas regras, obrigam a que o resgate dos bancos seja feito com o dinheiro dos donos/accionistas e só em último caso com o dinheiro de todos nós (e dos depositantes, apenas aqueles com contas acima de 100.000 euros).
[5] O Banif foi vendido por 150 MEuros e custou 2,25 mil milhões de euros, em apoios públicos e 1,766 mil milhões, cobertos directamente pelo Estado. Além de 489 Meuros ao Fundo de Resolução dos Bancos…