sábado, 22 de setembro de 2012

A VISITA DE SUA SANTIDADE O PAPA, AO LIBANO

Sem ter o impacto mediático das visitas de João Paulo II, nem lograr a empatia pessoal que emanava do anterior Pontífice, as viagens de Bento XVI não deixam de ter uma densidade pastoral e teológica profunda e mensagens políticas e sociais diplomaticamente expressas, sem deixarem de ser assertivas.

A organização e discrição do que é feito não pode, também, deixar de merecer elogios.

Na linha do “não tenhais medo”, Benedito XVI tem feito visitas corajosas e esta última, ao Líbano, há pouco terminada, inclui-se, seguramente, nestas últimas.

Sua Santidade dá, deste modo, exemplo a políticos, diplomatas, generais e a todos aqueles que têm responsabilidades cívicas e sociais.

Mais uma vez condenou os fundamentalismos religiosos que, a manterem-se, deitarão por terra qualquer esperança de paz.

É neste âmbito que queremos lembrar, que a tolerância religiosa (como a política, social ou qualquer outra), para além de necessitar de reciprocidade não deve, outrossim, pôr em perigo a legitima defesa da dignidade e da vida humana.

Ora é neste particular que têm sido ultrapassadas várias fronteiras do admissível relativamente às comunidades cristãs, dentro e fora da Europa.

Não se deve continuar a assistir à perseguição, discriminação, quando não ao assassinato e, até, genocídio de cristãos, desde a Nigéria à Indonésia, passando pelos Coptas do Egipto, as diferentes comunidades cristãs do Médio Oriente, etc.

Estes conflitos estão, felizmente, reduzidos entre todas as religiões à excepção da Religião Islâmica, que mantêm conflitos com todas as outras.

A excepção para este estado de coisas é o regime Chinês que, por razões mais de ideologia (e poder), do que de religião, discrimina cristãos e, sobretudo, os tibetanos e o seu líder espiritual, o Dalai Lama, mantendo um conflito latente com a Santa Sé.

Parece que os governos de países de matriz cristã (com os mais democráticos à cabeça) preocupam-se com os direitos de tudo o que mexe, à excepção dos cristãos enquanto tal. O próprio clero aparenta estar adormecido relativamente a tudo o que se passa.

Dentro da Europa as coisas vão de mal a pior e arriscam-se a acabar em convulsões sociais gravíssimas e num banho de sangue.

De facto a demografia dos europeus de “jus soli” diminui a olhos vistos, enquanto que, a demografia islâmica aumenta exponencialmente com a emigração e as gerações seguintes de “jus sanguini”.

Ora acontece que estas comunidades, na sua grande maioria, não só não se integram nas sociedades para onde vão viver como, algo surrealista amente, questionam as leis vigentes e querem impôr os usos e costumes dos seus países de origem.

Os países europeus, com predomínio dos ocidentais, numa visão claramente distorcida e irrealista dos “Direitos Humanos” e da “Democracia” têm fechado os olhos a esta avalanche de eventos, de tal modo que muitos países já dificilmente controlam o que se passa nas suas sociedades.

Esta atitude tem derivado de uma posição ideológica conotada de “esquerda liberal”, adepta do “multiculturalismo” – quando o Islão é arreigadamente “monocultural” – e defendida por uma pluralidade de “istas” e “ismos”, cujo máximo divisor comum tem sido o pôr em causa e a relativização, da Moral, da Ética, dos Princípios e dos Valores cristãos tradicionais!

Isto tem minado a sociedade.

Insiste-se, todavia, na ingenuidade, na falta de entendimento da natureza humana e no desconhecimento da História das relações entre povos e estados, o que nos tem causado inúmeros sofrimentos e, no caso vertente, nos pode colocar, novamente, à beira de vagões que nos levem para um outro qualquer “campo de Auschwitz”.

Ora a matemática é, nestas circunstâncias uma arma de análise infalível e basta a um aluno médio, com a 4ª classe feita antes de 1974, fazer contas para perceber – mesmo com um desvio padrão muito estreito – que dentro de poucos anos (cerca de 2050) existirá uma maioria de população muçulmana e islamizada, em grande parte dos países europeus, o que será, também, acompanhado de uma previsível degradação das condições de vida para todos.

Não é preciso ser adivinho para se intuir estarmos perante uma “bomba nuclear” política e social que pode explodir a qualquer momento e que, caso não seja despoletada, irá colocar-nos a breve trecho numa situação de, “ou eles ou nós”.

Seria bom que estivesse enganado, mas alerto desde já que não parece nada que esteja e, já agora, que nada disto pode ser testado em nenhum laboratório de ciências sociais.

Por tudo isto, seria avisado impôr medidas restritivas, não só de emigração, como de acesso à nacionalidade – para a qual seria indispensável a obrigatoriedade de dois anos de serviço militar; ponderar direitos sociais (sobretudo face aos deveres); fazer cumprir as leis e expulsar de imediato quem se portasse mal.

Além disto tem que se exigir reciprocidade de tratamento nos países de origem dos emigrantes e fazer controlo efectivo de fronteiras.

Estamos a falar de medidas que têm em conta o bom senso e a justiça; isto para prevenir o uso de medidas que passem a ter com a nossa sobrevivência.

E o Papa ser vítima de um atentado e morrer, não é nenhum cenário de ficção científica.

5 comentários:

António d'Almeida disse...

Totalmente de acordo.Eu mesmo estou farto de
divulgar textos e vídeos de vários autores,todos
estrangeiros,sobre a ameaça do Islão no mundo
ocidental,nomeadamente na Europa mas parece
que apenas sou mais uma voz a clamar no deserto.
Não vejo,nem oiço nenhum político das classes
dirigentes fazer eco desta preocupação ou suge-
rir qualquer medida como as por si enunciadas
para evitar a derrocada da nossa matriz civiliza-
cional.
Cordiais cumprimentos

Anónimo disse...

Meu caro,

É mais um texto bem realista do que se passa no Mundo e a que poucos dão a importância devida e que viremos a pagar muito caro.

Infelizmente, discursos lúcidos como este do SS o Papa, embora ouvido por muitos, pouco efeito tem nas acções dos governantes.

Tudo continuará na mesma até ser tarde demais.

Já Santo António prégava aos peixinhos porque ninguém mais ligava ao que dizia!

Cumpts,

F. d’Aguiar

Anónimo disse...

Excelente e oportuníssimo.
Repasso.
Ribeiro Soares

Carlos Augusto Falcão disse...

Entramos no coração do problema, porque a "crise" é apenas o estômago.
A situação pode ficar incontrolável de um momento para o outro e devastadoramente letal.
Para Portugal só há uma solução: recuperar a soberania (com jeitinho) desvinculando-se do projecto mundialista, restabelecer o serviço militar obrigatório e preparar a população, física e ideologicamente, para defender a sua terra, a sua vida, a sua liberdade e os seus bens legitimamente adquiridos.
Muitos parabéns!

joaquim disse...

Assino por baixo.

Um abraço amigo
Joaquim Mexia Alves